A filha do meu padrasto (Depois da verdade) romance Capítulo 25

Depois de passar alguns dias trabalhando em casa, decidi voltar pra empresa, e tudo estava na mais perfeita ordem, exceto a minha amizade com o Demétrio.

Ele me ligou pra falar apenas o essencial enquanto eu estava em casa, e eu já sabia o motivo.

Assim que cheguei na empresa, o chamei até a minha sala.

Demétrio: Que bom ter você de volta, espero que tenha tido tempo de pensar sobre suas atitudes.

- É sobre isso que quero conversar com você, senta aí.

Demétrio: Pode ser depois cara? eu estou cheio de coisa pra fazer na minha sala.

- As coisas podem esperar Demétrio, agora a gente precisa conversar.

Ele sentou todo esparramado na poltrona e me encarou.

Demétrio: Beleza então, fala aí.

- Foi mau por ter agido daquela forma em frente a sua casa e por ter tratado a Rayssa daquela forma, mas ela tá fora de controle cara, a Rayssa é tipo um carro sem freio, ela não mede esforços pra me atropelar com as críticas e acusações dela.

Demétrio: Macho, a Rayssa pode até ter aquele jeito durona dela, mas ela não deixa de ser uma mulher, ninguém fala desse jeito com mulher nenhuma tá ligado? e você tem falado e feito isso com todas as mulheres que estão na sua vida hoje, eu nem conheço mais você cara.

- Nem eu me reconheço mais Demétrio, eu só não sei como dar um jeito nisso.

Demétrio: Faça uma escolha, ou a Melissa, ou a Yanka.

Veja por qual delas o teu coração bate mais forte, e investe na escolhida. Isso é, se alguma delas te querer ainda, porquê se eu fosse alguma delas, eu mudava de país, só pra não ter que te ver nunca mais na minha vida.

- Ver você falando assim, me faz parecer um maníaco.

Demétrio: Mas está parecendo isso mesmo Rodrigo, o que teria acontecido se a Rayssa não tivesse te impedido de seguir a Melissa?

Eu fiquei pensativo, realmente com a raiva que eu estava, poderia ter acontecido algo muito pior.

- O que você sugere que eu faça?

Demétrio: Se não for pra melhorar como homem, se for pra fazer alguém sofrer agora, é melhor ficar sozinho, viajar por um tempo, colocar a cabeça no lugar.

Você não é tão burro assim Rodrigo, você sabe que essa merda toda já passou dos limites.

Ou você luta por uma das duas, e faz a coisa certa com elas, ou você some por uns tempos e só volta quando você aprender a ser gente, você parece um animal, até o animal tem mais consciência que você.

- Eita cara, pega leve aí.

Demétrio: Não dá mais pra pegar leve com você Rodrigo, você é meu irmão, e eu só estou te mandando a real, porquê eu te amo.

Agora eu vou pra minha sala, estou cheio de trabalho pra fazer, inclusive você também.

Ele se levantou da cadeira, e saiu da sala e eu fiquei pensativo, o meu meu melhor amigo estava se cansando de mim, e se eu cheguei até esse ponto, significava que realmente eu estava errado pra caralho, e se eu continuasse dessa forma, eu iria perder todos a minha volta e iria acabar sem ninguém, a coisa estava tão feia, que ele nem perguntou o motivo do meu rosto estar roxo.

Trabalhei normalmente, e tentei não entrar na loucura de ligar pra Melissa, e nem pensar na porra dos peitos da Yanka, que muitas vezes aparecia na minha mente como flash.

No fim do expediente, fui pra casa, tomei um banho e saí pra comer fora, tentando escapar da solidão que estava sendo a minha vida.

Eu segui esse mesmo roteiro, durante dois dias, e aparentemente estava tudo calmo, eu estava conseguindo lidar com o meu descontrole, ansiedade e guerras internas, mau eu sabia que a minha quarta-feira seria infernal, não, muito pior do que o inferno, se é que dá pra ser pior.

Levantei pela manhã, me arrumei, passei pela cafeteira e comprei meu café e fui pra empresa, o dia correu normalmente e o Demétrio já estava um pouco menos azedo comigo.

No fim do dia, quando cheguei em casa, pensei em seguir a mesma rotina, tomei um banho, me arrumei, porém dessa vez eu pensei em ir jantar em um restaurante a beira mar, que fazia bastante tempo que eu não frequentava.

Eu estacionei o meu carro na orla, e quando subi no calçadão da praia eu quase não acreditei no que eu estava vendo.

De todas as vezes que a Yanka me tirou o juízo, essa foi a pior.

Andei em direção a ela feito um bicho, e quando ela me viu, se assustou e aquele pau no cu ficou na frente dela.

- Sai da porra da minha frente seu desgraçado, gritei.

Matheus: Você quer mesmo fazer isso aqui? já olhou a tua volta? está cheio de policia aqui, e eu vou adorar levar a Yanka pra abrir uma denuncia contra você. Então cai fora daqui seu porra.

Nessa hora eu não quis saber de porra nenhuma.

- O que você tá fazendo com esse cara Yanka? perguntei de forma ameaçadora.

Matheus: Não responde nada Yanka.

- Cala a porra da sua boca seu filho da puta, falei dando um murro nele.

A Yanka começou a gritar, mandando eu parar, mas a briga já havia começado.

A polícia chegou meio segundo depois, e apartou a briga que mau tinha começado.

Eu estava fora de mim.

A Yanka ficou olhando pro rosto dele, vendo se ele estava machucado, toda preocupada, e o ódio tomou ainda mais conta de mim.

- Sua vagabunda, chega a ser repugnante a facilidade que você dá a porra dessa buceta pra qualquer pau no cu que aparece.

As lágrimas começaram a descer dos olhos dela, e o Matheus a abraçou.

Eu tentei me soltar, mas a polícia me deteve, e mais uma vez eu fui parar na delegacia.

Delegado: De novo por aqui cara? o que foi dessa vez?

Eu não respondi porra nenhuma, e dessa vez, eu e aquele imbecil ficamos em salas separadas.

Eu não vi quando ele e a Yanka foram embora, mas se eu tivesse visto, com certeza eu teria causado outra briga.

Delegado: A sua sorte é que aquela moça não quis abrir um processo contra você.

Tanta mulher por aí, e você fazendo esse papelão, honre o que você tem nas calças rapaz.

A minha vontade era de ir até a casa da minha mãe, e arrancar da Yanka uma explicação, mas se eu fizesse isso, o pai dela a mandaria de volta pra Europa novamente.

Fui pra minha casa com sangue nos olhos, e a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi ligar pra ela, e como se não bastace, o arrombado do Matheus atendeu o celular dela.

Matheus: O que é que tu quer Rodrigo?

- Passa a porra do celular pra Yanka seu filho da puta, gritei.

Matheus: Eu vou deixar uma coisa bem clara pra você Rodrigo, amanhã mesmo a Yanka vai mudar de número, e eu mesmo vou falar com o pai dela sobre a pressão psicológica que você anda fazendo com ela. Essa merda toda que você está fazendo, vai acabar entendeu?

- Isso não é seu problema seu merdinha, fica fora disso antes que eu arrebente sua cara.

Matheus: Agora é problema meu, e eu costumo resolver os meus problemas.

Ele desligou a porra da ligação, e eu pirei.

Peguei o meu carro, e o que antes eu pensei ser um problema, já não era mais.

- É melhor ela voltar pra Europa do que eu ver ela desfilando com aquele filho da puta, esbravejei no carro a caminho da casa da minha mãe.

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