NARRADORA
Marco estava muito ferido, mas mais do que o corpo, o que realmente doía... era o próprio orgulho.
Teve que fingir no final, para não morrer de vez.
Só queria falar com Raven naquela noite, inclusive se arriscou a entrar no quarto dela, mas ao sentir o cheiro das feromônias misturadas dos dois, a luxúria e o sexo ainda nos lençóis e no corpo dela, se deixou dominar pelos ciúmes, que nublaram sua razão.
Ela era dele, não podia ser de mais ninguém!
Só ele podia rejeitá-la e pegá-la de volta quando quisesse, e Raven deveria amá-lo incondicionalmente porque ele era seu companheiro. Ninguém podia lutar contra o laço da Deusa!
Tentou controlar sua fúria e se concentrar no que faria a seguir.
Então, essa desgraçada queria matá-lo... Desde o início, nunca deveria ter se aliado a essa traidora.
Levantou-se da cama sem fazer barulho, ouvindo ela tagarelar sobre todos os planos e tudo o que faria quando voltasse para a matilha.
Na única coisa em que concordava com ela, era que um dos dois não voltaria para a matilha, e Marco decidiu que não seria ele.
— Certo, já está tud... — “Verena, o Marco está estranho!” — sua loba sentiu o perigo se aproximando, e Verena se virou imediatamente, com o medo estampado nos olhos.
BAM!
A bandeja de metal sobre a mesinha ao lado da cama acertou em cheio sua têmpora, pegando-a desprevenida, fazendo-a cambalear e cair no chão.
Imediatamente, um corpo mais robusto e forte se jogou sobre o dela, dominando-a.
— Você estava fingindo, seu maldit0! — ela gritou, se debatendo para se soltar.
Segurava com força o pequeno frasco de veneno.
— Se eu não tivesse fingido, só me restava morrer! Então você ia virar viúva, né? Pois aqui, a única viúva serei eu! — rugiu Marco com sua voz rouca como lixa.
Não importava que ele estivesse ferido — era um lobo macho guerreiro, e obviamente, conseguiu dominá-la com facilidade.
PAF! PAF! PAF!
Começou a esbofeteá-la no rosto, montado sobre ela, que só conseguia levar os braços à cabeça para se proteger, deitada no chão duro e gelado.

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