Por ordens diretas de seus superiores, os mercenários da Coldfang não puderam recorrer às suas habilidades lupinas durante o confronto contra Tessa. Isso fez com que a luta se resumisse a combate corpo a corpo puro.
Mesmo assim, bastaram alguns movimentos para perceberem a dura realidade: não tinham a menor chance contra ela.
Ainda assim…
“Juro que não sabemos do que você está falando! Avery? Não conheço ninguém com esse nome!”
A expressão de Tessa se fechou.
“Tem certeza?” Era o último aviso que ela daria.
“Estou dizendo a verdade, eu não sei!”
Ela avançou de repente e agarrou o pulso do homem. Um giro rápido e a dor explodiu em seu braço, fazendo-o ranger os dentes em agonia.
O suor frio escorreu por sua testa.
“Por favor, tenha piedade!”
“É verdade, não sabemos nada sobre Avery. Somos apenas soldados rasos”, outro se apressou em completar. Eles eram mercenários do círculo externo, de patente tão baixa que jamais receberiam informações confidenciais. Tudo o que sabiam era que a ordem era impedir a garota de segui-los.
Quem poderia imaginar que aquela jovem de aparência delicada fosse, na verdade, tão assustadora?
Percebendo que eles realmente não sabiam nada, Tessa soltou o pulso do homem.
“Por seu próprio bem, espero que esteja me dizendo a verdade. Se descobrir que mentiram… não vou perdoar.”
A aparência gentil contrastava com a frieza em sua voz, que fez um arrepio percorrer a espinha de todos.
Sem sequer lançar outro olhar para o grupo caído no chão, ela entrou no carro e ligou o motor.
Nesse instante, o celular tocou. Era Steven.
“Tessa, você está bem? Onde está agora?”, ele perguntou, a preocupação transparecendo em sua voz.
“Estou bem. Vou ficar com o seu carro por enquanto. Devolvo amanhã”, respondeu ela, engatando a marcha.
Algo, porém, não estava certo.
Qual era exatamente a ligação de Avery com os mercenários da Coldfang?
Agora que havia encontrado uma pista, não pretendia deixá-la escapar.
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