CAPÍTULO 1
Laura Strondda
— Pronta? — ouço aquela voz vindo do meu lado direito e sorrio para minha cunhada, Fabiana.
— Eu não tenho medo! No fundo, meu pai e meu irmão, me deixaram dar a palavra final, e aceitei com boa vontade esse acordo. Alexander Caruso é um bom homem, vem de família muito honrada que segue melhor do que a gente, muitos princípios. A máfia da Sicília tem regras rígidas. — me expressei, apertando os dedos e estralando para acalmar os nervos.
— Isso na teoria, né? — Rebeca, irmã da Fabiana mencionou enquanto verificava as unhas.
— Vamos, é melhor não atrasar! — Fabiana gargalhou ao dizer, então apenas sorri e segui com ela até o carro.
Jamais quis um casamento arranjado, mas Alexander é tão prestativo e bom, que me fez pensar que isso não seria tão complicado como dizem.
Quando chegamos, a igreja já estava lotada. Alex estava no altar me esperando, e senti um frio na espinha ao perceber que ele estava muito mais sério do que o normal... devo estar muito ansiosa para ficar vendo coisas que não existem, “o meu rosto deve estar exatamente, igual”.
Quando meu pai me entregou a ele no altar, Alex deu um leve sorriso após segurar na minha mão, e respirei aliviada, “estava tudo bem!“
Senti a sua mão quente na minha, e mesmo de frente eu via de canto de olho como ele me olhava enquanto a cerimônia acontecia, deve estar ansioso para a lua de mel, assim como eu.
Embora eu não precise de prova nenhuma do sangue no lençol, sei que na Sicília eles presam muito um casamento quando há pureza, e o fato de saber que não há divórcio, também me deixa um pouco apreensiva, mas ficará tudo bem.
De frente para ele, sorri ao vê-lo declarar os votos olhando para aquele cabelo charmoso, levemente bagunçado, com proximidade àqueles olhos castanhos marcantes e a barba tão perfeitamente desenhada no seu rosto de pele tão perfeita.
Na minha vez também fiz questão de olhar nos seus olhos, na máfia siciliana eles presam muito a confiança, não pode haver adultério, pois se você é capaz de trair, quem confia em fechar os olhos e dormir ao seu lado, você não é digno de confiança de ninguém!
Quando acabou, senti aquele calor absurdo que tenho sentido toda vez que ele me toca. Alex me beijou como nunca, ignorou os aplausos depois do “sim”, me soltei nos braços dele e pela primeira vez relaxei, enfim estava com o meu marido, a quem eu poderia confiar a partir de agora.
O meu corpo inteiro arrepiou, senti algo estranho e aquela compressão no meio das pernas voltou, “estou louca para saber como será ter um homem ali, e será hoje!“
Quando ele me colocou em pé já estava atordoada, olhei para aquela igreja lotada ficando sem graça, mas logo tudo ficou leve e divertido. Alex se afastou para fazer algumas ligações e aproveitei para me despedir da minha família, pois ficaremos quinze dias na Sicília, (onde ele morava antes vir para Roma), em lua de mel.
— Vamos? Já está pronta? — ele perguntou ao se aproximar, encostando aquelas mãos quentes na minha cintura, por trás, e me controlei para não demonstrar a minha ansiedade na frente dos meus pais.
— Sim, só preciso buscar as malas no carro do meu pai...
— Ah, pode deixar, eu faço isso! — como sempre, ele logo se prontificou, me fazendo sorrir novamente.
Me despedi da minha mãe outra vez, e então fui até o carro do Alex para irmos até o avião.
Quando entramos no jato dele, estava calado. Acabei encostando a cabeça no assento e cochilando.
— Laura! — acordei com ele me chamando e levei um susto. — Chegamos! Se apresse!
Tirei o cinto e me levantei. Um homem de preto que veio com a gente, carregou as minhas coisas depois que cochichou com o Alex, e então fui entrar no carro e ele abriu a porta de trás e quando entrei ele fechou, “ué? Não vai sentar comigo?“ Pensei quando o vi ir na frente com o motorista.
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