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Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 73

Quando Tatiana recebeu a mensagem de Pedro, estava finalizando os esboços de um novo design.

Eduardo estava prestes a fazer aniversário, e ela planejava fazer um anel como presente de aniversário para ele.

Ao ver a barra de mensagens do celular, a ponta de seu lápis desviou por um instante, deixando uma marca na folha branca e arruinando completamente o esboço.

Ela pegou o celular e olhou fixamente para a tela.

Ela mal podia acreditar no que estava lendo, e enviou uma mensagem para confirmar, e a resposta foi afirmativa. Pedro só pediu que ela não mencionasse aquilo na frente de Lorenzo, afinal ele não sabia que ele havia contado para ela.

"Entendi, obrigada."

Tatiana olhou sem expressão para o celular por um longo tempo, agradeceu a Pedro e, em seguida, desligou o celular.

Cortar laços com ele completamente era uma coisa boa.

Afinal, ela não gostava mais dele, não é?

Quando o certificado de divórcio chegasse, ela cuidaria dos assuntos com Hélio Menezes e então poderia voltar para Cidade B para viver com seus pais.

Depois disso, sua vida não incluiria mais ele.

Ela se apaixonaria por alguém melhor, teria uma vida melhor, não seria mais atormentada por um amor secreto, não ficaria mais triste ou irritada por causa de Lorenzo.

Ela tinha sua família e sua carreira, as coisas só melhorariam.

Mas seu peito ainda se sentia pesado. Aquele design estava quase completo, mas ela não conseguia mais pegar o lápis para terminar.

Por que ela estava triste? Mas ela claramente não gostava mais dele.

Tatiana não conseguia entender, largou o lápis e ficou olhando para o nada em frente à mesa.

Quando voltou ao país, ela estava pronta para se divorciar dele, não estava?

Provavelmente era porque Lorenzo havia arrastado aquilo por tanto tempo, que agora que ele finalmente ia oficializar o divórcio, ela só achava isso inacreditável.

Sim, era só uma questão de se acostumar.

Tatiana se convenceu disso e pegou o lápis novamente, tentando completar as últimas partes do esboço.

Mas agora haviam muitos pensamentos confusos em sua mente que não iam embora.

Havia lembranças de sua infância seguindo Lorenzo como um cachorrinho, da rejeição da família Garrote e de ir morar com os empregados, tão insegura que não ousava se aproximar dele e só secretamente lhe enviava pequenos bolos, e dos três anos no exterior, o primeiro ano sozinha...

Ela não queria pensar nisso, mas não conseguia controlar.

O que mais a irritava eram as lembranças dos momentos vividos com Lorenzo após seu retorno ao país. Ele a defendeu na festa de aniversário de Carolina, entendeu mal sua relação com Edu e acabou dando um soco nele, além daquela cena absurda do beijo no jantar de moda organizado por sua tia... Ao recordar esses eventos, Tatiana sentiu sua irritação crescer e se transformar em raiva, e ela largou novamente o lápis.

Ela pegou o celular novamente e enviou uma mensagem para Pedro.

"Está ocupado? Vamos tomar um drink?"

Pedro quase não acreditou no que viu ao receber a mensagem.

Ele se levantou do sofá imediatamente e ficou encarando o celular por um bom tempo.

Não podia ser verdade.

Taís estava convidando ele para sair!

Sem esperar por uma resposta, Tatiana já enviou o endereço.

"Nos encontramos no Bar Jurassic em meia hora?"

"Claro, claro! Já estou a caminho!"

Como ele poderia recusar um convite daquela deusa? Mesmo se tivesse outros compromissos, ele cancelaria todos, só para sair com ela.

Depois de digitar, Pedro jogou o celular no sofá e correu para o vestiário de Lorenzo.

- Loh, posso usar o seu banheiro para tomar um banho? E posso usar o seu perfume também? Só um pouco!

- O que você está aprontando agora?

Lorenzo já estava irritado, pensando em Tatiana, aquela mulher sem coração. Ele não conseguiu se concentrar em nada naquela manhã e, ao ver Pedro animado, ficou ainda mais frustrado.

Pedro replicou sem pensar:

- Não estou aprontando nada! É que a Taís me convidou para tomar um drink. Ela acabou de ficar solteira e me convidou, eu tenho que me arrumar um pouco, não acha?

Ela estava sentada de lado no balcão, sua beleza chamava atenção. Muitos drinks coloridos estavam à sua frente, e o barman ainda preparava mais um, que logo foi colocado diante dela.

Ela apenas cheirou a bebida, parecendo hesitante em beber.

- Nunca bebeu antes? - Perguntou Pedro, e sem cerimônias se sentou ao lado de Tatiana. Ele escolheu um drink azul claro. - Posso beber?

Tatiana assentiu.

- Pedi ao barman para fazer todas as bebidas de cores bonitas, essa é a nona.

Pedro tomou um gole, com um gesto desinibido, e olhou seriamente para Tatiana, com um ar um tanto travesso nos olhos.

- Você planeja beber todas ou me deixar beber todas?

- Você consegue?

Ela estava conversando com o barman e escolheu as bebidas que eram das cores que ela gostava. Havia cerca de vinte e dois drinks no total.

Mesmo que não fossem alcoólicos, vinte e dois copos já seria muito para beber.

O olhar confuso de Tatiana fez Pedro rir.

- Beber eu bebo, mas talvez eu não aguente até o fim. Taís, você sabe o quanto são fortes esses drinks que escolheu?

Escolher bebidas apenas pela aparência era bem a cara dela.

Era a segunda vez que Tatiana ia a um bar. Da última vez, Eduardo lhe havia dado leite, e não deixou ela nem encostar em uma bebida alcoólica.

Mas desta vez, ela havia ido por impulso. Ela se sentia confortável com Pedro ao seu lado, mas antes, sozinha, estava um pouco insegura.

- Você nunca bebeu e agora me chama para sair, não tem medo do que eu possa fazer?

Pedro riu com a atitude dela. Se lembrando da vez em que ela o jogou por cima do ombro, ele achou que ela fosse mais corajosa.

Tatiana sacudiu a cabeça, confiante.

- Você não faria isso. Pedro apoiou o queixo na mão e subitamente se aproximou dela.

- Confia tanto assim em mim?

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