Resmungando algo em italiano, Sean finalmente fica em silêncio. Tento manter a concentração na estrada para ignorar a presença dele ao meu lado. Após minutos que parecem horas, enfim estaciono em frente à casa dele.
— Chegamos. — digo, desligando o carro.
Sean abre os olhos lentamente e olha ao redor, parecendo confuso por um momento antes de reconhecer o lugar. Com um suspiro pesado, ele abre a porta e sai do carro, apoiando-se na porta para se equilibrar.
— O que fiz para merecer isso? — resmungo, saindo do carro para ajudá-lo.
Com esforço, consigo levá-lo até a entrada e abrir a porta. Ele cambaleia para dentro, apoiando todo o seu peso em mim. Ao entrarmos, tento levá-lo até o sofá, mas ele insiste em continuar andando.
— Não preciso assistir televisão. — ele resmunga. — Preciso tomar um banho.
— Você mal consegue ficar em pé, Sean.
— Só me ajude a ir ao banheiro e eu consigo me virar depois. Por favor, Zoe…
— Sean, eu não vou… — desisto de retrucar quando ele tenta se soltar de mim. — Está bem, mas vou te jogar lá e ir embora, ouviu?
Ele concorda com a cabeça, passando o braço em meu pescoço para novamente se apoiar em mim. Com dificuldade, consigo ajudá-lo a chegar ao banheiro, onde ele se apoia na pia enquanto entro no box para ligar o chuveiro.
— Certo, agora vamos tirar essas roupas. — digo, mais para mim mesma do que para ele.
— Pensei que fosse me jogar aqui e sair. — ele responde, irônico.
— Você está certo. Sei que é capaz de se virar sozinho a partir daqui.
— Não! — Sean exclama quando me viro para sair. Dramaticamente, ele põe a mão na cabeça quando o encaro novamente. — Ainda estou meio tonto. Você não quer que eu caia aqui, certo? Por favor, Zoe…
— Isso porque você ia se comportar… — resmungo, indo em sua direção.
Começo a desabotoar sua camisa, tentando ignorar seu olhar totalmente atento a cada movimento meu. Com a camisa caída no chão, desvio o olhar de seu abdômen definido e foco em retirar os sapatos e a calça o mais rápido que consigo. Logo, ele está apenas de cueca.
— Zoe, acho que se esqueceu de algo… — ele diz, com a voz rouca, enquanto aponta para a peça branca.

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