NARRADORA
— Senhor, o Alfa já saiu com seus guerreiros pra perseguir os rebeldes, como sempre.
— Nosso senhor Marshall está nas fronteiras dos escravos, passando a mercadoria de contrabando e retirando os suprimentos — um homem vestido de preto falava com Ronan, que estava sentado atrás da escrivaninha ouvindo o relatório.
— Muito bem. Que todos os homens fiquem igualmente em alerta — ordenou ele, pensativo, ao seu braço direito.
— Senhor, nossos aliados estão inquietos, perguntam quando será o momento certo para atacar. Seus guerreiros cercam as fronteiras, prontos pra executar a rebelião — o homem transmitiu a mensagem dos outros envolvidos.
— Vamos esperar até que Marshall consiga trazer a mercadoria em segurança e traga o resto do nosso exército. Lembre-se: nunca confie cem por cento nesses Alfas. Devemos manter todos os nossos homens prontos.
— Assim como estão dispostos a trair Cedrick, podem muito bem aprontar alguma coisa contra nós também.
Ronan, como um velho traidor experiente, sabia que não se podia confiar cegamente na lealdade de ninguém. Todos estavam apenas esperando pra ver com qual parte do “bolo” iam ficar.
— Ela disse que cuidaria do Alfa. E ainda tem aquela mulher importante que não podemos perder. Precisamos tomar aquele poder. Muitos fatores estão em jogo. Nada pode dar errado!
O guerreiro saiu pra transmitir as ordens de seu chefe, mas não havia nem chegado à porta da mansão do Ancião-Mor, quando um pensamento caótico invadiu a mente de Ronan.
“Pai! Estamos sendo atacados, parece que o Alfa descobriu nossos planos!” — o filho dele falava com pressa, em meio à luta por sobrevivência.
“Marshall, onde vocês estão? Me diga pra eu mandar reforços!!”
“Na área dos escravos! Fomos emboscados...! Aaaaahhhhh!”
“MARSHALL!! MARSHALL!!!” — Ronan gritava desesperado na mente do filho, mas ninguém mais respondia.
Isso só podia significar duas coisas: ou estava desacordado... ou morto.
Uma raiva profunda e um ódio violento se apoderaram de Ronan.
O Alfa Cedrick tinha armado tudo, já sabia de tudo e só o atraiu pra uma armadilha.
Se esse era o caso, pra que continuar fingindo? As máscaras cairiam essa noite de qualquer jeito.
“Leonidas, pare agora!” — ele gritou na mente de seu braço direito, que já saía da mansão.
“Senhor…?”
“Diga aos aliados e aos nossos homens pra se prepararem. Vamos atacar a mansão do Alfa e tomar o controle. Também envie reforços pra Marshall na área dos escravos. Chega de esperar, isto é guerra!”
“Sim, senhor!” — Leonidas respondeu e correu pra alertar seus homens.

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