TODO AMOR DO MUNDO(Completo) romance Capítulo 46

Mais uma semana se iniciou e graças a Deus aqui na minha casa está tudo bem.

A notícia da prisão do Negão corre em tudo quanto é noticiário.

Fico preocupada pelo André.

Nem eu sabia que Negão era tão envolvido assim, fico imaginando até onde André vai.

Agora em partes entendo a preocupação dele comigo e com os filhos.

O envolvimento deles é internacional, pode surgir inimigos de qualquer lado.

Acabou até que a preocupação chegou em meus filhos. Agora temo pela segurança dele.

Está comigo o Yure e o cara novo, o Jorge. Jorginho. Não fui com a cara dele. Mesmo sendo homem do André.

...

Fiquei a manhã na loja do Tietê Plaza. É loja de shopping, então exige mais atenção. Tem que ser mais cuidada.

Fiz algumas alterações na exposição, conversei com a gerente da loja sobre os valores e atendi algumas propostas de lojas que querem comercializar minha marca.

Fico feliz por isso. Eu trabalho com carinho pra que as pessoas possam comprar o melhor.

Tinha gente do Rio querendo fazer parcerias, de Minas Gerais e da Bahia. amo demais todo esse sucesso.

Estava conferindo as finanças da loja quando me ligam da escolinha.

_ Alô?!

Xxx: Angelica?

_ Sim.

Xxx: É a Gisele, estou ligando porque o Gabriel não está bem, ele apresentou febre.

_ Ah, eu já estou indo pegar ele.

Gisele: Não se preocupa, nós demos um banho nele pra abaixar mais um pouco, só que não resolveu, por isso estamos te ligando.

_ Obrigada Gisele, já estou indo.

Gisele: Te aguardamos.

Meu coração apertou. Aí meu bebê, espero que esteja bem.

Me despedi do pessoal e fui até a escola que fica na Itaberaba.

Foi um pequeno chão.

João me viu e não quis mais ficar na escola então já trouxe os dois.

Cheguei em casa e encontrei o Jorginho meio que escondido na garagem do lado do carro dos meninos falando no celular.

Jorginho: Suave parça, tá tudo monitorado. Na hora certa, tendeu.

Jorginho: É isso cara. Tranquilo.

Jorginho: Jaé.

Assim que ele desligou o celular e se virou tomou um susto com minha presença.

Agora é oficial, não gosto dele.

Jorginho: Patroa.

_ Estava falando com quem?

Jorginho: Com o chefe. Tava passando a situação pra ele.

_ Hum, eu já peguei os meninos na escola.

Jorginho: Tranquilo. Precisar de mim, tô por aí, só acionar.

Nem respondi.

Peguei meus bebês e as mochilas e entrei.

Como já estava fim de tarde fiquei mimando meus dois bebês.

Gabriel está ruizinho, parece que é a garganta inflamando. Ele fica todo caído quando isso acontece. Meu coração fica partido.

A noite nada dele melhorar. Não quis comer nada e eu já estava morta de preocupação.

O telefone tocou.

_ Alô.

Atendi com ele no colo. Estava muito dengoso.

André: O quê houve?

_ Do quê?

André: Jorginho avisou que tu foi pegar os meninos na escola.

Ah! Então ele realmente estava passando as cordenadas pro André.

_ Parece que a garganta dele está inflamada.

André: Já levou no médico?

_ Não, não tem com quem deixar o João. A Dulce já foi embora.

André: Médico sim. Tem que ser homem cara, corajoso.

João: Eu sou corajoso pai.

André: Alá, teu irmão é homem, pô. Tem que ser igual ele.

Gabriel: Tá.

Peguei ele do colo do André e ajeitei a bolsa no ombro.

André: Robinho vai contigo.

_ Tá.

Nesse eu confio.

...

Cheguei de madrugada em casa. Meu bebê tomou uma injeção e depois de muito chorar dormiu.

Estou um verdadeiro trapo. Me sinto esgotada, mas tenho que ser forte pro meu bebê.

Depois de deitar ele na cama, eu fui tomar um banho. Desci pra comer alguma coisa. Nessa correria toda lembrei que não comi nada durante o dia.

Encontrei o André na bancada mexendo no celular, sério como sempre.

André: E aí?

_ Agora vai melhorar.  Ele tomou injeção. Só pediu pra não te contar que chorou.

Ele deu um sorriso de lado, aqueles que são raros e que balança tudo dentro de mim.

André: Tranquilo. E você?

_ Vou fazer alguma coisa pra comer e dormir.

André: Tá bem?

_ Sim.

Ele afastou a cadeira e desceu a mão pelo meu braço me puxando pra um abraço.

Fiquei um momento inebriada pela situação e pela saudade de estar em seus braços.

Ele deu um cheiro no meu pescoço.

André: Eu sinto tanto a sua falta.

_ André...

André: Não, Anjo... Isso que aconteceu com o mano, poderia ser comigo. Porra, morro de medo de alguma coisa acontecer assim comigo e eu não ter como te proteger, e meus filhos. Não sei do que sou capaz de acontece algo com vocês.