ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 145

RAVEN

— Marco — me viro e seguro seu rosto pelas bochechas para fazê-lo me encarar.

— Vamos acabar com essa relação tão tóxica que mantivemos os dois durante todo esse tempo. Se você tivesse me libertado desde a primeira vez, talvez minha vida agora fosse diferente. Você me arruinou pra sempre.

— Raven, não, espera, ESPERA! O que você pretende fazer comigo?! RAVEN, PARA!! — ele me olha em pânico quando sente a temperatura aumentar.

Tenta se afastar, mas já é tarde demais.

— Não me desejava? Não queria usar meu poder? Você nunca amou ninguém, Marco. Você só ama o que todos os homens amam: a glória e o topo.

— Não serei mais a ferramenta de ninguém! Você não quis me libertar pelo bem, agora vai me libertar pela dor!

“Raven, torra ele com tudo!”

— NÃO, NÃO, RAVEN, EU SOU SEU MATE!! AAHAAHHH!! MALDIT4 ORFÃ DESGRAÇADA!! EU SOU SEU MATE!!

— E daí? A palavra Mate é uma merda. Ninguém nunca mais vai me prender!! NINGUÉM!!

Seus gritos ecoavam pela floresta e os pássaros voavam assustados.

Foi a primeira vez que senti meu poder jorrar por todo o corpo. Doía tanto, tanto... mas eu não podia parar. Tinha mágoas demais no coração.

Enquanto eu o abraçava, e ele se debatia pra escapar, lembrei de toda a minha vida, do meu passado, de tudo que tive que suportar... e pra quê?

Desde que nasci com esse poder, estive condenada.

— Ra... Raven... — meu nome foram as últimas palavras que saíram dos seus lábios enegrecidos e em carne viva.

O homem que um dia foi meu primeiro amor.

Seus olhos acusadores não paravam de me encarar até serem devorados pelas chamas.

Quando finalmente soltei seu corpo dos meus braços trêmulos, só restavam cinzas.

“Raven, somos livres, SOMOS LIVRES!” Sena gritava com uma mistura de alegria e choro.

Ela não conseguia acreditar que finalmente havíamos nos livrado daquela corrente.

Me sentei na beira do precipício e olhei pra lua que já surgia no horizonte.