Resumo de Capítulo 39 – Capítulo essencial de As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
O capítulo Capítulo 39 é um dos momentos mais intensos da obra As duas faces do meu chefe, escrita por Mainy Cesar. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Layonel
Apoio às mãos sobre a mesa enquanto encaro a figura de Ivan a minha frente. Seu rosto todo marcado de roxo e com cortes profundos que satisfaz meu ego de forma surpreendente, mas confesso que queria bater muito mais nele, pena que não posso.
- Eu só quero ver a minha filha. -A bochecha inchada faz sua voz falhar devido a dor.
-Você é um merda e eu mesmo vou garantir que nunca mais chegue perto daquela criança. - Meu pai toma a frente e desvio meu olhar de Ivan para encara-lo.
Não estou surpreso que ele esteja na delegacia para cobrar o que é dele, mas estou surpreso por ele estar tomando minhas dores como se fossem dele.
-O que foi? Estou errado? - Pergunta intrigado por perceber que o encarava mais do que deveria.
-Nem um pouco. -Comento cruzando meus braços sobre o peito voltando a encarar Ivan que está algemado e sentada em uma cadeira de frente para nós.
Pela manhã, tanto eu quanto Hana fomos obrigados a vir depor sobre ocorrido e mesmo que não fôssemos obrigados teríamos vindo.
Ivan é um cretino que só quer usar minha Daisy para seu próprio bem e isso jamais vou permitir mesmo que me custe tudo o que tenho, ninguém tocará na minha criança, ela é minha filha e protegerei com unhas e dentes se necessário.
O que me deixa mais irado é ver como Hana ficar abatida com tudo isso. Ela se sente culpada por ver a tristeza de Daisy quando pergunta do pai, mas é correto deixá-la se aproximar para depois saber que ele sumirá novamente?
Sinceramente não sei, mas por autopreservação escolhemos que a melhor opção é deixá-la imaginar que o pai ainda está viajando e quem sabe quando ele for apito e digno -coisa que ele não é e, está bem longe de ser- deixar que se aproximem.
A porta se abre e vejo o delegado Bruno Jalles entrar. Levanto-me assim como meu pai para cumprimentá-lo e finalmente decidirmos o que fazer com Ivan, afinal, Bruno tinha ligação direta com o Juiz e podia dizer umas verdades ajudando em seu julgamento final.
-Drevitch. -Cumprimenta meu pai e logo em seguida a mim.
Aperto sua mão o observando com certa cautela. Sei que meu pai e ele eram amigos de longa data, mas eu não tinha uma ligação muito próxima com ele.
- Já li todo o relatório e recebi as imagens dos braços da sua noiva. - Ele volta sua atenção para mim, mas logo se volta para Ivan. -Isso renderá bons anos na prisão, além da pensão atrasada e pelo que sei, você ainda tem uma dívida pessoal com Zoy? Que má sorte caro rapaz, não podemos cobrar os juros pela dívida que fez no nome da sua ex-esposa, mas tenho certeza que o Zoy aqui. -Bate no ombro do meu pai. -Se encarregará de cobrar suas dívidas. -Bruno volta sua atenção para Ivan que logo está espumando ódio sem poder fazer nada.
- Eu quero meu advogado. - Diz irado.
-Você terá seu advogado na hora que eu quiser chama-lo. -Bruno diz o observando de cima. -Mas sentem rapazes. - Ele se volta nós novamente.
- Eu vou contar tudo que está acontecendo aqui, isso é abuso de poder. -Ivan cospe com irá e minha paciência já estava indo para o saco, não demoraria muito para mim me enroscar com ele novamente e dessa vez não aceitaria parar tão cedo.
- Olha aqui rapaz, você não tem direito a nada aqui. O seu direito é se calar e ouvir a proposta dos dois, seu caso não é dos melhores. Você invadiu uma empresa particular, está foragido a meses, ameaçou sequestrar a própria filha, deve pensão, usou o nome da ex-esposa injustamente e isso se enquadra em várias leis que nem mesmo vou citar. Agrediu ela quando ela já havia feito um boletim de ocorrência e as marcas no corpo dela provam isso, além das filmagens de sua coação dentro da empresa. Somente isso te jogará na cadeia por belos e longos anos. Sem contar que toda sua ausência para com sua filha lhe enquadra em abandono de incapaz e para piorar sua situação como eu já disse, você quase levou sua esposa a falência, isso tudo pesa contra você, pois sua filha é depende da mãe que você queria ferrar, mas saiu ferrado. -Bruno respira destilando todo o seu ódio em cima de Ivan que se cala na mesma hora assustado. - Eu devo ter esquecido de algo, mas vamos para o próximo tópico, ele é tão burro que chega a dar pena.
Bom, tenho que confessar que agora gosto um pouco mais de Bruno. Acomodo-me na cadeira ao lado do meu pai, de frente para Ivan e Bruno permanece em pé.
- Vou ser direto porque não tenho tempo para ficar enrolando. - Falo de uma vez. - Eu não quero esse homem perto da minha família novamente.
- Minha família. -Ivan corrige.
- Minha, caro Ivan, apenas minha. Eu não vou deixar você encostar um dedo sujo seu em Daisy, aquela menina é meu ouro e, diferente de você, eu daria minha vida pela dela. Sem contar que se você relar em Hana novamente ou cogitar essa possibilidade eu juro que vou ma....-Bruno me interrompem.
-Sem ameaças tão cruas por mais que eu goste da ideia.
Sabia que era errado dizer aquelas coisas naquele local, mas eu estava sendo bem sincero.
-Hana é uma vadia. - Ele cospe com irá e posso ver o ódio estampado em seus olhos.
Nem mesmo penso quando vejo já estou debruçado sobre a mesa segurando a gola da sua blusa com as duas mãos pronto para pintar o outro lado do seu rosto de vários tons de roxos.
As mãos de Bruno em meus ombros forço-me a parar e obriga-me a sentar novamente impedem que eu continue meu ataque.
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