Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 61

— O… O que está fazendo aqui? — Questionei para o homem à minha frente, e ele abriu um sorriso discreto e abriu a sobrancelha em minha direção. Puxei o meu braço do seu agarre discretamente, e ele apertou as mãos. O lugar que ele estava tocando estava queimando feito brasa, mas não de um jeito bom.

— Isso aqui é um restaurante, Gabriela. Eu vim almoçar. — Rodolfo falou como se aquilo fosse claro, e eu segurei os meus impulsos de revirar os olhos. — Mas sabe que foi uma grata surpresa encontrá-la aqui. Eu não a via há um bom tempo, e é sempre bom ser agraciado com a sua beleza. — Ele falou, e eu não gostei nem um pouco do jeito como ele me olhou. Quase que eu respondi que não poderia dizer o mesmo sobre ele.

— Eu não sabia que tinha o traje de frequentar o Tortelline. — Falei, e ele abanou a mão no ar, fazendo-me olhá-lo com mais atenção e interesse. Rodolfo é um homem vigilante. Pena que ele foi se meter logo comigo.

— Eu estava sentindo que precisava vir hoje aqui. Parece que eu acertei, não é? A encontrei, e você parece bem transtornada. Deseja conversar a respeito? Garanto que sou um bom ouvinte — Uau! Como aquilo soava casual e despretensioso. Eu até acreditaria nele se ele não fosse tão... Ele. — Deseja me acompanhar? — Questionou, e eu levantei a sobrancelha em direção a ele. O que será que ele estava pensando? Porém refleti. Sabe que não era uma má ideia?!

— Tudo bem.— Afirmei e vi ele abrir um sorriso de orelha a orelha. Eu me resolveria com Lorenzo depois, mas eu precisava de aproximação. Se ele aceitasse Serena de volta para mantê-la por perto, eu poderia fazer aquilo com Rodolfo. Algo me dizia que essa era dele não era nenhuma coincidência. — Acho que eu preciso mesmo, sabe, conversar com alguém.

— Ótimo! Vamos pedir uma bebida e depois pediremos algo delicioso para comermos. — Ele falou, e eu tentei a repulsa quando ele colocou a mão em minhas costas, guiando-me até a mesa que havia escolhido.

Enquanto caminhávamos, senti alguns olhares em nossa direção. Eu esperava que Lorenzo não aparecesse por ali tão cedo. Se eu estava tentando descobrir as intenções dele, o ciúme de Lorenzo iria atrapalhar tudo, e eu não poderia me arriscar, pois não sabia quando teria outra chance. E eu precisava resolver tudo para ter paz com o homem que eu amo e com o nosso filho, pois era tudo o que precisávamos.

Eu contei por alto a ele o que estava sentindo, e era impressionante como eu não acreditava nas caras de surpresa que ele fazia. Eu vi a sua mudança de expressão quando eu falei de Serena, e aquilo só me deixou com mais certeza de que tinha algo muito estranho em toda a situação. Estava fazendo o pedido de uma massa quando ouvi que o lugar estava praticamente silencioso. Os olhos do garçom que estavam esperando para anotar o pedido se voltaram para a entrada do escritório. Engoli a seco ao saber de quem se tratou.

— Eu não fui convidado para o almoço. Que indelicadeza. — Senti a mão de Lorenzo em meu ombro, e os olhos de Rodolfo faiscaram em direção a ele. Acho que eu não era a única que desejava que Lorenzo não aparecesse naquele momento, mas só que Rodolfo parecia estar odiando aquilo bem mais do que eu.

— Mancini. Acho que seria indelicado falarmos de você na sua frente. — Senti os calores do meu coração se acelerarem naquele momento. Aquilo não poderia acontecer. Eu tinha que me manter firme e, principalmente, não deixar que os dois ficassem muito tempo juntos… Ou seria um desastre total.

— Rodolfo, por favor! — Falei em um tom de alerta — Lorenzo, vamos conversar na sua sala. Agradeço o convite e por ter me ouvido, mas agora eu preciso resolver as coisas com o pai do meu filho.

— Com o homem que você ama, que dorme com você todos os dias. Essa é a colocação certa. — afirmou Lorenzo, e eu tive vontade de apertar o pescoço dele. Tudo bem que ele não sabia das minhas intenções, mas tinha que ser tão possessivo?

— Vamos ver por quanto tempo isso vai durar. — Vi Lorenzo dar um passo em direção a Rodolfo e me colocar de pé, impedindo que ele fizesse uma loucura.

— Chega, Lorenzo! Nós precisamos conversar seriamente e não fazer um escândalo aqui. — Eu disse e escutei um riso baixo vindo de Rodolfo. Respirei fundo e tentei me manter firme. Os olhos de Lorenzo pediam uma explicação de que eu não podia dar-lhe naquele instante. — Vamos. Rodolfo, obrigada por me ouvir. — Agradeci ao me virar para ele, e o mesmo tinha um sorriso satisfeito nos lábios.

Saí dali sem esperar uma resposta dele e fui seguida por Lorenzo. Na verdade eu nem prestei atenção se ele realmente vinha, mas eu esperava que ele tivesse feito — para o bem dele. Vi as pessoas se virarem para nos ver passar. Descobri que Lorenzo me seguiu porque ouviu alguém o cumprimentar. O meu coração estava dando vários saltos dentro do meu peito, mas eu não poderia fraquejar e eu não o fiz, até estar em um lugar seguro e longe das vistas de todos. Só então eu pude respirar.

— O qu… — Lorenzo começou a questionar, mas foi interrompido quando eu o beijei. Ele ficou um momento totalmente imóvel. Ele não estava esperando, já que eu estava demonstrando estar totalmente aborrecida e agora estava ali, o beijando. — O que está transitório, Bella? Per Dio! — Ele falou quando eu me afastei e ele permanecia estático.

— Sinto muito. Eu vou te contar tudo. — Ele me olhou como se eu estivesse variando das ideias. Falei a ele tudo, inclusive do que eu escutei de Laura um tempo atrás. Aliás, comecei por ali. A cada palavra ele ficou ainda mais chocado, principalmente por não ter percebido ou escutado nada.

— Isso… Tudo é muita coisa, mas eu odiei vê-la conversando com aquele miserável. — Eu não acreditava que era aquela a maior preocupação dele. Revirei os olhos para Lorenzo. Todo aquele drama por pouca coisa. Na hora que ele sabia o que estava por vir… — Você acha realmente que Serena e o deputado tem algum tipo de… Isso é muito louco!

— Eu preciso me aproximar mais dele… — Ele apertou os olhos em minha direção — … e você precisa se aproximar de Serena. Eu vou lhe explicar o que vamos fazer.

— Gabriela, eu não sei se… — Não deixei ele terminar de falar.

— Eu quero a minha paz de volta, Lorenzo. Viver em paz com você e nosso filho. Para isso, eu vou andar com as cobras e beber do seu veneno para ficar imune, se for o caso. — Afirmei — E você vai se aproximar dela sim! — Ele engoliu um segundo.

— Eu faço o que você quiser. Mesmo que eu não concorde com você se aproxime daquele maldito. — Ele falou, e eu apenas lhe dei um sorriso como resposta.

Se eles queriam se dar bem de alguma forma, eu acho que escolhiam a pessoa errada para tal feito. Mexeram com a pessoa errada, e eu iria mostrar aquilo para eles agindo do mesmo jeito sem remorso algum.  

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