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Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 208

Tatiana desviou o olhar rapidamente, pensando em como o havia encarado anteriormente, e se sentiu um pouco envergonhada. Ela esboçou um sorriso cortês e balançou ligeiramente o pequeno que segurava em seus braços.

- Não é pesado, eu costumava amarrar sacos de areia nos meus braços enquanto treinava para trabalhar na cozinha, então esse pequenino não pesa nada para mim.

Geovane, que estava em seus braços, apertou Tatiana inconscientemente devido ao movimento, mas depois de ouvir suas palavras, sentiu pena dela.

- Tia Taís, você pode me colocar no chão para eu andar sozinho, eu já tenho cinco anos, não precisa me segurar o tempo todo.

"Minha tia já passou por muitas dificuldades lá fora, e agora que voltou para casa, preciso cuidar dela!”

Pensando assim, Geovane se recusou a deixar Tatiana continuar o segurando e lutou para descer de seus braços.

Tatiana, com medo de deixar o menino cair, se apressou em colocar ele no chão com cuidado.

Emanuel observou tudo em silêncio, com os lábios finos firmemente fechados. Ele olhou para os braços magros de Tatiana, imaginando como ela conseguia carregar sacos de areia e ganhar a vida quando era mais jovem.

Somente depois que Tatiana acalmou Geovane e pegou sua mãozinha, Emanuel falou lentamente:

- Se tiver alguma dificuldade, pode falar com seu irmão.

Tatiana ficou um pouco atônita, pensando que tinha ouvido errado. Ela ainda se sentia um pouco intimidada por aquele irmão frio e distante, mas não esperava que ele tomasse a iniciativa e falasse algo daquele tipo.

Imediatamente, um sorriso radiante surgiu no belo rosto de Tatiana.

- Claro, obrigada, Emanuel!

Emanuel acenou levemente com a cabeça e murmurou algo baixinho.

A luz da lua os envolvia, e a mansão tomou uma atmosfera animada com a chegada do grupo.

Depois um tempo, os quartos barulhentos se silenciaram um a um, as luzes foram apagadas, e apenas uma luz amarelada fraca permaneceu aquecendo o corredor.

Tatiana não sabia quanto tempo havia se passado quando, ainda sonolenta, sentiu uma pequenina cabeça se enroscar em seu colo. Devido às experiências no exterior, ela acordou quase que instantaneamente, mas não acendeu a luz. Na penumbra, conseguiu identificar vagamente quem era, e sua guarda baixou.

Ela bocejou e puxou Geovane para mais perto, inalando o cheiro único do bebê. Ela disse preguiçosamente:

- Geovane, por que não fica na sua cama, em vez de vir para cá?

A voz de Geovane estava especialmente lúcida.

- Não consigo dormir sozinho.

Tatiana sorriu suavemente, mas não repreendeu o menino.

Leopoldo havia dito que o pequeno costumava dormir sozinho em casa e até preferia assim; era incomum que ele tivesse dificuldade para dormir sozinho justo naquela noite.

Mas Tatiana não se importou com isso. Com aquele pequeno adorável em seus braços, ela sabia que dormiria ainda melhor.

Geovane estendeu seus bracinhos curtos e abraçou Tatiana, dizendo baixinho:

- Tia Taís, você tem o cheiro da minha mãe, e eu sinto muita saudade dela. E sobre esta tarde, obrigado. Eu estava muito triste, mas depois que você me disse para chorar, me senti muito melhor. Tia Taís, eu gosto muito de você.

Desde que tinha idade para se lembrar, sua mãe sempre esteve ausente e seu pai sempre esteve ocupado. Se não fosse pelos cuidados de uma tia, ele seria enviado para a casa da avó. Sua avó era muito bondosa com ele, mas nunca havia lhe dito aquelas palavras.

Quanto à tal tia Rita...

Ele engoliu em seco e abraçou Tatiana com mais força.

- Ela disse que eu era uma criança indesejada desde o nascimento, que assim que ela se casasse com meu pai, me faria ser abandonado. Ela também disse que eu era irritante, estava sempre no celular, e me chamou de filho ilegítimo. Ela diz isso toda vez que me vê, sempre diz que fui deixado na porta da família Orsi, que só fui acolhido porque meu pai e minha avó eram bondosos. Diz que na verdade não sou da família Orsi. - A angústia era demais para Geovane, que acabou chorando. - Tia Taís, eu não serei abandonado, né? Eu não sou um filho ilegítimo, né?

Tatiana ouviu aquilo, chocada e compadecida. Ela não conseguia imaginar como Rita ousaria dizer tais palavras a uma criança. Independentemente de Geovane ter sido trazido para a família Orsi após um teste de paternidade ou se, hipoteticamente, tivesse sido encontrado na porta e acolhido por sua bondade, era inaceitável dizer aquilo para uma criança!

E mais, quem era Rita além de uma parente distante da família Orsi? Como ela poderia ousar ter opiniões sobre Leopoldo?

Tatiana estava furiosa e enojada, mas sabia que, naquele momento, o mais importante era acalmar Geovane. Ela não esperava que uma criança tão pequena tivesse que suportar tais palavras, e não apenas uma vez.

O menino, nos braços de Tatiana, chorava tanto que mal conseguia respirar. Ela, com o rosto cheio de preocupação, acariciou gentilmente suas costas e disse:

- Claro que você não é um filho ilegítimo, Geovane. Você é Geovane Orsi, uma criança registrada na árvore genealógica da família Orsi. Você não é um incômodo, nem nada do que aquela mulher disse. Não escute as bobagens dela, tá bom?

A mera lembrança daquelas palavras sufocava Tatiana.

Se colocar no lugar do pequeno sobrinho a deixava ainda mais asfixiada. Ela mesma havia sido chamada de ilegítima, de indesejada. Na Mansão Garrote, depois do retorno de Carolina, ela ouvia aquelas palavras todos os dias. Com tanta frequência que às vezes chegava a acreditar nelas, era como se tivesse siso rejeitado pelo mundo. Mas, felizmente, aquele não era o caso.

Tatiana simplesmente não conseguia entender como palavras tão duras podiam ser dirigidas a Geovane. Ele tinha o sobrenome Orsi e tinha sido confirmado por um teste de paternidade. Como Rita Soares ousava dizer tais coisas?

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