Amaldiçoado romance Capítulo 42

Alexandre Monte Negro

__ SEGUREM ELE!

Nesse momento fico cego pelo ódio, surdo e mudo!

Só vejo vermelho, sangue! Uma força animal e descomunal me toma e me domina por inteiro, cada celula do meu corpo parace que vai derreter devido o calor infernal que me faz ferver, borbulhar a ponto de sentir o cheiro de enxofre, carne podre, hoje eu mato, mato com minhas próprias mãos!

Vejo a princípio dois guradas de merda se aproximando de mim, eles vem com muita cautela como se temesem por suas vidas,

__ Sr Monte Negro Não queríamos estar aqui, fomos obrigados, por favor colabore depois tudo se resolverá!

__ DEPOIS? VOCÊS ESTÃO FODIDOS!

__ VAMOS SEUS MARICAS PEGUEM MINHA FILHA O CASAMENTO NUNCA EXISTIU!

Sei que Kassandra está atrás de mim, não a olho, estou com os olhos fixos nesses bandos de patifes!

__ como nunca existiu? Eu me casei com sua filha seu porco miserável!

Consigo susurar entre os dentes e nem posso ter certeza se ele ouviu!

__ o padre que celebrou a união, não era padre! Foi um falso padre então o seu casamento não tem valor algum!

Um sentimento assassino me golpeia e tudo que quero é ver esse homem morto,

__ DESGRAÇADO! MISERÁVEL! KASSANDRA É MINHA, É MINHA MULHER E NINGUÉM VAI DIZER O CONTRÁRIO!

__ VAMOS FAÇAM O TRABALHO DE VOCÊS E PEGUEM MINHA FILHA!

um dos guarda tenta se aproximar mas o soco que dou em seu rosto o faz voar longe, então mais dois homens se aproximam e faço o mesmo, os tiro do meu caminho,

a todo momento ouço o choro e os gritos da minha esposa, sim ela é minha esposa e nada nem ninguém vai falar o contrário, nada!

Sei que sou um homem grande, uma altura um pouco incomum, Tenho muita força em meus braços e quando sinto ódio essa força parece ficar incontável vezes maior.

Vejo o maldito desgraçado se afastar vendo eu me livrar de um por um dos palhaços de fardas que estão a minha frente indo até ele, meu alvo!

Suspendo mais um policial pelo pescoço o jogando longe, nada nem ninguém vai me parar, eu vou matar esse desgraçado e vou comer seu coração aqui e agora!

Os policiais com medo e machucados não tentam mais me segurar, o filho da puta bate com as costas na parede totalmente encurralado, mostro meus dentes mas nem de longe lembra a um sorriso e sim um gesto de um animal enraivecido,

__ você armou pra cima de mim! O quer com tudo isso? Dinheiro?

Pergunto olhando em seus olhos,

__ eu também sou vítima, fui enganado, não sabia que o padre não era padre!

__ por quem me toma? Por tolo?

Um controle que não tenho me faz encarar o maldito nos olhos,

__ jamais! Acabei descobrindo por um acaso, e agora que descobrir vim buscar minha filhinha amada, já que você não é seu esposo não tem direitos sobre ela!

__ ALEXANDRE!

Ouço meu nome sair dos lábios doces de Kassandra num grito de desespero!

Só então percebo que estou com as mãos no pescoço do miserável apertando de forma exagerada, mas não vou parar, vou mata-lo!

__ eu... não... consigo respirar!

__ logo mais não vai mais esta respirando maldito! Não vai tirar a Kassandra de mim, não vai tirar minha nanica...

Solto a mão do seu pescoço e puxo meu punhal de trás das minhas costas, quando ergo a mão para deferir um golpe certeiro na jugular sinto braços miúdos e delicados circularem minha cintura, no mesmo segundo paraliso.

__ não... por favor não faça isso, não mate meu pai eu imploro!

Sinto seu rosto descansar em minhas costas, sua voz saiu angustiada e com dor, lembrando a um animal ferido de morte, algo dentro de mim se agitou,

__ por favor Alexandre, não faça isso, eu suplico, por favor...

Novamente sinto algo se apertar no meu peito, mas mas que porra!

__ é meu pai... por favor ursinho...

Ela chora fungando o nariz nas minhas costas, suas mãos visivelmente trêmulas em volta de mim, me sinto detido, preso, encurralado!

Ela coseguiu fazer o que todos os guardas juntos não conseguiram, ela me imobilizou!

__ predam ele, PREDAM!

Nesse momento imobilizado pela minha pequena, os guardas avançam e me prendem, fico com aos mão para trás preso, tudo passa em uma velocidade tão lenta, mas tão lenta...

__ eu não quero ir! Não paizinho, não me leve...

Então acordo do meu transe ao olhar minha mulher sendo praticamente arrastada pelo seu progenitor, vou avançar mas estou imobilizado e sinto o metal nos meus pulsos!