Amaldiçoado romance Capítulo 20

Alexandre Monte Negro

Antes de passar no cabaré vou em uma das minhas lojas de charutos e bebidas, onde recebo alguns clientes, como minha loja só é frequentada por homens está tudo certo, as mulheres tem medo de mim e os homens também, porém sempre vem abastecer os estoque de bebidas e charutos.

Moças de família não frequentam certo tipos de lojas, elas preferem ir a cafeteira tricotar as fofocas do dia ou comprar tecidos para fazerem vestidos de seda.

__ meu mais estimado amigo!

Levanto o rosto e vejo o patife do Pai da nanica na minha frente, seu bigode bem aparado, seu paletó barato, sinto vontade de partir sua cara ao meio, tudo nele é falso, tudo nele me irrita!

__ eu não sou seu amigo, fale o que quer e saia por onde entrou!

__ como pode tratar assim o pai de sua esposa? somos praticamente família!

__ não encha minha paciência, você me vendeu uma noiva eu comprei, assunto encerrado, nunca seremos parentes!

O pulha começa olhar os charutos da prateleira e eu estou a ponto de mandá-lo pro inferno!

__ esse!

Ele fala pegando um verdadeiro charuto cubano, o mais caro da loja.

__ não vai querer cobrar de mim vai?

__ FALA LOGO O QUE VOCÊ QUER PORRA!

__ Estou com muitas saudades da minha filhinha, estou pensado em visitá-la qualquer dia desses!

Quando escuto isso, me sobe uma ira que me faz avançar em cima do sacripantas!

__ porque quem você me toma de tolo? Não ouse a pisar na minha casa ou não responderei por mim seu miserável!

Continuo apertando seu pescoço,

__ eu sei o que você quer! Vou dar, não porque você merecer mas porque quero te ver pelas costas, não ouse mais a me importunar ou vai achar o que tanto procura!

Solto o lixo humano no chão, só não o mato agora mesmo por o considerar pouca coisa! que logo ele se recompõe, abro minha gaveta pegando uma boa quantidade de dinheiro, esse valor não é nada pra mim!

__ espero que isso seja suficiente, não cruze novamente meu caminho pois da próxima vez não serei tão bondoso, não abuse de sua sorte!

O infeliz pega o quantia olhando com um sorriso que me faz querer provar o gosto do seu coração, fecho as mãos em punhos tricando os dentes de ódio, ele que não atravesse meu caminho novamente, maldito dos infernos.

O dia passa voando e o noite vou ao cabaré, me dirijo até um dos quartos reservados e me ponho a pá dos assuntos!

__ ela se recusa a fazer seu trabalho, diz que não vai dormi com nenhum dos homens mais, fala que já pagou sua dívida pois trabalha aqui a cinco anos!

Passo a mão na minha barba alisando pensativamente,

__ me tragam a meretriz imediatamente!

Em pouco tempo uma moça com bastante atributos corporais entra no quarto, como esperava ela não me olha nos olhos,

__ Então você quer deixar de ser uma rameira? Uma mulher da vida?

__ Sr eu quero sair dessa vida, voltar paa minha cidadezinha rever minha mãe e meu filho!

__ mas claro! Você está livre, só aguarde um momento!

Pego um papel e escrevo um valor absurdo, nunca essa imunda conseguiria quitar essa dívida!

__ basta me pagar o que me deve!

Ela pega o papel com seus dedos magros tremendo,

__ mais isso é um absurdo! Nunca vou conseguir esse valor, sem falar que eu já ganhei muito dinheiro para essa casa, só me deixe ir isso é injusto!

__ está falando que não sou justo?

Falo me aproximando da meretriz!

__ não foi bem isso que quiser dizer senho, eu só...

__ VOCÊ SÓ MOROU DE GRAÇA NESSA CASA POR ANOS! COMEU COMIDA BOA, SE VESTIU DE SEDA PURA! GANHOU BOAS JÓIAS, E AGORA QUER IR EMBORA SEM PAGAR O QUE DEVE?

Falo aos berros,

__ ainda fala que sou injusto!?

__ mas senhor eu sempre paguei pela comida e roupas que uso, as joias posso devolver...

__ PUTA MAL AGRADECIDA DO CARALHO!

Solto a mão na cara da vagabunda que cai com tudo em cima de uma cadeira!

__ sua puta dos infernos! Quer ir embora? Pague o que me deve! Não tem dinheiro? Vai trabalhar pra mim! vai dar essa boceta suja para os velhos imundos da sua classe! Agora levante nesse caralho!

A vadia se levanta com dificuldades cambaleando!

__ essa vai ser a última noite que vai trabalhar para mim, para você vê com sou um homem bondoso, depois de hoje você está livre, agora me siga.

Ouço seus passos atrás de mim, quando chego no salão o encontro lotado por velhos ricos atrás de diversão,

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