Antes que eu possa esboçar qualquer reação, Sean une nossos lábios em um beijo ardente. Mesmo resistindo, meu corpo responde automaticamente, e logo me vejo cedendo aos seus toques. Suas mãos exploram meu corpo, encontrando o zíper do meu vestido e descendo-o lentamente.
Desajeitadamente, Sean desliza o tecido pelos meus ombros, deixando um rastro de calor enquanto beija minha pele. Finalmente, seus lábios encontram os meus novamente, intensificando meu desejo por ele.
Ele se deita ao meu lado, virando-me de costas para ele enquanto volta a beijar meu pescoço e minha nuca, me fazendo suspirar de prazer. Por um momento, tudo parece perfeito, e desisto de resistir, entregando-me ao momento.
Então, percebo que o silêncio se instala de repente, no mesmo momento em que seus toques param. Viro o rosto lentamente, apenas para encontrar Sean adormecido serenamente, como se tudo o que fizemos fosse apenas parte de um de seus sonhos.
— Sean? — chamo baixinho, sem resposta. — Depois, não diga que eu não tentei.
Completamente frustrada, tiro o braço dele de cima da minha cintura e me levanto da cama. Acreditando ser o universo esfregando na minha cara que não devo me envolver com ele, balanço a cabeça negativamente e pego meu vestido do chão do quarto.
Encaro a peça molhada em minhas mãos antes de olhar para a janela. A cada dia, o inverno se mostra cada vez mais implacável lá fora, fazendo-me estremecer só de pensar em sair com o vestido úmido. Respiro fundo, tentando ignorar a confusão emocional que Sean desperta em mim, e decido levar meu vestido até a secadora.
No entanto, andar pela casa nua enquanto espero a peça secar parece um tanto constrangedor. Dou uma rápida olhada ao redor do quarto, buscando alternativas até encarar o closet.
— Me emprestar uma de suas camisas caras é o mínimo, Sr. Gallagher. — digo, num tom irônico, enquanto caminho em direção ao closet.
Abro as portas suavemente e logo um espaço meticulosamente organizado se revela diante de mim. Há fileiras de gravatas perfeitamente alinhadas por cores, ternos pendurados de forma impecável e calças dobradas com precisão.
— Tenho pena da pessoa que precisou aprender a organizar tudo isso conforme o perfeccionismo de Sean. — murmuro, passando a mão pelas camisas penduradas nos cabides.
Minha busca continua até que encontro algo que possa vestir: uma camisa social branca, obviamente grande para o meu tamanho, mas confortável o suficiente para me cobrir decentemente.
Assim que termino de vesti-la, embora tenha cheiro de amaciante, há um leve toque do perfume de Sean, o que me faz sentir mais próxima dele, mesmo quando está inconsciente na cama.
— Agora é hora de ir. — sussurro, virando-me para sair.

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