Emily Gordon
Seguro firme minha única mala contendo apenas um terço das minhas coisas dentro e luto contra as lágrimas que querem me cegar.
Eu não vou chorar... Chega de chorar, Emily! Seja mulher!
Respiro fundo e continuo caminhando sem rumo pelas ruas da minha cidade procurando um lugar barato para passar a noite, a anterior consegui passar escondida no jardim de um vizinho.
Por que tantas coisas ruins acontecem comigo?
Finalmente encontro um ponto de ônibus e me sento para descansar um pouco, aproveito para procurar meu celular no bolso afim de verificar que horas são, mas lembro-me de que precisei vendê-lo para ter algum dinheiro nas mãos depois de ter sido despejada da casa onde morava, por não ter conseguido pagar o aluguel do mês passado. Até aí tudo bem, se o dono da casa não fosse o meu pai.
Ele simplesmente ficou chateado por eu tê-lo descoberto traindo a esposa - minha madrasta - e ter contado tudo para ela. Se tem uma coisa que eu odeio mais do que estar no meio da rua sozinha, no frio, sem ter para onde ir no meio da noite, são pessoas traiçoeiras fingindo ser algo que não são.
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