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Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 147

Ele deu um passo à frente, a encarando intensamente.

Tatiana havia acabado de pegar a chave do carro do bolso dele, o som do trinco soou, e ao mesmo tempo sentiu um frio na cintura.

Imediatamente, seu corpo delicado foi envolvido pelos braços de Lorenzo, enquanto o outro lado do seu corpo foi pressionado contra a porta do carro.

Era uma posição estranha, mas que emanava um indescritível senso de ambiguidade.

- Lorenzo, você...

Tatiana engoliu em seco, segurando a chave do carro e olhando para ele como um pássaro assustado.

Depois de um longo momento, ela finalmente falou algumas palavras:

- A porta está destrancada...

Lorenzo olhou para baixo fixamente, e depois de um momento, levantou a cabeça sem expressão e deu um passo para trás.

- Abra a porta.

As duas palavras trasmitiam um ar de frieza, como se ele estivesse ofendido.

Tatiana franziu a testa, ela não havia feito nada de errado, não é mesmo?

Ela só havia reclamado um pouco, que homem sensível!

Realmente mesquinho.

A porta do carro foi aberta, e Lorenzo a colocou no assento do passageiro, mas não saiu, em vez disso, se agachou ao lado dela.

Tatiana, confusa, perguntou:

- O que você vai fazer agora?

Lorenzo não respondeu, apenas segurou o pé que ela estava levantando.

- Não se mexa.

Enquanto falava, sua outra mão já havia aberto o compartimento secreto do carro. Ele deu uma olhada e habilidosamente pegou um pequeno kit de primeiros socorros.

Tatiana mexeu a boca, mas logo engoliu suas palavras.

Ela baixou os olhos para ver os dedos dele cuidadosamente enrolando a perna da calça, revelando a ferida no tornozelo.

O corte não era profundo, não era necessário tirar meias e sapatos, um tratamento simples seria suficiente.

Foi só então que Tatiana viu o próprio ferimento, um corte fino e longo, não parecia muito grave, mas a mancha de sangue na meia e na calça parecia um pouco assustadora.

Lorenzo enrolou a calça dela e a prendeu, pegou o remédio do kit de primeiros socorros e disse:

- Vou tratar seu ferimento agora, depois iremos ao hospital para tomar uma injeção contra tétano, para evitar problemas.

Durante o procedimento, era possível ver as cicatrizes vermelhas em suas palmas, que não pareciam estar se curando bem.

Pelo menos, comparado com Elio, a recuperação dele estava sendo muito lenta.

Tatiana não prestou atenção ao que ele disse, seu olhar seguiu fixo na cicatriz em sua palma, até que sentiu uma sensação dolorosa que a fez voltar a si e tentar instintivamente retirar a perna.

Quando ela tentou se mexer, Lorenzo rapidamente imobilizou sua perna.

- Se doer, aguente um pouco, logo passa.

Lorenzo segurava seu tornozelo firmemente, e sua voz era grave.

Tatiana apertou os lábios, sentindo um calor desconfortável na área do tornozelo.

Ela resistiu ao impulso de chutar Lorenzo, e tentou acalmar a agitação em seu peito.

- Lorenzo, não é um corte tão grande assim, não precisa fazer isso.

Lorenzo nem olhou para cima, apenas rebateu friamente:

- Só vai ficar satisfeita se deixar uma cicatriz?

Tatiana ficou em silêncio.

Momentos depois, ainda desconfortável, ela moveu o tornozelo.

- Lorenzo, pode tirar a mão? Agradeço sua preocupação, mas isso me deixa desconfortável.

- Por quê?

Eles cresceram juntos, por que ele não tinha mais o direito de se preocupar com ela?

Por que eles tinham que se tornar estranhos após o divórcio?

Ela deveria estar sempre ao seu lado, não é? Desde criança, ela sempre esteve do lado dele.

Sentindo uma dor de cabeça terrível, Lorenzo decidiu não pensar mais nisso e começou a tratar a ferida na perna dela com uma expressão fria.

Tatiana não sabia se ele tinha entendido, então decidiu ser cautelosa.

Mas assim que ela começou a falar, foi interrompida pela voz fria do homem:

- Cale a boca.

Tatiana ficou em silêncio.

Não importava o quanto falasse, ele já havia carregado ela, falar mais só traria dor de cabeça.

De qualquer forma, ela já tinha cuidado dos ferimentos dele antes, eles estavam apenas trocando favores. Assim, ela podia manter a consciência tranquila.

Lorenzo não sabia o que ela estava pensando, sua atenção estava toda na ferida diante de seus olhos.

Ele estava muito focado, com a testa franzida, limpando cuidadosamente a ferida. Provavelmente estava com medo de machucar ela, e enquanto limpava, também soprava o ferimento.

- Pronto.

Não demorou muito para o remédio fazer efeito.

Lorenzo colocou a caixa de medicamentos de volta no lugar e, ao se levantar, aconselhou sem expressão:

- Não temos gaze no carro, então tenha cuidado para não esfregar a ferida na calça antes do remédio secar, tá bom?

- Entendi, obrigada Presidente Borges. - Respondeu Tatiana.

Ela puxou a barra da calça e finalmente se senttou no banco do passageiro.

Olhando para baixo, ela de repente se lembrou de algo e olhou para o homem que estava prestes a fechar a porta do carro.

- Lorenzo, sua mão está melhor? Precisa passar mais remédio?

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