A Herdeira Rejeitada do CEO Italiano romance Capítulo 37

“Por Sean Gallagher”

Após ter passado o restante da noite pensando em tudo o que aconteceu entre mim e Zoe, ao vê-la passar pela porta, vejo todo o autocontrole que tentei construir desde que cheguei à empresa se desfazer num instante. Sem sequer raciocinar direito, me aproximo dela, puxando-a para um beijo.

No entanto, antes que possamos nos entregar completamente ao momento, a porta se abre, interrompendo nosso beijo abruptamente. Zoe e eu nos afastamos rapidamente, mas o olhar que Stefano nos lança deixa claro que ele percebeu o que estava acontecendo.

— É só pressionar esse ponto aqui — Zoe diz, tentando manter o tom de voz firme enquanto pressiona meu pescoço com o indicador. — Garanto que vai amenizar o incômodo do torcicolo.

— Torcicolo, é? — ele diz, com um sorriso contido, erguendo uma sobrancelha, claramente não convencido. — Bom saber que temos uma especialista em massagens por aqui.

— Cada um com os seus talentos, Stefano — ela responde, indo em direção à saída. Antes de passar pela porta, ela diz: — Sr. Gallagher, vou buscar o documento que pediu. Com licença.

— Você não sabe bater? — pergunto, ignorando seu sorriso sarcástico.

— Qual foi a parte da ópera que perdi? — Stefano pergunta após a saída de Zoe.

— Aquela parte clássica onde o vilão entra sem ser chamado e acaba sendo jogado pela janela — respondo, irritado. Ele abre os braços em rendição, esboçando seu sorriso debochado. — Você não sabe bater? Porra!

— Isso nunca te incomodou, mas vejo que é um hábito que precisarei adotar daqui para frente. Por falar nisso, está sabendo da nova política implementada ontem? Parece que foram ordens expressas do CEO.

— Vá se foder, Stefano. Fale de uma vez o que você quer — digo, sentando na minha cadeira. Enfim, o advogado se senta à minha frente e assume sua postura profissional, deixando claro que o assunto é sério.

— Estava consultando o andamento da investigação sobre a morte de Richard.

— Algo útil?

— Conseguiram localizar o motorista do táxi que deixou a mulher loira nas proximidades da casa do seu pai naquela noite — ele diz, colocando alguns papéis à minha frente.

— Já estava na hora — resmungo, folheando as folhas antes de encarar Stefano. — O que conseguiram?

— Essa é a parte que, talvez, você não goste, caro. Misteriosamente, o rapaz de 35 anos, totalmente saudável, faleceu na mesma noite que o seu pai.

— Deixe-me ver se adivinho — digo, passando a mão no rosto antes de voltar a encará-lo. — Infarto?