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Um Vício Irresistível romance Capítulo 91

Assim que entrou no saguão da empresa, Clarice foi imediatamente barrada.

— Senhorita, desculpe, posso saber quem você procura?

— Eu vim falar com o Sr. Sterling, o presidente. — Clarice respondeu, tentando manter a voz o mais gentil possível.

— Tem agendamento? — A recepcionista a avaliou de cima a baixo, com um olhar carregado de desdém. Pela aparência dela, achou que fosse mais uma daquelas mulheres oportunistas tentando se aproximar de Sterling.

Clarice entendeu na hora que, se não ligasse diretamente para Sterling, não conseguiria passar dali. Ignorando a recepcionista, pegou o celular e discou o número dele.

Na primeira tentativa, a ligação foi desligada. Tentou novamente, e o resultado foi o mesmo.

Sentindo a raiva subir, Clarice soltou um riso frio e decidiu ligar para Isaac.

Dessa vez, a ligação foi atendida imediatamente.

— Sra. Davis, boa tarde! — Isaac cumprimentou com polidez.

— Estou no saguão do prédio. Venha me buscar. — Clarice respondeu com firmeza, sem dar chance para Isaac dizer mais nada, e encerrou a ligação.

No andar de cima, Isaac foi direto ao escritório de Sterling para reportar.

— Sr. Sterling, a Sra. Davis está no saguão. Devo trazê-la?

Sterling massageou as têmporas, já sentindo um incômodo crescente.

— Deixe-a subir.

Ele refletiu por um instante. As ligações de Clarice provavelmente eram para informá-lo de que estava no prédio. A ousadia dela em vir até ali só podia estar relacionada ao acidente de Teresa.

— Que coragem. — Murmurou para si mesmo. Para ele, só alguém muito audacioso viria confrontá-lo depois de ter feito algo assim.

Isaac rapidamente ligou para a recepção e, minutos depois, Clarice chegou ao andar de Sterling. Sem hesitar, abriu a porta do escritório e entrou.

Ao ver a expressão séria de Clarice, Isaac sentiu um frio na espinha. Em sua mente surgiu a frase: "Quem chega assim não vem em paz." O que exatamente a Sra. Davis queria?

— Isaac, pode sair. Preciso falar com o Sr. Sterling. — Clarice declarou, direta, sem rodeios. Para ela, aquilo era um assunto privado, algo que deveria ser resolvido apenas entre eles.

Clarice havia vindo para se defender, para buscar justiça. Mas agora percebia o quão inútil era tentar isso com Sterling.

Desde que começou sua carreira como advogada, ela sempre foi precisa e confiante em cada julgamento. Mas, diante de Sterling, nunca havia vencido uma única vez.

Sterling apertou os lábios. Sua voz era fria como gelo:

— Se você não tem provas de que é inocente, deve aceitar as consequências.

Clarice começou a tremer de raiva. Mesmo sabendo que aquela acusação era armação de Teresa, ouvir Sterling dizer aquilo ainda a feriu profundamente.

— Eu vou encontrar as provas. E, quando provar que foi Teresa quem armou tudo isso, vou garantir que ela pague por isso. — Ela falou rapidamente, com a voz firme, lutando para manter o controle sobre suas emoções.

Sterling manteve a expressão indiferente.

— Você é advogada. Sabe que tudo depende de provas. Quando tiver suas evidências, faça o que quiser.

A atitude dele era clara: Sterling não acreditava na inocência de Clarice. Essa certeza estava estampada em cada palavra e no tom de sua voz.

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