Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 176

Restaurante Aroma.

Após receber a mensagem de Thais, Tatiana saiu rapidamente do carro, indiferente a quem esbarrava no caminho, se apressando para encontrar Lorenzo no quarto que Pedro havia indicado.

O que normalmente seria uma caminhada de dez minutos, ela fez em três, sem se preocupar com etiqueta ou educação, e entrou no quarto às pressas.

Lá dentro, os dois homens olharam em sua direção ao ouvir o som, e viram Tatiana apoiada na porta, ofegante.

- Lorenzo! - Chamou Tatiana.

Ela havia corrido tão rápido que, ao parar de repente, mal conseguia falar, demorando um tempo para conseguir murmurar seu nome.

O homem olhou para ela com indiferença, seus olhos escuros apenas a analisaram brevemente antes de continuar saboreando o chá à sua frente.

Seu olhar quase implorava para que ela fosse embora.

Em contraste, Pedro se aproximou preocupado.

- O que houve, Taís? Por que essa pressa? - Questionou Pedro.

Tatiana, sem fôlego, sentindo as pernas fracas e doloridas, se agarrou fortemente à mão que Pedro estendia, tentando aliviar a dor da respiração.

Fazia muito tempo que ela não corria tanto, como se estivesse revivendo um teste de 800 metros da escola, e não estava acostumada a isso, sentindo até dor nos pulmões ao respirar.

- Se não consegue falar, então vá embora. - Disse Lorenzo, que até então estava a observando de lado, fixando o olhar nas mãos dos dois unidas.

- Ora, Loh, você não vê que Taís não está bem? Se não vai trazer um copo de água para ela descansar, pelo menos fale direito! - Disse Pedro, claramente insatisfeito com a atitude de Lorenzo.

Que tom ele deveria usar?

“Não foi ela quem disse que eles estavam divorciados e que não tinham mais nada a ver um com o outro? O que ela estava fazendo ali agora?”

Lorenzo, com olhos sombrios, achava tanto Pedro quanto a situação muito incômoda.

- Se você não quer ficar, pode ir embora com ela. - Disse Lorenzo.

Pedro estava prestes a reagir, mas foi interrompido por Tatiana.

Ela segurou a manga de sua camisa, o desferindo um olhar que o fez parar.

Felizmente, Pedro era obediente. Quando ela pediu para ele não falar, ele se calou, apenas se posicionando para oferecer suporte a Tatiana, mantendo uma distância apropriada.

Tatiana finalmente não continuou o apoiando e, quando suas pernas não estavam mais tão doloridas, retirou a mão e olhou para Lorenzo.

- Não vou demorar, é que a Thais ligou dizendo que a Sra. Nanda desmaiou hoje no hospital durante um exame. Ela tentou ligar para você, mas não conseguiu, então ligou para mim. Vim aqui para encontrar você. Se você não tiver nada mais urgente agora, vá rápido para o hospital. Quanto ao jantar, eu posso trazer alguns doces da cozinha para você, ou se preferir, pode pedir ao Pedro para comprar algo perto do hospital. - Sugeriu Tatiana.

Ao ver que Lorenzo não reagiu, ela começou a se preocupar.

- Lorenzo, a Thais não especificou a situação pelo telefone, só pude ouvir que ela estava muito ansiosa. Vá logo. - Insistiu Tatiana.

A família Borges não tinha muitas pessoas, apenas Lorenzo, o filho único. Nanda era casada com alguém da família da Cidade A e, mesmo tendo parentes, eles não poderiam chegar a tempo, então só Lorenzo pode ir.

No entanto, o homem que ainda estava calmo e despreocupado, se levantou da mesa de jantar e caminhou lentamente até ela.

- Você parece preocupada, alguém poderia pensar que ela é sua mãe. Você não disse que devemos nos manter afastados? O que está fazendo aqui? Fingindo ser boazinha? - Disse Lorenzo, dando alguns passos em direção a Tatiana e olhando seus olhos profundos cheios de um intenso sarcasmo.

- Lorenzo, você tomou o remédio errado? -Interveio Pedro.

Tatiana mordeu o lábio, fechando os olhos cansada.

Ela realmente não esperava que Lorenzo mencionasse isso agora, depois de todo o esforço que fez!

Quando Pedro estava prestes a dizer algo, Tatiana deu um passo à frente, o bloqueando e olhando fixamente para Lorenzo.

- Lorenzo, você pode deixar de lado sua lógica infantil por um momento? Agora, a Sra. Nanda está inconsciente no hospital, vamos falar sobre isso primeiro, certo? Vá ao hospital e veja como ela está. Se você achar que o que eu disse antes estava errado, que não deveríamos acabar com nossa amizade de mais de vinte anos, então podemos discutir isso depois de voltarmos do hospital. - Disse Tatiana.

Ela sentia que deveria visitar, afinal Sra. Nanda era uma parente, mesmo agora que ela e Lorenzo estavam divorciados, não podia cortar completamente os laços de tantos anos, e Thais tinha ligado para ela. Não ir pareceria errado.

Mas Edu estava a caminho.

Ela hesitou em olhar nos olhos de Lorenzo.

- Vá logo, eu visitarei a Sra. Nanda amanhã de manhã, visitar a esta hora não é muito auspicioso. - Disse Tatiana.

Ela usou a etiqueta como desculpa, já que geralmente as visitas ao doente são feitas pela manhã.

Lorenzo riu friamente.

- Mas Tatiana, não foi você quem disse para discutirmos a minha lógica depois de voltarmos do hospital? - Indagou Lorenzo.

Tatiana ficou sem palavras.

Antes que pudesse dizer algo, ela foi arrastada novamente, mas desta vez não pelo pulso, e sim pela gola da camisa.

Ela suspeitava que, se fosse um pouco mais leve, Lorenzo poderia até pegar ela como um objeto e a levantar diretamente. Felizmente, após saírem do Aroma Restaurante, ele não foi mais tão bruto como antes, apenas a empurrava para andar, levando em consideração suas pernas curtas, Lorenzo caminhava sem pressa.

Tatiana, sendo empurrada, não achava a caminhada lenta, mas Pedro, que a seguia, já não aguentava mais.

- Lorenzo, você não pode agir normalmente? Quanto tempo vai demorar desse jeito? Não deixe que a Sra. Nanda seja liberada do hospital antes de chegarmos. - Reclamou Tatiana.

- Não seria melhor assim? - Retrucou Lorenzo.

Lorenzo realmente não tinha pressa. Depois de abrir a porta do banco de trás do carro, ele primeiro colocou Tatiana lá dentro, e depois jogou as chaves do carro para Pedro, com um significado bem claro.

- Seria melhor ela ser liberada, mas a situação atual claramente não é apropriada, deveríamos nos apressar um pouco. - Murmurou Tatiana.

- Eu não sou médico. Ir correndo para lá, acha que vai salvar a vida dela? - Debochou Lorenzo.