O homem ficou imóvel, apoiado em Tatiana.
O peso do corpo dele a impedia de se mover.
Se não fosse pela parede do elevador, ela provavelmente teria caído no chão.
Ela cerrou os dentes e lentamente o levantou para poder ficar em pé mais facilmente.
- Lorenzo?
Com Lorenzo de pé, ela franziu a testa e olhou para a pessoa em seu ombro.
- O que aconteceu com você, você consegue me ouvir?
- Dói... - Gemeu ele.
Ele estava suando frio.
Parecia que ele estava preso em um pesadelo, que estava caindo em um abismo sem fim.
Ele agarrou Tatiana como se ela fosse sua única salvação. Ele se segurava nela tão firmemente que ela achou que ele queria arrastar ela para o pesadelo com ele.Tatiana ficou totalmente paralisada, com a testa suada dele contra seu ombro.
Ela conseguia ouvir a respiração descompassada dele.
- Não vá... não me deixe...
Tatiana fechou os olhos, suas mãos ao lado do corpo relaxaram e depois se apertaram.
Ela poderia simplesmente empurrar ele para longe. Mesmo que Lorenzo morresse ali naquele momento, a culpa não era dela.
Ela não precisaria se sentir culpada, afinal, ele também quis que ela desaparecesse.
Mas ela não teve coragem, afinal, ela ainda era uma boa pessoa.
Tatiana respirou fundo, abriu os olhos e falou baixinho:
- Eu não vou embora, não vou te deixar. Você pode me ouvir, Lorenzo? Me diga, onde está doendo?
Embora o elevador estivesse fechado, o ar podia circular, não havia risco de asfixia por falta de espaço, e eles não estavam ali há muito tempo.
Ele devia estar doente, não havia outra explicação.
Tatiana não sabia exatamente o que estava acontecendo com ele, só podia supor que era algo parecido com um ataque cardíaco.
Ela estendeu a mão cautelosamente, procurando algo no bolso dele.
Chaves do carro, celular, carteira e um lenço, era só isso, nenhum remédio.
Ela franziu a testa, sem saber o que fazer.
Ela não podia simplesmente se sentar e esperar pelo pior. Não fazia parte do seu caráter ficar esperando para ser salva.
- Não tem mesmo remédio? O que está acontecendo com você?
Tatiana pensou por um momento e beliscou o lábio superior de Lorenzo, tentando fazer ele recobrar a consciência.
Mas, infelizmente, não houve efeito algum.
Sem opção, ela agiu um pouco mais impulsivamente, e desabotoou o paletó dele para verificar se havia algum medicamento, alguma pílula, qualquer coisa.
No entanto, no escuro, com a cabeça pesada dele sobre seu ombro, Tatiana teve dificuldades em realizar a tarefa, tendo que confiar em sua visão periférica e no tato para desabotoar a roupa do homem e procurar em seus bolsos.
"Que estranho, eu achava que ele cuidava muito bem da saúde, o que pode ter acontecido?”
Tatiana tocou nos abdominais definidos do homem, mas não se deixou levar. Ela passou a mão pelo interior do paletó, com a esperança de encontrar algum bolso secreto.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia
Por favor, continuem esse livro!...