Cedrick
Algo dentro de mim começava a dizer que isso não tinha exatamente a ver com o que eu fiz.
— Você não me machucou, eu... só... não tenho muita experiência. Vou tentar melhorar... tentar fazer com que não seja um sacrifício tão difícil pra você...
— Não, não, isso não é um sacrifício, não fala isso — não aguentei mais e a abracei contra meu peito. Ela parecia tão frágil e pequena.
— Me adiantei demais, me desculpa. Achei que você já tivesse passado pelo cio, que soubesse mais sobre sexo.
— Você... é virgem? — meu coração, por algum motivo, começou a bater forte, torcendo por uma resposta positiva, mas Raven só ficou mais rígida nos meus braços.
— Isso é importante? — ela perguntou, se afundando mais em meu peito, e eu já sabia a resposta.
Ela já tinha se entregado a outro homem, talvez ao companheiro dela... e eu já começava a odiar esse cara com todas as minhas forças.
Parece que a trataram mal, que ela teve uma experiência ruim.
— Não é, pra mim não é importante — menti um pouco.
Não vou negar que eu morreria pra ter o prazer de ser o primeiro, mas, na real, também não era algo essencial.
Na verdade, com aquela proposta tão ousada de acasalamento, pensei que ela tivesse experiência.
Mas fui um idiota e um bruto. Raven devia ter, no máximo, 18 ou 19 anos.
Que tipo de experiência ela podia ter?
— Só quero que saiba que nunca vou te forçar a nada. Jamais. Se você não quiser transar comigo, a gente não transa. E se tiver algo específico que você não quiser fazer, a gente nem tenta.
— Você é quem decide, no fim das contas.
— Sim, a gente tem que fazer isso! Eu preciso ativar meu poder! — ela levantou a cabeça de repente, em pânico.
— Eu vou fazer melhor, você não vai se arrepender!
— Eu vou cumprir minha palavra. Nós dois temos um acordo — respondi, um pouco seco, sem querer.
Claro, óbvio… lembrei que ela me permitia tocá-la e aceitava acasalar comigo por causa do meu sangue de Alfa poderoso.
Porque precisava de mim pra despertar o poder ancestral dela.
Poderia ser eu ou qualquer outro que tivesse cruzado o caminho dela.
Nós dois estávamos nos usando. Esse era o pacto. E era importante nunca esquecer disso.
— Certo, então… vou treinar um pouco agora. Lembro que você queria aprender. Posso te ensinar algumas técnicas depois. Mas por hoje é melhor descansar e passar um remédio de verdade nos cortes mais feios.
O médico da matilha deve chegar logo.
Me levantei da cama com um mastro enorme entre as pernas, mas ele ia ter que baixar sozinho.
— Descansa.
— Você tá bravo? — ela sussurrou atrás de mim, e eu franzi a testa.
Sim, eu tava irritado, mas nem sabia direito o porquê.
Claro que não era porque ela me deixou duro e no vácuo. Nunca forçaria nada com ela.

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