Cedrick
Esse negócio de ser cavalheiro tava me custando metade da vida.
Sou um Alfa acostumado a pegar o que quero e pronto, sem muita enrolação ou sedução.
Nem mesmo com as lobas virgens com quem já transei antes, precisei me segurar tanto assim.
Mas quando olho praqueles olhos dourados lindos e vejo a confiança e a entrega que existem neles, é como se todo esse esforço realmente valesse a pena.
A recompensa que vou ter depois vale completamente a pena por estar agora com os ovos roxos e o pau duro.
Nem consegui ir treinar e deixá-la sozinha naquele quarto chorando.
Essa mulher continua bagunçando a minha vontade.
— Eu te ajudo — falei, me aproximando e pegando uma esponja macia, despejando o gel de banho nela.
Ela estava de costas pra mim, com aquelas curvas sensuais da cintura, os quadris largos e a bunda toda à mostra.
“Deusa, me dá paciência…”
Me concentrei em esfregar as costas dela com a maior delicadeza que pude, mas de repente minha atenção foi desviada pras cicatrizes que ela tinha na pele.
A cicatrização na nossa raça é rápida e quase nunca deixa marcas, mas quando os ferimentos são fundos demais e mal tratados, acontecem essas coisas.
Meu corpo é cheio de cicatrizes de guerras e confrontos, mas as da Raven… eu tinha certeza que eram por abuso.
Levantei a cabeça e vi o cabelo castanho-claro dela, parecia mel… tudo nela era tão bonito pra mim e, ao mesmo tempo, tão frágil. Como alguém teve coragem de machucar uma mulher tão pequena e doce?
— Pode virar — falei com a voz rouca, saindo dos meus pensamentos turbulentos.
Ela virou, nervosa, e vi como o olhar dela caiu direto na minha virilha, depois disfarçou rapidinho e olhou pra outro lado.
Sorri com malícia. No fim das contas, sempre se acendia em mim a vontade de provocá-la.
— Acho que se eu tô te ajudando, você devia ter a cortesia de fazer o mesmo por mim, não acha? — perguntei, indicando com a cabeça a outra esponja.
— Cla...claro — ela gaguejou, e um tom rosado começou a subir pelas bochechas e orelhas.
A mão tremia quando pegou a esponja, mas ela conseguiu colocar o gel e começou a esfregar meus ombros.
Ela já tava na ponta dos pés, se esforçando, dava pra ver que não alcançava por ser tão baixinha.
Então, de propósito, me estiquei ainda mais e ela deu um passo pra frente, ficando quase colada em mim, a respiração batendo no meu peito, mas ainda assim, mal conseguia lavar meus ombros.
— Acho que você não tá se esforçando o suficiente, pequena Raven — abaixei a cabeça e sussurrei, vendo ela se arrepiar.

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