A Herdeira Rejeitada do CEO Italiano romance Capítulo 14

“Por Sean Gallagher”

Enquanto o elevador sobe, nos levando até a suíte que dividiremos, noto os sinais de nervosismo de Zoe. Sua respiração irregular, a mão indo diversas vezes ao encontro de seus fios castanhos… tudo demonstra seu desconforto.

Sei que grande parte disso se deve àquela noite, quando deixei o álcool extravasar meus descontentamentos. Eu quis testar Zoe, provocar uma situação que a fizesse assumir quem acredito que ela seja, mas não esperava que ela jogasse suco na minha cara. Como resultado, terminei a noite com uma camisa molhada, um xingamento de sua amiga e um sermão de Stefano.

Quando as portas metálicas se abrem, Zoe apressa seus passos, olhando os poucos quartos que ocupam o andar até parar em frente à nossa suíte. Com as mãos trêmulas, ela insere o cartão-chave na porta, abrindo-a em seguida.

Ao ver apenas uma cama no quarto, Zoe passa a mão pelos cabelos e comenta antes que eu possa provocá-la novamente.

— Preciso de um banho. — ela afirma, pegando sua pequena mala antes de seguir para o banheiro.

— Depois disso, organize a planilha dos novos investimentos de Chicago. — digo, interrompendo seus passos imediatamente. Sem mostrar irritação pela ordem repentina, ela concorda com a cabeça e entra no banheiro.

Alguns minutos depois, após organizar minhas coisas, pego meu notebook e me sento na varanda do quarto. No entanto, ao ouvir o barulho da porta e ver Zoe sair do banheiro com um vestido casual e uma toalha enrolada nos cabelos, é impossível ignorar sua presença.

Pressiono as têmporas, buscando um pouco de concentração, e volto a olhar para o notebook. Mas logo meu olhar vagueia para o interior do quarto, onde Zoe se sentou na cama para mexer em seu notebook. Alheia à minha presença, ela mantém sua concentração enquanto morde a caneta antes de fazer algumas anotações.

— Você não queria constrangê-la ao dividir o quarto com ela? — resmungo. — Só se esqueceu que desde sábado você não consegue tirá-la da cabeça.

Logo, a notificação de um e-mail de Stefano me livra da distração que meus pensamentos causaram. Rapidamente abro a mensagem, encontrando um arquivo anexado.

“Me agradeça depois, caro primo.”

Abro o documento enviado por ele, encontrando uma pasta nomeada como “Prove do Seu Veneno, Sean Rossi.” Reviro os olhos imediatamente enquanto pondero as opções.

Talvez eu encontre alguma evidência de que minhas suspeitas estavam corretas. Ou talvez eu descubra que estava errado o tempo todo, e que aquela noite realmente foi obra do acaso.

— O que você está fazendo, Sean? — murmuro para mim mesmo. — Desde quando você se importa se está certo ou errado?