Itália, Toscana.
5 anos depois
O sol da Toscana era maravilhoso. Os vinhedos, os vinhos em si. Estamos aqui há três dias. Não era a primeira vez que vínhamos desde que nos casamos. A nossa lua de mel tinha sido aqui, pois eu escolhi, e ele aceitou sem pestanejar. Conheci o pai de Lorenzo. Ele era muito focado no trabalho, por isso não foi ao casamento ou ao Brasil. Bem, ele era um pouco fechado, mas demonstrou muito amor a Gio e à nossa Luna. Não era como Chiara, e eu não podia reclamar aquilo. Os meus filhos não reclamaram e estavam ótimos.
A chácara não era exatamente pequena como eu pensei, e que Lorenzo fez parecer ao falar do lugar, mas não podia reclamar de nada. Nós preferíamos ficar ali quando estivéssemos na Itália, por mais que Chiara odiasse a ideia de não ficarmos na casa dela. E eu entendia, mas também gostava de ficar entre as uvas, e meus também amavam aquilo, e os filhos do Lorenzo faziam tudo que amávamos. Desde uma coisa bem simples, até uma viagem para Marte, caso quiséssemos. Eu não poderia ser mais feliz a cada ano desde que nos casamos.
— Mamãe! Gio roubou as minhas uvas! — Ouvi a voz de Luna. Ela, apesar de ter um nome que significava lua, era o nosso sol. Todos fizeram tudo por ela. Bastava ela desejar algo e lá estávamos nós, em volta do seu dedinho e atendendo os seus pedidos. Quando eu digo todo mundo, eu realmente quero dizer todo mundo, pois a menina tem um encanto natural, e até quem não a conhece não seria capaz de negar nada a ela. Gio era a cópia de Lorenzo, e Luna era uma mistura perfeita de nós dois. Tinha olhos azuis cintilantes. Ela já nascera com bastante cabelo, e apesar de dizerem que logo cairiam, aquilo não aconteceu.
— Eu só queria segurá-las. — Gio argumentou. Meu menino era tão lindo e cada vez dando mais expressões que seria um destruidor de corações. Com sete anos recém-completos, era a verdadeira cópia do pai, e preciso dizer que era super protetor com a irmã. Ele a adorou desde que a senti na minha barriga. E quando a viu, sei que era muito novo, mas seus olhinhos brilhavam ao ver uma pequena preciosidade rosada e chorona. O completo oposto de Gio. O trabalho que ele não deu, Luna deu em dobro, e eu amei cada momento de ambos.
— Dio. Os dois estão empanturrados de uvas. Será que podem parar com isso? — Lorenzo falou vindo atrás deles. O meu marido era cada vez mais lindo, e os fios grisalhos o deixavam tão sexy... Eu amava aquilo e morria de ciúmes na mesma medida. Ele sentiu o meu desejo e me devolveu o mesmo. Senti um arrepio delicioso, como quando eu o vi pela primeira vez e nem sabia nada sobre ele. — A mãe de vocês está tentando descansar! — Afirmou, ao se aproximar de onde eu estava deitada na espreguiçadeira, na enorme varanda que ficava de frente às parreiras, que tinha sido de onde eles morreram.
— Perdão, mamãe. — Os dois falaram em conjunto. Eu estava hipnotizada demais neles — no passado e no presente —, que não consegui nem formular uma frase. Se é que eu precisava mesmo dizer alguma coisa diante daquela vida maravilhosa que construímos.
— Tudo bem, meus pequenos. Eu só iria começar uma leitura. — Levantei o livro em suas direções. Meus filhos riram e logo procuraram a se afastar, certamente para dividir as uvas. Bem, Luna ficaria com a maioria. Aquilo era uma certeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um bebê para o CEO italiano