Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 13

Vi Helen parar o copo de café antes que o mesmo atingisse a sua boca. Eu havia aproveitado aquele dia para contar a ela que eu iria me mudar, assim que eu achasse um apartamento para morar com o meu filho. Sabia que ela era das pessoas que não esperavam por aquilo, porque sempre me viu colada e muito dependente de Diogo e vice versa. Também, ela praticamente me viu crescer ali, naquele prédio, junto com Julia. Tinha Gio, de quem ela estava tomando conta, e sei que estava mais apegada a ele do que nunca.

Eu senti muito em ter que contar aquilo a ela, assim como eu tive que contar a Diogo e Julia. Tirando que, com eles, as palavras saíram bem sem querer, e eu praticamente me arrependi de ter interpretado as palavras sobre os dois como eu joguei. Mesmo no fim tudo tendo se acertado, ainda sentia Diogo um pouco estranho, já Julia estava tentando com todas as forças se adaptando consciente ciência. Voltei dos meus devaneios quando Helen quase deixou a xícara cair. Levei a mão rapidamente, impedindo que aquilo acontecesse.

— Eu não posso acreditar! O que está dizendo, Gabriela? — Ela questionou ao balançar a cabeça, como se aquilo fosse demais para ela. Dei-lhe um sorriso um pouco amarelado, pois não desvia ter falado daquele jeito também. Eu tinha passado ali para deixar Giovanni antes de ir para o trabalho. Não tinha intenção de fazer aquilo diretamente, mas como eu tinha tempo que eu poderia estar no escritório até, consegui fazer melhor aquilo de uma vez, antes que eu postergasse aquela conversa por mais tempo.

— Helen, eu não sou mais uma criança. Já sou mãe e tudo. — Falei tudo de uma vez, e ela me olhou como se aquilo não fez sentido. — Além do mais, eu preciso dar espaço a Diogo e Julia. Me virar sozinha com o meu filho vai ser o essencial. — Concluí, e ela trabalhava a sobrancelha em minha direção. Tive vontade de rir ao vê-la fazer o mesmo gesto de Julia. — Além do mais, o meu filho também vai precisar desse espaço, não só eu. — Ela ficou um tempo me encarando.

— Bem, eu confesso que acho isso um absurdo. Eu não consigo vê-la sem Diogo e Julia — Eu ri. Era bem verdade aquilo, e eu podia compartilhar das memórias que ela estava tendo agora. Era sempre eu e meu irmão, e esse lugar tinha as marcas minhas e de Julia por cada canto, desde a portaria até a cobertura, que estava vazia há alguns meses. — Mas sabe que eu entendo você. É, eu realmente posso entendê-la, todos os seus pontos. — Falou, me deixando mais aliviada e, ao mesmo tempo, melancólica.

— Obrigada, Helen, ao menos você foi capaz disso. — Falei, e ela me deu um sorriso fraco. Certamente sabia que eu estava me referindo às reações de Diogo e Julia. — Eu gostaria que Julia e Diogo… Bom, Julia foi mais expressiva, já Diogo ele preferiu se trancar com as suas mágoas. No fundo eu sei que ele acha que eu o estou abandonando. Ele agiu bem compreensivo, mas sei que ele não está nada bem com tudo isso.

— Minha querida. É normal, precisa dar o tempo deles também. — Helen falou, e concordei, pois sabia que aquilo era verdade. — Eu te entendo. Acho que porque já sou mais vivida e tenho muito mais experiência do que eles… Do que vocês — Corrigiu me fazendo rir, e ela também me acompanhou — Eles vão aceitar e se acostumar, no tempo deles. Eu lhe garanto.

Eu cheguei ao escritório com a alma mais leve e na hora exata. Daquela vez eu não tinha pegado a carona de Julia. Ela havia saído um pouco mais cedo, e achei que, por causa da confusão do trânsito, eu iria me atrasar. Mas, por sorte, eu consegui chegar bem no horário. Lorena sorriu pra mim ao me ver chegar; ela estava carregando algumas massas, e eu lhe ajudei. Ela me disse que eram fichas dos funcionários mais recentes, e me deu vontade de questionar o motivo disso não estar no computador, mas eu não o fiz.

Assim que deixei as coisas na mesa dela, fui em direção à minha. Eu tinha um longo dia pela frente. Começaria a preparar o fluxo de caixa do Veneza e logo depois eu iria até lá. Pretendia terminar o planejamento até o meio dia, pois eu ainda tinha que ter uma conversa com os fornecedores do Tortelline; eram preços absurdos por produtos de qualidade e de procedência duvidosa. Eu já tinha carta branca de Átila para agir conforme achar melhor na resolução daquilo e eu pretendia usar aquelas vantagens.

— Soube que alguém está arrasando em pouco tempo de equipe. — Ouvi a voz de Quim e levantei a minha cabeça para ele. O mesmo segurava um lindo lírio em mãos; abriu um sorriso assim que ele me estendeu a flor. Senti o cheiro delicado invadir o meu olfato e soprei um agradecimento a ele. Acho que ele entendeu que aquele agradecimento não era só pela flor, era por tudo o que estava na minha vida. Ele tinha uma boa participação, desde que respeitasse em mim.

— Eu não sei quem é essa pessoa, mas com certeza ela deve ser muito angustiada. — Falei, e ele riu, balançando a cabeça em negativa. — Você é sempre tão fofo assim? — Questionei mudou a minha postura, e ele fez uma cara de pensativo, me fazendo rir.

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