TYGER romance Capítulo 31

Tyger

Corro no lado esquerdo das árvores enquanto Timber corre do outro lado, a vegetação mais densa agora bloqueia o vento e não impede que o cheiro do perfume que os miseráveis jogaram cubra o cheiro de Emily, mas ainda o sinto, fraco mas sinto, e também o cheiro dos humanos desgraçados que cometeram o fatal erro de levar minha fêmea.

Sem cessar eu corro seguindo o rastro de folhas amassadas. Está anoitecendo mas minha visão é muito boa a noite, com isso não me preocupo. Observo Timber rosnar e entendo como sinal de aviso para alguma coisa.

- Sinto cheiro de medo. O medo dela. Estão perto. - meu peito aperta e raiva queima em mim.

- Malditos. - grunho.

Minha audição consegue captar vozes, Timber também as ouve e desacelera assim como eu. Me concentro no meio das árvores e finalmente consigo captar dois homens andando lado a lado, um magro e outro mais robusto e com minha Emily nas costas.

A visão dela assim, desprotegida, mole, vulnerável, amarrada, sendo carregada como um objeto qualquer e com algo cobrindo sua cabeça faz raiva ferver em minhas veias.

- Eu vou despedaçar esses filhos da puta. - seguro um rugido feroz.

- Vamos cercá-los. - concordo com a cabeça e corremos.

Dou um salto na frente dos homens rosnando e mostrando as presas de forma assustadora, o cheiro forte de pavor enche minhas narinas. Tentam se virar nos calcanhares para correr mas Timber os para pousando em seguida, grunhindo.

Pego o humano que não está com Emily, o seguro pela camisa e o jogo longe, ele bate as costas em uma árvore caindo desacordado e em seguida olho para o covarde que segura minha mulher, ele lentamente a coloca no chão, suas pernas tremem e o seu medo fede como merda.

- Não é tão valente enfrentando um macho não é? Você prefere atacar mulheres indefesas e levá-las contra vontade? Filho da puta! - agarro o colarinho da camisa e soco o rosto dele com meu punho.

Monto em cima do imbecil desferindo socos, vejo vermelho e nada nesse momento é capaz de conter minha fúria, até que Timber me empurra para longe.

- Não pode matá-lo. Pelo menos não ainda, precisamos descobrir para quem trabalham e para que propósito estavam levando a fêmea.

Respiro fundo na tentativa de controlar meus nervos, agi de forma irracional e sou grato por Timber ter me trazido de volta a racionalidade.

- Ainda quero um encontro com esses desgraçados. - falo.

- Com certeza terá. Cuide dela. - ele olha para Emily.

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