“Por Zoe Adkins”
Durante a tarde, imersa no trabalho, tento manter a mente ocupada para disfarçar a indiferença que não existe em mim quando estou perto de Sean. No entanto, por mais neutra que seja minha expressão facial, ninguém imagina a confusão que se passa dentro de mim.
Richard costumava dizer que o silêncio é ouro, e eu sempre concordei com ele. Mas quando vem de Sean, que sempre preferiu o barulho, é algo que me deixa confusa.
— Por que estou tão preocupada com isso? — resmungo, balançando a cabeça enquanto volto a atenção para o notebook. — Só preciso fazer o meu trabalho e aguentar mais esses dois meses.
Tentando me convencer com minhas próprias palavras, retorno à planilha que Sean pediu. No entanto, após alguns minutos, sou interrompida pelo toque do meu celular. Ao olhar para o visor, vejo o nome de Emily.
— Oi, Emily! — exclamo, empolgada por ter uma distração momentânea.
— Oi, Zoe. Preciso da sua ajuda. — ela fala, claramente nervosa. — Estou finalizando o orçamento para o próximo trimestre e cometi o erro de não pedir para o Sr. Gallagher analisar e aprovar antes da viagem. Você pode mediar e salvar a sua amiga, por favor?
— Claro. — respondo, revirando os olhos enquanto olho para ele, que permanece concentrado em seu notebook. — Vou falar com ele e te mando assim que ele finalizar.
— Muito obrigada, Zoe, vou te enviar agora mesmo. Tentei pedir ajuda ao CFO, mas algumas decisões são exclusivamente do Sr. Gallagher. Mas diga, como está sendo a viagem?
— Está sendo… normal. — minto, evitando falar sobre a divisão do quarto. — Acredito que irei sobreviver.
— E quanto ao jantar com Benjamin? Está confortável em vê-lo depois do que aconteceu?
— Benjamin é um ponto final na minha vida, Emily. Além disso, somos adultos e profissionais. — concluo, dando o assunto como encerrado. — Agora preciso desligar para poder salvar uma amiga esquecida.
— Te devo essa, Zoe. Até mais.
Desligo o telefone e suspiro profundamente, sabendo que precisarei abordar Sean. Reúno minha coragem e me aproximo dele, esperando uma tempestade pela interrupção de sua paz. No entanto, ao me ver, ele desfaz sua expressão séria.
— Sr. Gallagher, me desculpe por interrompê-lo, mas…
— Zoe, — ele me interrompe, apoiando os cotovelos na mesa de vidro —, não estamos na empresa ou em uma reunião de negócios. Acredito que não precisamos nos tratar com tanta formalidade, certo?
— Tem razão, não estamos na empresa ou em uma reunião, mas estamos aqui a trabalho. Então, se não se importar, prefiro manter a formalidade. Não somos amigos. — afirmo, percebendo seu maxilar travar instantaneamente.

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