Parte 1...
Medo de voar muita gente tem, mas o medo de Nathaly era daquela quantidade enorme de água embaixo deles. Apesar de ser um oceano de um azul incrível, ela não se sentia bem e dentro de uma lata de ferro menos ainda.
O helicóptero voava perto demais do mar para o gosto dela. Sua testa suava e estava com taquicardia. Queria gritar com o piloto para que subisse mais.
Parecia que a qualquer momento alguma onda iria bater na porta do helicóptero. A sensação era horrível, pesava em sua nuca.
— Se continuar de olhos fechados vai perder uma das melhores vistas da Grécia - ele disse achando divertido o nervosismo dela — Abra os olhos, já estamos quase chegando - tocou seu joelho.
Ela bem que queria falar algo, mas estava mais preocupada em controlar o pânico que começava a aumentar. Seu coração batia tão forte que ela conseguia sentir as batidas em sua garganta.
Engoliu em seco e continuou de olhos fechados mesmo quando o sentiu tocar seu joelho.
Ele não sabia a batalha que ela estava enfrentando naquele momento. Não estava nem um pouco interessada no mar ou no passeio, só queria chegar logo antes que o mar a puxasse. Apesar de ser linda, a água lá embaixo representava sofrimento e morte.
Ele segurou sua mão e a sentiu fria e trêmula.
— Theé mou, como está fria - ficou preocupado — E está muito pálida. Ainda se sente mal por causa de ontem?
Ela bem queria que fosse só isso. Logo estaria recuperada. Kostas esfregou suas mãos querendo aquecê-las um pouco.
— Notei que estava nervosa quando nos encontramos. Acho que tem medo de voar. Desculpe, da próxima vez usaremos um dos barcos para que fique mais tranquila e faça uma boa viagem - disse preocupado e terno — Demora mais, porém não vai deixá-la nervosa.
Ela o olhou espantada com a súbita ternura e preocupação. Mas se pudesse escolher não estaria perto do mar de modo algum. Estava travada pelo medo e queria confessar que seu terror era por causa da água e não de estarem voando.
Mas ele talvez se abrorecesse com isso, assim como o tio havia se irritado e reclamado com ela por ser fraca emocionalmente. Mas ela não tinha como evitar.
— Não precisa me olhar assim - riu — Ainda bem que sua fraqueza não é só dinheiro. Muitas pessoas têm medo de voar. Vamos evitar isso quando possível - virou para fora e sorriu — Estamos em casa agápe mou - apertou sua mão.
Ela focou o olhar na pista de pouso que era paralela ao mar. Nada aconteceria ali, a água não subiria de repente para tragá-la. Respirou fundo várias vezes. Sabia que seu medo era exagerado, mas iria conseguir se segurar. Teria que conseguir.
— Podemos ir nadar um pouco para aliviar o calor. Pode ajudar a melhorar. Que tal?
“Deus me livre! Entrar no mar?”
— Hum... Depois pode ser? - fez uma cara sem graça.
— Tudo bem. Teremos muito tempo para isso - apertou sua mão de novo — As pessoas adoram se enfiar no mar quando vêm para cá, mas se não se sente bem, esperamos.
— Teremos muito tempo? - ela ficou alerta.
— Não tenho intenção de retornar tão cedo - sorriu.
Nathaly ficou um pouco desapontada e preocupada com essa notícia. O lugar era muito bonito realmente, mas quanto mais tempo ficasse ali mais difícil seria esconder seu problema. Talvez se contasse a ele sobre seu medo do mar ele entendesse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Noiva Inocente do CEO
eu gostei, embora tenha faltado alguns capítulos na historia deu pra entender, mas fica a sensação de ter perdido algo....
os capítulos estão picotados?? pulou do 1 para o 6 e do 9 para o 13...
Parabéns gostei muito da história...
Estou adorando...