A filha do meu padrasto (Depois da verdade) romance Capítulo 26

Depois da aula de surfe, ainda fiquei conversando um bom tempo com o Matheus, quando ele foi me deixar em casa, a noite já havia chegado.

Matheus: Está entregue Yanka.

- Obrigada pelo dia Matheus, espero não ter atrapalhado muito o seu trabalho hoje.

Matheus: Eu adorei ter te conhecido um pouco melhor Yanka, mas espero conhecer mais.

- Se você não achar que eu sou um barco furado e não cair fora antes...

Matheus: Eu não sou o Diego Yanka.

Falou me dando um beijo no rosto, deu as costas e saiu.

Quando entrei em casa, encontrei o meu pai e a Laura tomando banho de piscina no maior romance, eles não me viram entrando, então eu fui direto pra área interna.

Fui na cozinha, fiz um lanche e depois de comer, fui pro meu quarto.

Tomei um banho pra tirar a areia do corpo, e me preparei pra dormir.

Eu já tinha pegado no sono quando o meu pai entrou no meu quarto e eu acordei com o som da porta.

Pai: Desculpa filha, eu não te vi chegar, achei estranho e vim olhar.

- Eu vi você e a Laura no maior Love, então eu não quis incomodar, falei rindo.

Ele entrou, sentou na ponta da cama e me olhou da mesma forma que sempre me olha quando quer fazer várias perguntas.

Eu revirei os olhos antes mesmo dele começar.

- Fala vai pai, o que você quer saber?

Ele começou a rir.

Pai: Você e o tal Matheus, ele é só seu professor mesmo ou está rolando alguma coisa?

- Ele é só meu professor, mas a gente está se conhecendo, afinal eu conversei a primeira vez com ele ontem pai.

Pai: Parecia que vocês se conheciam a mais tempo.

- Ele é um cara legal, sabe conversar, é bem maduro, e a conversa fluiu muito bem, mais não passou disso.

Pai: Ele pareceu mesmo ser um bom rapaz.

- Se acontecer algo, eu prometo que te falo tá bom?

Pai: Tá bom...você já se alimentou?

- Sim, eu lanchei.

Pai: Ainda está cedo pra dormir, você não vai querer jantar?

- Não, eu estou muito cansada, prefiro voltar a dormir.

Pai: Tudo bem, boa noite meu amor, falou me dando um beijo na testa.

No dia seguinte, acordei bem cedo, mas quando desci pra tomar café da manhã, o meu pai e a Laura já haviam saído, o que era estranho, pois eles nunca saem tão cedo.

- Bom dia Isabel, que horas o meu pai e a Laura saíram?

Isabel: Bom dia Yanka, faz uma hora.

- Nossa, devem ter ido resolver alguma coisa antes do trabalho.

Depois da merenda, voltei pro quarto e fui ler um livro, o que amenizou o meu tédio, eu até que senti vontade de ir até a loja do Matheus, mas eu já havia tirado ele do trabalho no dia anterior, tudo bem que a loja fechou meio dia, e com certeza os funcionários dele fizeram esse serviço, mas eu não podia abusar e querer que ele largasse tudo pra me dar atenção.

Passei o dia a base de livros, filmes, músicas e comida.

Talvez fosse mesmo uma boa ideia eu começar a trabalhar, assim eu não ficaria de rabo pra cima, sem fazer porra nenhuma.

Eram 21:00hrs quando o meu pai e a Laura chegaram, e eu estava na cozinha preparando algo pra comer.

Pai: Boa noite filha

Mãe: Boa noite Yanka

- Boa noite, por onde vocês andaram que saírem super cedo, e estão chegando tão tarde?

Eles se olharam, e eu fiquei parada observando eles, esperando uma resposta.

Meu pai tirou do bolso umas chaves e me entregou.

Pai: Toma filha, as chaves do seu apartamento, ele esta todo pronto pra você morar.

Eu peguei as chaves e dei vários pulinhos de alegria.

- Você está falando sério? e a mobília?

Laura: Eu tentei deixar tudo a sua cara Yanka, ele está todo mobiliado, e eu espero que você goste, eu falei pro seu pai que era melhor você escolher sua própria mobília, mas daí ele disse que queria te surpreender, então a gente passou o dia organizando tudo pra você.

Eu dei a volta na mesa, e abracei ela.

- Ah Laura, muito obrigada, eu tenho certeza que está tudo lindo, basta olhar pra sua casa pra saber que você tem um bom gosto.

Depois eu abracei meu pai.

- Obrigada pai, você não sabe o quanto eu estou feliz.

Pai: Por nada meu amor, essa semana eu levo você pra comprar seu carro, mas eu prefiro que você só se mude pro seu apartamento quando comprarmos o carro, tudo bem?

- Tudo bem pai.

Pai: Bom, agora nós vamos nos retirar, e amanhã conversaremos melhor.

- Vocês não vão comer nada?

Laura: Não, nós já comemos fora.

