A filha do meu padrasto (Depois da verdade) romance Capítulo 34

A vida te dá vários sinais de que algo precisa mudar, ela te fornece caminhos que facilitem sua caminhada, que façam você evoluir como ser humano, então o nosso maior inimigo, é nós mesmos, que mesmo com todas as dicas e situações que nos favorecem, nós insistimos em seguir o nosso próprio pensamento, na intenção de fortalecer o nosso ego, e muitas vezes, é exatamente o ego que nos leva a fracassar.

Quando acordei, eu não imaginava que o fracasso, a humilhação a decepção já estavam batendo a minha porta, eu pensei que era apenas mais um dia da minha triste vida, que eu mesmo me deixei trilhar.

A gente se acostuma com tudo, com a mesma cafeteira, com o mesmo restaurante, com a mesma hora de acordar e dormir, com os mesmos amigos, e até com a vida ruim que a gente leva.

Então eu chego a dizer que eu estava acostumado.

Acostumado a ter sempre o que eu queria, na hora que eu queria e sabia exatamente o caminho que eu precisava trilhar pra conseguir.

Acontece que tudo o que eu conseguia, era passageiro, levando isso pra todos os meus conflitos com a Yanka e a Melissa, eu digo que o beijo era passageiro, o sexo era passageiro, e até o sentimento de posse era passageiro.

Nada era meu, eu apenas burlava o sistema da minha mente, pra acreditar em coisas que faziam eu me sentir melhor, esquecendo dos sentimentos das outras pessoas.

Mas chegou uma hora que o sistema de defesa dessas pessoas, resolveu reagir, pois esse sistema também passou a conhecer o meus métodos de me infiltrar, e soube usar isso contra mim, e então eu fracassei.

Era pra ser só um sábado em família, com o meu pensamento martelando a melhor forma de ter um momento a sós com a Yanka, eu queria saber se ela havia mesmo trocado de número ou apenas me bloqueou.

Tomei um banho, me arrumei, e fui pro almoço na casa da minha mãe.

Assim que cheguei, eles já estavam na cozinha.

A Yanka estava na mesa, e a Isabel estava servindo ela, porém ela estava de cabeça baixa e nem olhou pra minha cara, o que foi um pouco estranho.

Mãe: Oi filho, sente-se...

A minha mãe parecia normal, eu fiquei com receio dela ficar diferente pro meu lado depois de eu ter ido ver o meu pai pra pedir conselhos.

Pyter: Boa tarde Rodrigo?

- Boa tarde Pyter.

Eu voltei a olhar pra Yanka que continuava olhando pro prato sem levantar a visão pra mim, aquilo me deixou muito incomodado, então eu resolvi falar com ela.

- Oi Yanka? tá tudo bem?

Ela me ignorou totalmente, e todos perceberam, até a Isabel que estava presente olhou pra ela.

Eu olhei pro Pyter e ele estava atento a filha dele, e a minha mãe também estava sem entender nada, e eu comecei a ficar tenso.

- O que você tem? não vai me responder?

Ela ficou calada mais uma vez, e se não fosse os nossos pais presentes eu iria arrancar uma resposta dela na marra.

Pyter: O que houve filha?

Só então ela levantou o olhar pra responder o pai dela, deixando claro que o problema era apenas comigo.

Yanka: Nada com o senhor pai, respondeu voltando a abaixar a cabeça.

O Pyter me encarou, e a minha mãe também, como se estivessem exigindo alguma explicação de mim.

Como eu não dei, ela perguntou diretamente pra Yanka.

Mãe: Você quer nos dizer alguma coisa Yanka? quer compartilhar com a gente qual é o problema?

Ela soltou o talher no prato e levantou o olhar novamente pra encarar a minha mãe.

Yanka: O problema é seu filho.

- Do que você está falando garota? perguntei irritado.

O clima ficou pesado, e o Pyter já estava com o maxilar rígido esperando a explicação da Yanka que com certeza me colocaria em maus lençóis.

Mãe: Deixa ela falar Rodrigo...Continue Yanka.

Yanka: Ele continua achando que é o meu dono, acha que tem algum poder sobre mim, sobre a minha vida, tenta impedir que eu conheça outras pessoas, e fica usando das chantagens emocionais pra me deter.

A minha mãe olhou pra mim horrorizada, e o Pyter também, só que o olhar do Pyter era de quem queria me matar.

Eu senti a raiva tomar conta de mim.

Rodrigo: Que porra que você está fazendo Yanka? perguntei tentando controlar minha fúria.

Minha mãe voltou a encará-la.

Mãe: Eu não estou entendendo muito bem, me explica melhor isso Yanka.

Na mesma hora a campanhia tocou.

Pyter: Quem será? não estamos esperando ninguém.

Yanka: Eu atendo, falou se levantando da mesa.

Enquanto a Yanka foi atender a porta, a minha mãe me questionou.

Mãe: O que você aprontou dessa vez Rodrigo?

Eu olhei pro Pyter e não tive coragem de entrar no assunto, eu sabia exatamente do que se tratava, e nunca pensei que a Yanka fosse capaz de me expor assim.

Eu mau sabia que essa exposição era só a ponta do iceberg.

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