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Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 65

Ele não esperava aquela resposta de Tatiana, e se virou para encarar ela.

Ela já havia empurrado os óculos escuros para o topo da cabeça, revelando seu rosto pequeno com maquiagem delicada, lábios vermelhos e uma pele ainda mais pálida. Seus lábios sorridentes e curvados brilhavam, e ela olhava fixamente para ele.

Lorenzo prendeu a respiração por um momento, temendo que algo pudesse perturbar a bela cena diante dele.

Mas Tatiana não estava disposta a ficar quieta como uma pintura.

Ela cutucou o homem ao lado com o cotovelo e começou a falar, destruindo toda a atmosfera.

- Estou falando com você, pelo menos diga alguma coisa. Foi você quem disse, se eu te pedisse, você iria comigo assinar os papéis do divórcio, você não vai voltar atrás na sua palavra, certo?

Lorenzo, irritado, desviou o olhar, mantendo seus lábios apertados, sem lhe dar atenção.

Tatiana insistiu e olhou para o relógio.

- A essa hora, os funcionários devem estar almoçando, que tal irmos comer algo e depois cuidarmos dos papéis? - Disse ela.

Lorenzo, impaciente, puxou a manga da sua roupa.

- Estou ocupado.

- Como assim? Hoje é domingo, você não está trabalhando. - De repente, ela se lembrou de algo. - Esqueci que lá não abre de final de semana.

Lorenzo estava cada vez mais irritado, mas infelizmente não podia tapar os ouvidos, apenas ouvindo Tatiana murmurar ao seu lado.

Ela suspirou profundamente.

- Se eu soubesse, teria marcado um almoço durante a semana contigo, quando o cartório estivesse aberto. Como não pensei nisso antes, que erro...

Lorenzo não aguentou mais.

- Chega, Tatiana. Usurpar a identidade de alguém já é ruim o suficiente, e agora você está pensando em como poderia me manipular. Quando você se tornou assim?

A voz cheia de raiva também levou Tatiana de volta à realidade.

No entanto, ela ainda se sentia muito ambígua com o fato de que ele não acreditava nela. Mesmo que tentasse explicar, ele provavelmente não acreditaria, então ela simplesmente assumiu a culpa.

- Talvez o Presidente Borges nunca tenha realmente me conhecido, não é? Que tipo de pessoa você pensa que eu sou? - Ela sorriu novamente, olhando diretamente para Lorenzo, e deu um passo em sua direção. - A covarde parasita que antes só baixava a cabeça, não ousava olhar as pessoas nos olhos ao falar, ou a idiota que, toda vez que te via não conseguia desviar o olhar e só sabia sorrir bobamente?

Lorenzo franziu ainda mais a testa.

- Eu nunca pensei assim. - Disse ele seriamente.

Tatiana sorriu ainda mais.

- É mesmo?

Ela acreditava nas palavras de Lorenzo.

Não que o conhecia bem, mas simplesmente porque o distinto Sr. Borges jamais se daria ao trabalho de pensar nesse tipo de coisa.

No entanto, aos olhos de muitos, Tatiana era exatamente assim.

Especialmente para a família Garrote, que a via como uma pobre coitada acolhida por eles, que não sabia fazer nada, uma tola apaixonada pelo noivo de Carolina.

Vendo que a atitude de Tatiana havia suavizado, Lorenzo pensou que era por causa dos antigos desgostos que ela sempre ficava na defensiva. Ele tentou suavizar a voz.

- Tati, você não precisa se preocupar tanto com o que os outros pensam, você era boa no passado e agora também tem uma família, não é como eles dizem...

Ele não conseguia dizer aquelas palavras sujas, e nem queria usar elas contra Tatiana.

- Eu era boa no passado? - Perguntou ela, sorrindo.

O olhar direto dela deixou Lorenzo atordoado por um momento, e seus dedos pendurados ao lado do corpo se encolheram ligeiramente.

- Sim. - Disse ele.

Tatiana sorriu ainda mais alegremente.

- Então Presidente Borges, qual era a sua impressão sobre mim vem daquela vez que você me chamou de sua pequena esposa?

Antes de responder, a expressão calma no rosto dele se tornou uma careta. Ele rosnou:

- Tatiana, você...

- O que tem eu?

Ela não se deixou intimidar.

Tatiana apressadamente pressionou o botão de emergência, mas não houve resposta.

- Seu celular tem sinal? - Perguntou Lorenzo, mantendo a calma.

Ele tirou o celular e viu que não tinha sinal. As chamadas de emergência também era inúteis.

Tatiana revirou sua bolsa em busca de seu celular e franziu a testa quando viu que também estava sem sinal

- Parece que Deus quer que você fique um pouco mais com a pessoa que detesta, mesmo que não queira.

Lorenzo deu uma risada leve, e fechou os olhos com um ar de cansaço.

Tatiana olhou para ele por um momento, e ao perceber que não havia como sair, tentou acalmar seu próprio coração.

Ela falou:

- Talvez eu não devesse ter sido tão direta com você, acho que é karma.

Lorenzo não respondeu.

Desde que o elevador parou, ele manteve a mesma posição.

Tatiana, sem ter o que dizer e sem sinal no celular, o guardou na bolsa e esperou em silêncio por ajuda.

Mas com o passar do tempo, o tédio se instalou, e ela, ainda de salto alto, sentia muita dor nos pés.

- Lorenzo, vamos conversar um pouco.

Tatiana tentou desviar sua atenção para aliviar a dor nos pés.

Mas o homem ao seu lado não te deu atenção, e estar presa na escuridão com ele a fez se sentir mal.

- Não temos uma grande inimizade, certo? Vamos conversar um pouco, não precisa ser sobre o divórcio, pode ser sobre outra coisa.

Ela virou a cabeça para o lado e arregalou os olhos de repente, enquanto a grande figura ao seu lado caía diretamente sobre ela, todo o seu peso a pressionando.

Tatiana percebeu que algo estava errado e se esforçou para segurar ele.

- Lorenzo, o que aconteceu com você?

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