- Tá bom, até amanhã.

Eles se retiraram, e eu fiquei olhando pras chaves com o meu coração cheio de alegria.

No dia seguinte, eu acordei um pouco tarde, pois eu quase não consegui dormir de ansiedade pra ver o meu apartamento.

Eu levantei, tomei um banho, vesti uma roupa, e quando desci, o meu pai e a Laura já haviam saído.

Eu nem quis saber de tomar café da manhã.

Solicitei um taxi e fui ver como ficou o meu apartamento.

Eu não tive nenhum problema pra entrar no prédio, o meu nome já constava como moradora.

Assim que entrei no meu apartamento, eu quase tive um mini infarto de tão perfeito que estava.

- Meu Deuuus, o que é issoooo?!

A Laura havia deixado o meu apartamento impecável, eu não teria feito coisa melhor, estava simplesmente magnífico.

Eu fiquei tão emocionada que comecei a chorar, tudo bem que eu já estava acostumada com o luxo, mas eu estava olhando pro meu cantinho, um lugar só meu.

Fui até a minha sacada, e vi o imenso mar na minha frente, e eu me senti realizada.

Passei o dia curtindo o meu espaço, pedi comida, assisti um bom filme, a tarde tomei um café olhando pro mar e o movimento da orla, um verdadeiro sonho, eu senti paz.

No fim do dia, eu limpei e organizei tudo e depois voltei pra casa da Laura.

Eu esperei eles chegarem do trabalho pra voltar a agradecê-los.

- Lauraaa, eu fui no meu apartamento hoje e fiquei emocionada, está tudo tão perfeito que eu não teria feito melhor do que aquilo, mais uma vez, muito obrigada.

Laura: Ah Yanka, que bom que você gostou, eu fiquei preocupada de ter feito algo que não fosse do seu agrado.

Eu voltei a abraçá-la e o meu pai ficou todo bobo olhando pra gente.

O Rodrigo não herdou em nada a bondade e o caráter dessa mulher, pensei.

Pai: Bom, vou pedir uma boa comida pra gente.

- Tá bom, eu vou só tomar um banho e é o tempo que a comida chega.

Depois do banho, eu desci e jantei com eles e conversamos sobre tudo, sobre o apartamento, faculdade, emprego e fazia bastante tempo que eu não me sentia assim, tão feliz e tão leve.

Quando fui pro meu quarto dormir, fiquei pensando no Matheus.

- Amanhã já é quarta-feira, e eu não o vejo desde o domingo, e eu nem tenho o número dele pra perguntar como ele está e quais são os dias das aulas, talvez eu esteja até perdendo elas sem saber, falei pra mim mesma.

Dormi fazendo planos pra ir até a loja dele no dia seguinte.

Quando o dia amanheceu, eu desci pra tomar café da manhã e depois voltei pro quarto pra me arrumar e ir falar com o Matheus.

Eu não sabia exatamente o que falar, pois ele não me procurou, e eu não queria parecer uma desesperada por atenção.

Assim que cheguei na loja, falei com o mesmo rapaz que me atendeu da primeira vez.

- Oi, bom dia, o Matheus está?

Gabriel: Bom dia, ele saiu e só volta no fim da tarde.

- Você pode me dar o endereço da casa dele?

Gabriel: Ele mora aqui mesmo, em cima da loja, aqui na lateral tem um portão de alumínio, é só tocar a campanhia.

- Ah, obrigada pela informação então.

Isso explicava o motivo dele ter descido em frente a loja quando fomos almoçar juntos.

Quando eu estava quase chegando na casa da Laura novamente, esqueci que não tinha pego o número dele, senti vontade de voltar, mas desisti.

Eu estava tão bem, que eu nem senti falta do Rodrigo, e na minha cabeça eu estava começando a superá-lo, mero engano.

A noite chegou, eu tomei um banho, escolhi um vestido de alcinha preto e curto, que ficava perfeito no meu corpo.

Coloquei uma gargantilha, uma pulseira e um brinco, passei um perfume leve, e um batom clarinho, peguei uma bolsa e guardei as chaves do meu apartamento, o meu celular, meu cartão, e fui até onde o Matheus morava.

Fiquei uns cinco minutos criando coragem pra tocar a campanhia.

Matheus: Não vai tocar?

Eu dei um pulo de susto ao ouvi-lo falando atrás de mim.

- Meu Deus Matheus, quer me matar de susto? falei levando a mão até o coração.

De onde é que você vem? perguntei.

Matheus: Eu estava ali do outro lado sentado olhando se você tocaria a campanhia ou não.

Eu fiquei vermelha de vergonha, sabendo que ele passou esse tempo todo me observando.

- Eu não sabia se devia fazer isso ou não, pois você não me procurou desde domingo e eu achei que fosse parecer estranho eu vim aqui.

Matheus: Eu não te procurei porquê não queria te sufocar, só isso.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto (Depois da verdade)