“Por Sean Gallagher”
Mesmo após uma noite de bebedeira, por mais que meu corpo peça descanso, minha mente, habituada a acordar cedo, não me deixa dormir mais. Hoje não foi diferente. Abro os olhos e percebo que estou nu, abraçado às costas de uma mulher que usa uma camisa que reconheço imediatamente como minha.
Levanto a cabeça e reparo nos longos fios castanhos espalhados pelo travesseiro. Ao me dar conta de quem está adormecida em meus braços, uma sensação de déjà vu me invade.
“Por que dessa vez não me lembro de absolutamente nada?”, penso enquanto retiro meu braço de sua cintura. Levanto-me com cuidado, tentando não a acordar, e sigo para o banheiro no quarto de hóspedes para uma ducha rápida.
Alguns minutos depois, decido preparar algo para o café. Mas, ao passar pela sala, ouço meu celular tocando no chão. Pego o aparelho e vejo o nome de Stefano na tela.
— Até que enfim! — ele exclama assim que atendo.
— Bom dia, Stefano.
— Só se for para você. Acabei de ser acordado por uma Ellie bem preocupada. Zoe não voltou depois que foi te levar até…
— Stefano, que porra está acontecendo? — corto suas palavras, passando a mão no rosto enquanto me sento no sofá. — E por que você está com a amiga de Zoe?
— Eu… er… Não estou com ninguém, caro. Ela me ligou após ligar para Zoe e perceber que ela sumiu.
— Zoe não sumiu, caro. Agora, ela está dormindo na minha cama. Quer me explicar qual foi a parte que perdi?
— Você não se lembra de nada?
— Nada do que me lembro inclui Zoe dormindo na minha cama.
— Que merda, Sean. — ele afirma, soltando uma risada debochada. — Enfim, vou avisar a Ellie sobre o paradeiro da amiga e voltar a dormir. Ciao, caro.
Rapidamente, Stefano desliga a ligação, me fazendo soltar um suspiro frustrado. Recosto-me no sofá, pressionando as têmporas para tentar trazer algumas lembranças da noite anterior.
Lembro-me de ter praticamente fugido de Britney, da minha volta ao pub, de sentar na mesa de Zoe, de ter sonhado com ela na lavanderia… Mas nada que explique como ela acabou na minha cama.
— Preciso parar de beber quando estiver com Zoe. — resmungo, esfregando a mão no rosto.
Com um suspiro resignado, decido me levantar, ciente de que ficar remoendo tudo isso não me levará a lugar algum. Sigo até a cozinha, onde começo a preparar o café da manhã. Afinal, nada mais justo do que tentar recompensá-la por passar a noite comigo, mesmo que eu não me lembre muito bem dos detalhes.
Alguns minutos depois, quando termino de preparar algumas fatias de pão e coloco os ovos na frigideira, ouço passos leves se aproximando. Levanto o olhar e vejo Zoe, ainda vestindo minha camisa, com uma expressão sonolenta e surpresa estampada no rosto.
— Oh, meu Deus! Você está aqui! — ela exclama, tentando abaixar a camisa para cobrir mais suas pernas.

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