ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 178

NARRADORA

— Este é o quarto que preparei para sua majestade. Se houver algo que não for do seu agrado... — Enriko a conduziu até um cômodo em tons de rosa, bem feminino e espaçoso. Até mesmo as lindas flores naturais no vaso eram de um rosa pálido.

Todos os detalhes haviam sido cuidadosamente planejados, e Raven agradeceu pelas considerações.

— Para sua escolta, preparei os quartos do primeiro andar. Toda esta casa fica próxima à mansão central da matilha e é de uso exclusivo de sua majestade. Está tudo bem assim?

— Está ótimo, muito obrigada, Alfa — Raven já estava ficando meio enjoada de tantos mimos, sem contar a cara de lobo assassino que Cedrick estava fazendo.

A qualquer momento ele mordia a jugular desse Alfa metido, flertando com sua fêmea bem na cara dele. Acaso ele não tinha uma Luna?

Claro que uma Rainha era melhor que uma loba qualquer... e ainda por cima vinha com fogo próprio e tudo incluso.

— Como você é um macho, posso te hospedar mais longe ou em quartos isolados. Venha, vou te mostrar...

— Não saio de perto da sua majestade — Cedrick nem se mexeu — Meu posto é vigiando a porta da Rainha. Algum problema com isso?

Quase mostrou os caninos pro outro macho.

— Não há perigos dentro da minha matilha, muito menos para a Rainha. Mas não tenho o que opinar, se sua majestade estiver de acordo — Enriko olhou para Raven, buscando sua resposta.

— Meu guarda pessoal está sempre comigo. Pode mostrar os quartos para as demais guerreiras — Raven respondeu, quase rindo dos ciúmes de Cedrick.

— Então só me resta convidá-la para o banquete desta noite em sua homenagem, após a coroação — disse por fim, olhando-a com intensidade.

— Estarei lá — respondeu Raven, e logo se esgueirou para dentro do quarto, porque, sinceramente, aquele Alfa a olhava de um jeito profundo demais, como se quisesse devorá-la com os olhos.

Mas ao contrário do que Cedrick pensava, ela não sentia nada sexual vindo dele. Não sabia como explicar, mas a sensação era parecida com a que aquele lugar lhe causava: meio arrepiante.