VINCENT
Não me interessa nenhuma dessas bobagens. Minha mente só pensa em certa loba… e em sua origem.
Debaixo da minha saia de couro, ainda estou completamente molhado de saliva e outras coisas minhas.
As sensações de prazer ainda vivas na minha cabeça.
Como foi que consegui me excitar daquele jeito?!
— Vincent, eu já não sei mais como me insinuar pra você — de repente ela se aproxima, bem perto, e fala baixo, quase ronronando.
— Como um homem tão bonito pode estar sempre sozinho? Você deve ter suas necessidades sexuais… eu sinto o cio em você. Ouvi dizer que a sua raça é bem fogosa. Eu posso te satisfazer...
Ela é uma mulher chamativa, cheia de pretendentes, com cabelo loiro e volumoso, bem alta.
O corpo esguio, como é comum nas fêmeas da espécie dela. Mas não me provoca nada. Nem ela, nem ninguém.
— Mônica, já conversamos sobre isso várias vezes. Eu não estou interessado em companhia feminina — respondo, tentando me afastar.
— É… você gosta de machos?
— O quê?! Claro que não! — de onde essa maluca tirou isso?
De repente, ela está em cima de mim.
— Vincent, eu sei o que você fez no seu último cio… como pode preferir aquilo do que estar com uma mulher de verdade? Eu posso satisfazer o seu lobo… até na minha forma humana, eu...
As mãos dela vão pro meu peito, tentando me tocar, o sopro quente no meu pescoço… e tudo que eu sinto é nojo das feromônios de uma fêmea excitada.
Agarro os braços dela e já ia afastá-la com brutalidade — se eu tiver que ir embora dessas terras, que seja — mas, nesse momento, um rosnado ameaçador soa atrás de mim.
Todos os pelos da minha nuca se arrepiam. Mal tenho tempo de jogar Mônica pra longe, perto da porta, porque instintivamente eu sei que a loba atrás de mim vai despedaçá-la.
— Mas o que…?! Aaaahhh!! — nem dá tempo pra ela reagir, quando vejo uma sombra avermelhada e branca passar ao meu lado e pular sobre a mulher, totalmente surpresa.
Ela grita quando os dentes se cravam na perna e as garras afiadas arrancam um pedaço do couro cabeludo, deixando feridas ensanguentadas.
Mônica tenta se transformar na forma animal, mas a loba não deixa. É forte, e está furiosa demais.
— Vai embora! VAI EMBORA, PORRA! — rujo, pulando sobre a loba e a agarrando por trás.
Ela se debate nos meus braços, rosnando, sem parar de tentar atacar a tigresa, que a encara apavorada. Diante da minha ordem, ela finalmente foge correndo.
— Já chega! Para! AMBER, JÁ CHEGA! — grito seu nome pra acalmá-la, e ela para, ficando rígida entre meus braços.

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