Minha cabeça tava a milhão na volta pra casa.
Tava no banco do carona pensativo.
As três crianças no banco de trás com o Tom o Alex e o Raul. Nem sei o que vou fazer, só não posso levar pra casa, a Anjo me mata.
...
Acabei levando pro apartamento do Negão na Freguesia. O que ele deixou com a mina lá.
Liguei pra Gaby. Já estava amanhecendo.
Gabriela: Que foi? Achou o João?
_ Ainda não, como ela tá?
Gabriela: Mais ou menos, chorou um pouco pra dormir. Gabriel tá do lado dela.
_ Tranquilo. Preciso de você.
Gabriela: Pra?
_ Tom vai aí te pegar.
Gabriela: Tá bom, vou pro portão.
Foi coisa de uma hora ela chegou.
Gabriela: Quem são?
Ela perguntou olhando pras três meninas dormindo na cama.
_ Filhas do Jorginho.
Gabriela: Você? Você sequestrou elas?
_ Moeda de troca.
Gabriela: Você é louco! Eu te amo.
Ela me abraçou.
...
Já era de tarde e nada. A Gabriela ficou cuidando das meninas e eu fui pra casa.
Cheguei a Anjo continuava deitada. Gabriel estava com a Dulce almoçando.
_ E aí campeão?
Gabriel: Papai.
_ Oi Dulce. Ele se comportou?
Dulce: Ele sempre se comporta, ele é um amor.
_ É isso aí filhão, e a mamãe?
Gabriel: mamãe tá dodói.
_ Vou lá ver ela.
Subi pro quarto e Anjo aínda estava de pijama. Quarto todo fechado.
_ Bora amor. Vamos levantar.
Angélica: Não. Me deixa em paz.
_ Vem, vamos tomar um banho.
Mesmo não dormindo durante a noite meu corpo ainda estava elétrico, já até se acostumou com poucas horas de sono ou nada.
Arrastei ela até o banheiro e tirei o pijama.
_ Se anima, João daqui a pouco tá de volta.
Angélica: Quero ele aqui comigo André.
_ Já, já ele vai tá aqui. Eu te prometo.
Entrei com ela no chuveiro e acabei dando banho nela. Tentei de alguma forma fazê-la sorrir. Difícil.
...
Tinha colocado um filme pra assistir com minha família quase completa, acabei cochilando no sofá da sala com todos eles.
Acordei com meu celular tocando.
_ Branco.
Novinho: Aí chefe, sai na porta.
Levantei num pulo me afastando da Anjo e do Gabriel que estava enroscado em mim.
Sai na rua e dei de cara com quem eu fervilhava de ódio.
Fui cego na direção dele e enchi sua cara de soco.
Meu ódio era tanto que não pensava em mais nada.
Novinho: Chefe, precisamos dele vivo.
O cara já estava jogando no chão desacordado.
Minhas mãos cheias de sangue.
Levantei e limpei minhas mãos, dei uma bicuda nas costas.
_ Leva esse vacilão pra favela e avisa o Cachorrão, tô indo pra lá.
Dois seguranças pegaram ele e colocaram no porta-malas do suv preto que tava parado na frente da minha casa.
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