A Esposa Renascida e o Ex Arrependido romance Capítulo 86

A essa hora, quem poderia estar ligando para ela?

"Alô?" A voz de Lilith era suave e sonolenta. O cansaço estava se instalando, e a sonolência tornava seu tom mais gentil do que o normal.

"S-Senhora Trebolt..." veio a voz ansiosa de Carl do outro lado. "Sou eu. A condição estomacal do Sr. Skree está agindo novamente. O-O que devemos fazer?"

Lilith sabia muito bem sobre os problemas crônicos de estômago de Donald. Ele havia apenas começado a se recuperar, mas estava tão ocupado com o trabalho ultimamente, pulando refeições ou se esforçando demais.

Naturalmente, a dor bateu à porta. Mas ela já havia bloqueado o número de Donald.

Quem diria que até este homem patético teria um motivo para contatá-la agora?

Lilith decidiu não tornar as coisas mais difíceis para Carl.

"Carl, vá para o quarto onde eu costumava ficar. Abra a segunda gaveta do criado-mudo. Dentro tem um kit de primeiros socorros. Tire-o e abra-o. Todos os medicamentos que seu chefe precisa estão lá," explicou ela.

"Há pílulas para o estômago, remédios para dor nas pernas e colírio. Se os olhos dele estiverem cansados, use o colírio rosa. Eles são embalados individualmente para uso uma vez por dia, não mais."

A voz de Carl se iluminou com esperança. "Obrigado, Sra. Trebolt. Você ainda se importa tanto com o Sr. Skree! Quando você voltará?"

O coração de Lilith congelou. O que havia de errado com Carl? Ele não entendeu?

"Eu nunca vou voltar, Carl. Seu chefe e eu estamos divorciados. Cuidem bem dele a partir de agora." Com isso, ela encerrou a ligação.

Ela tinha vingança a planejar, mas não era forte o suficiente para enfrentar Donald ainda. Por enquanto, ela tinha que ganhar tempo, resolver as questões com Layla primeiro, e aproveitar a chance quando ela surgisse.

Desligando seu telefone, ela se desapegou de qualquer simpatia. Mesmo que Donald estivesse se contorcendo de dor, ela não piscaria.

"Humph! Agora que ele está sofrendo, ele lembra de mim. Quando as coisas estavam boas, ele me esqueceu completamente," ela murmurou antes de desligar as luzes e se acomodar na cama.

Não havia tristeza. Ela agora era uma mulher rica, autossuficiente. E mulheres ricas precisavam de seu sono de beleza.

Nos olhos de Donald, ela nem sequer tinha sido uma personagem secundária. Aquele bastardo não podia mais afetá-la.

De volta à residência dos Skree…

Carl colocou o telefone de lado e não ousou fazer um som, embora Donald conseguisse ouvi-lo claramente.

Donald havia negligenciado a alimentação por dias, e a dor era real.

Toda vez que sofria com dor de estômago no passado, Lilith corria para dar-lhe remédio, e sua assistência sempre fazia milagres.

Naquela época, se tivesse até mesmo uma dor de cabeça leve ou febre, ela largava tudo e corria com remédios, preocupada.

Agora, ao ouvir sobre sua dor de estômago, ela simplesmente disse a Carl para buscar o remédio por conta própria.

Donald permanecia imóvel, como uma estátua de pedra. Seus traços finamente esculpidos, belos mas frios, eram indecifráveis. Nem a noite sombria podia ocultar a perda que nuvlateava seus olhos.

Com uma voz rouca, ele ordenou: "Prepare um pouco de água. Vou pegar o kit de primeiros socorros."

Por algum motivo, ele não queria que nenhum outro homem entrasse no antigo quarto de Lilith.

"Sim, senhor. Imediatamente."

Carl correu para a cozinha. A atmosfera opressiva da casa era demasiadamente pesada, e ele não via a hora de colocar Donald na cama e conseguir descansar um pouco.

Este tipo de tensão era desgastante.

Carl já tinha encomendado uma sopa e precisava garantir que Donald comesse algo. Donald pode ter sido um companheiro ruim, mas era um empregador diligente.

Desde que Lilith fora embora, Donald havia assumido vários novos projetos, trabalhando incansavelmente. Mas nem mesmo o trabalho mais árduo poderia trazer de volta uma esposa que se foi completamente.

Carl frequentemente se sentia tentado a se deleitar na miséria de Donald. Mas em nome de seu salário, ele se conteve.

Andar de cima...

Carl, que também tinha visto o bilhete, permaneceu em silêncio. Parecia que, mesmo que Donald se arrependesse agora, Lilith nunca voltaria atrás.

Dentro do kit, os frascos de medicamento estavam cuidadosamente arranjados, cada um etiquetado com a linda caligrafia dela.

[Pílulas para estômago: duas por dose.]

[Remédio para febre: um por dose.]

[Colírio: três por dia, uma gota de cada vez.]

Ao examinar cada etiqueta, ele não pôde evitar de se lembrar de como havia favorecido Layla em vez de Lilith. Ele merecia essa dor.

Engolindo duas pílulas para estômago, ele pegou o kit de primeiros socorros e subiu as escadas.

Vendo-o se afastar, Carl balançou a cabeça. Bloquear as chamadas de Donald foi um serviço completo. Lilith tinha se certificado disso.

Carl tentou ligar antes, apenas para se encontrar também bloqueado.

Sem se atrever a sair, ele se instalou no quartos dos fundos, pronto para ajudar caso a dor de Donald piorasse.

Lá em cima, Donald colocou o kit de primeiros socorros cuidadosamente de lado e sentou-se no sofá bege. Ele se recostou, tranquilo e composto, sua expressão enganosamente calma. Mas por baixo da superfície, seus olhos eram tempestuosos, emoções subindo como ondas, impossíveis de decifrar.

…

Enquanto isso, George chegou em casa e imediatamente trouxe o tônico para Eleonora. Sua assistente tinha entregado enquanto ela estava ausente a negócios.

Eleonora, com o rosto coberto por uma máscara, soltou uma risada antes mesmo que ele pudesse falar. "George, você é tão atencioso. Você tem feito tônico para mim mesmo enquanto eu estava fora.

"Estou exausta, então traga aqui. Assim que eu tirar essa máscara, eu vou beber. O tônico tem feito maravilhas - me sinto mais energética a cada dia."

Ao ouvir isso, o sorriso de George suavizou, sua voz baixa e rouca. "Você trabalha tanto pela empresa, querida. Cuidar de você é o mínimo que posso fazer. Deixe-me refrescar, e não se esqueça de beber mais tarde."