RAVEN
Aidan coopera e abre a boca bem grande dizendo “Aaaa” e tudo mais.
“Olha que esse filhote não gosta de se relacionar com estranhos. É incrível o que um laço de sangue pode fazer”, Sena me diz, e eu suspiro, concordando.
— Hahahaha Cedrick, esse dente já tava mole, olha só...! — quase consigo imaginar o dentinho de baixo se mexendo frenético de um lado pro outro com a língua.
No fim, Cedrick acaba sorrindo e o abraça.
Essa cena é tão linda e única.
Privar meu filhote de um pai por medo de ficar sozinha e por puro egoísmo...
Será que ele já descobriu minha mentira? Cedrick é muito inteligente.
De qualquer forma, vou ter que contar tudo claramente, me confessar, mesmo que ele fique bravo. Acho que vou esperar o momento certo.
Viro de costas e volto pro meu escritório, tranquila.
Se meu filhote está com o pai, então ninguém vai cuidar melhor dele do que ele.
*****
À noite, volto do quarto do meu pequeno, o deixei até roncando, morto de cansaço.
Cedrick acabou com ele com aqueles exercícios, e eu tô feliz, porque é justamente nessa hora que ele começa a perguntar sobre tudo, a questionar cada coisinha e os porquês que nunca acabam.
Fecho a porta atrás de mim e, antes mesmo de tocar o interruptor da luz, um corpo enorme me agarra, me empurra contra a parede e começa a me beijar suave e deliciosamente.
As feromonas frias de Cedrick me envolvem, e suas mãos passeiam pelo meu corpo, acariciando e apalpando.
Só abro a boca e gemo com esse ataque gostoso. Não quero resistir, e minhas mãos sobem até o pescoço dele, onde brinco com seu cabelo longo e o puxo ainda mais pra mim.
A língua dele enrola na minha, a saliva se mistura enquanto nossas bocas se devoram com sons molhados e gemidos entrecortados.
Sinto um joelho se enfiar entre minhas pernas e se mover numa fricção quente. O tecido grosso esfrega minha entrada ardente, que já começa a se molhar.

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