A Noiva Inocente do CEO romance Capítulo 33

Parte 5...

Nathaly sentiu uma mão em seu ombro a balançando devagar e abriu os olhos piscando várias vezes, para focar uma imagem. Kostas estava sentado ao seu lado na cama com um copo na mão.

— Acorde agápe mou - empurrou o copo em frente de seu rosto para que bebesse.

— Eca - virou o rosto fazendo careta — Que cheio ruim.

— Mas o efeito é bom. Vai ajudar a passar a ressaca.

— Não quero beber nada, nunca mais na vida - se virou para o outro lado puxando o lençol.

— Ótimo - a puxou de volta — Mas isso tem que beber, vai te fazer bem. Sente-se!

Ela sentou sentindo os olhos arderem, a garganta seca e a cabeça latejando.

— Credo... Juro por Deus que não volto a tocar em álcool nunca mais. É horrível - estalou a língua com gosto estranho na garganta.

— É bem feito - a ajudou a tomar o remédio forte — Agora sabe que atitudes impensadas têm consequências.

— Já vai começar a brigar comigo agora? - apertou os olhos e bebeu um pouco — Não me sinto bem, Kostas.

— Não vou brigar - alisou seu cabelo — Mas tem só uma hora para se aprontar.

Ela o olhou direito e já estava arrumado para sair.

— Não quero ir à boate nenhuma - se jogou de volta na cama.

— Não vamos a uma boate agora, já é quase meio-dia. Só vão abrir bem mais tarde, mas você não sabe disso não é? - disse sério.

Nathaly se sentou. O tom de voz dele parecia perigoso apesar de calmo. Foi um pequeno alerta.

“Será que ela tinha falado demais na noite anterior? Talvez tivesse feito algo errado, não lembrava”.

— Eu... Não me lembro - foi tudo o que conseguiu dizer.

— Ah, mas vai lembrar querida - olhou o relógio — Você falou algumas coisas interessantes ontem e quero saber mais depois.

“Merda! Que diabos ela havia dito?”

— Ontem... Eu estava bêbada.

— Eu sei - riu — Vá se ajeitar, porque tenho que dar um telefonema antes de saírmos. Meu piloto estará aqui em vinte minutos.

Ela andou de volta até a cama e sentou, segurando o lençol com força como se isso fosse um apoio. Eles voltariam para a ilha. Teriam que sobrevoar todo aquele mar.

Engoliu em seco só de pensar.

E ela teria que ligar para a mãe, não podia ficar muito tempo sem contato ou acabaria desconfiando e isso iria atrapalhar tudo. Ainda não era hora de sair dessa confusão, não tinha se preparado direito e a mãe ainda não terminara o tratamento.

Mordeu o dedo, roendo a unha, ficando nervosa de novo. Ela teria que ficar com ele, sozinha. E como disse, fariam muito sexo até ele se enjoar dela.

Respirou fundo e esfregou o rosto. Estava tentando recordar o que poderia ter dito na noite anterior, mas não conseguia e isso a preocupava. De repente tinha dito algo errado.

Levantou e foi ao banheiro. Um banho logo cedo a ajudaria a relaxar o corpo e melhorar sua cabeça que doía um pouco e ainda sentia um gosto estranho na garganta, como se tivesse lambido uma barra de ferrugem. Horrível.

Enquanto a água corria por seu corpo ela ficava pensando no que fazer. Kostas era observador e agora parecia que queria mesmo saber mais sobre ela. Teria que inventar mais mentiras e com cuidado.

No closet pegou seu velho celular enfiado no fundo de sua bolsa cara, paga pelo avô para fingir ser rica. Não havia mensagem, então estava tudo bem com sua mãe.

Trocou de roupa depressa e juntou pouca coisa como ele disse e logo desceu para colocar algo no estômago. Seria bom para lhe dar forças para a viagem.

Ouviu a voz dele lá fora, estava falando com alguém ao telefone e se apressou em direção à cozinha. A empregada lhe deu bom dia e serviu um café muito gostoso. Ela nem estava com tanta fome, mas acabou comendo tudo.