CAPÍTULO 2
Com facilidade ergui aquele vestido branco, coloquei a perna direita à frente, puxei a minha menor faca, daquele impecável espartilho que eu mesma fiz à mão. Aquela pequena faca que jurei para mim mesma que não precisaria usar, porque confiei no Alex, coloquei apenas por hábito ali… “Guardaria assim que estivesse segura, seria apenas uma lembrança”. — Idiota... fui uma idiota. Lancei com destreza a faca, ao olhar naqueles olhos traidores que agora eu desejei fechar.
— PUTTANA DEL DIAVOLO! — sorri ironicamente ao ouvi-lo gritar ao fugir do meu “perfeito arremesso” — pelo menos, seria... se ele não fosse bom o suficiente para escapar quando viu o meu brinquedinho voando lindamente. Seu corpo mudou de lugar em milésimos de segundos.
— Hoje é seu dia de sorte! Nunca deixo as minhas belezinhas separadas! — falei com sarcasmo ao olhar para a faca.
— Maledetta! — resmungou.
Eu deveria estar muito irritada, mas o semblante desesperador do Alex ao perceber que não era o dono da festa, me deixou muito animada.
— Gostei... enfim terei um adversário à minha altura! — falei com ironia e o distraí com alguns objetos que estavam ao meu alcance ao jogar um a um sobre ele. Ele não atiraria em mim. Pelo pouco que conheço da Sicília, ele deve lealdade, precisa me manter viva, e seja lá qual sejam os motivos dele, me matar não é o foco... pelo menos “não, o dele”.
Enquanto ele se esquivava de tudo que eu ia lançando, eu me adiantei fazendo as duas coisas, conseguindo dar alguns passos e me aproximei enquanto o atacava. Ele não foi atingido em nenhuma das vezes, preciso admitir que é um homem rápido, bem treinado..., mas duvido que seja tão bom quanto eu.
— Vou fazer da sua vida um inferno! — falou quando fui audaciosa o suficiente para atacá-lo. O ataquei armado, segurei no seu pulso com força, ficamos frente a frente, e ele se lascou se pensou que eu realmente era fraca, pura e indefesa.
— “Eu” sou o inferno! — fiz a arma dele voar, e vi a fúria que surgiu nos seus olhos. Sou ótima nisso, até ensinei algumas mulheres que conheço a fazer o mesmo, porque acho o máximo.
— MALEDETTA! EU MANDEI TIRAR A ROUPA! — ele segurou o meu vestido tentando puxar, o empurrei com força, mas ele também era forte e bem alto, segurou na borda e rasgou parte da saia, me deixando irritada o suficiente, agora.
— Eu não recebo ordens de ninguém, mas adoro ficar sem roupa! — desci a mão até o membro dele, e o desestabilizei completamente. Nunca vi um homem tão chocado, apertei por cima da calça e o maledetto estava duro. Sorri ao fazê-lo bater na beira da cama e cair sobre ela. — Vou tirar esse vestido porque me cansou, mas você jamais terá o meu corpo... — comecei a tirar o vestido e os olhos dele estavam fixos sobre mim, me encarando e olhando para o meu corpo que ficou à mostra, com a cinta-liga mais incrível que já vi, os bicos dos seios quase saltando, a cintura bem apertada, e amarras que deixavam o look perfeito. Em seguida arranquei aquele véu. — Vou te fazer olhar pra ele até me cansar, vou esfregar na tua cara diariamente o que perdeu... e quando você pensar que está conseguindo e terá essa merda que fica no meio das pernas dentro de mim... — acariciei um dos bicos que tirei pra fora e logo o escondi quando ele levantou afoito. — Vou te fazer se arrepender de ter me conhecido!
Alexander Caruso voou sobre mim, aquele maldito Siciliano estava disposto a continuar, e eu não esperaria por menos vindo dele.
— Vai aprender a me respeitar e vai ser agora! — seus braços prenderam os meus e por alguns segundos senti a sua força e sua fúria apertando a minha pele, mas esse idiota não sabe nada sobre mim.
— Acho que já temos intimidade o suficiente para te contar uma coisinha! — coloquei a perna esquerda para trás, fiz um movimento dragão, elevando os pulsos por dentro das mãos dele, cortando pelo seu polegar, sem usar nenhuma força, apenas usei a técnica mais simples que conheço, trazendo para a cintura, as palmas e na sequência firmei as duas mãos e bati no seu peito, empurrando meu querido marido para trás.
— Que merda é essa? Eu sempre soube que foi treinada, mas você nunca me disse que havia se aperfeiçoado. Que palhaçada é essa?
— Pelo visto você se enganou... não sabe nada sobre mim! — ri do seu semblante confuso.
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