POV: Narrador
ㅡ Que merda de lugar é esse? ㅡ Su-ji tinha o nariz franzido. ㅡ cheira mal!
ㅡ Foi o máximo que conseguimos, meu bem. ㅡ MinHo falou.
Hesun também parecia enojado com a casa pequena no subúrbio que haviam se metido.
Jaejun estava no canto do cômodo. Estava sentado, mas suas mãos e pés estavam amarrados, assim como sua boca que estava coberta por um denso pedaço de fita.
ㅡ Precisamos acabar com isso logo. ㅡ Su-ji falou. Seus olhos escorregaram até Jaejun, a mulher que tanto foi tia e mãe daquele jovem garoto, não sentia sequer um pouco de pena. ㅡ você já mandou a mensagem? ㅡ perguntou a JooRi.
ㅡ Vamos esperar até amanhã. O Park certamente já deixou o galpão e está dilacerado, vamos deixar com que ela sofra um pouco mais e então agimos.
Jaejun grunhiu sentindo raiva ao ouvir aquilo.
Todos o olharam, mas riram no fim.
ㅡ Vamos ter que ficar nesse lugar fedorento? Isso aqui parece um esgoto! É úmido! ㅡ Hesun reclamou. ㅡ eu sou uma pessoa fina, futuro namorado de um CEO. Minha pele não se adapta a lugares assim.
ㅡ Tá certo. ㅡ JooRi revirou os olhos e o empurrou em direção a uma das camas do lugar. ㅡ deita aí, a gente brinca já, já. ㅡ piscou.
ㅡ Com a gente aqui? ㅡ Su-ji perguntou, desviando os olhos de JooRi para MinHo. ㅡ que nojo! Eu não vou aceitar isso!
ㅡ Você não tem que aceitar nada, sua velha. ㅡ JooRi disse, buscando um cigarro. O acendeu, assoprando a fumaça na cara de Su-ji. ㅡ se eu quiser, te coloco ali também e te fodo mesmo contra a sua vontade!
ㅡ MinHo! ㅡ a mulher reclamou novamente, mas o mais novo apenas tocou em seu braço.
ㅡ Vamos tomar um ar. ㅡ a chamou, a puxando devagar para sair de perto de seu irmão.
ㅡ Até parece que esse lugar tem algum ar puro! ㅡ a mulher o seguiu, mas foi reclamando.
JooRi ainda fumava, mas desviou os olhos para Jaejun e sorriu, virando o corpo para si também.
ㅡ E se a gente o incluísse na brincadeira? ㅡ perguntou a Hesun.
ㅡ Você tá louco? O trato foi sem violência sexual!
ㅡ Tsc, eu não assinei nada, assinei? Posso me divertir. ㅡ o homem disse, tragando novamente.
ㅡ Se fizer isso, além de pôr tudo a perder, você vai morrer. Hyun-suk vai fazer questão que você sofra lentamente e te matará com as próprias mãos. Ele é louco por esse cara. É cego por ele!
JooRi bufou. Tragou novamente o cigarro e o jogou no chão, apagando-o com o pé.
Se aproximou de Jaejun mesmo assim, e ouvindo os protestos de Hesun para que não fizesse aquilo, ele puxou o garoto pelos cabelos, o forçando a ficar de pé.
ㅡ Você ouviu aquilo? Ele te defendeu.
Jaejun gemia de dor ao sentir a força usada pelo homem ao puxar seus cabelos daquela forma, mas grunhiu, xingando-o mesmo que JooRi não entendesse o que ele falava.
ㅡ Eu sei porque o Park gosta de você. ㅡ JooRi continuou a falar. ㅡ você parece tão delicado... ㅡ e o homem se atreveu a sorrir, tocando a camisa que Jaejun usava, a erguendo no abdômen.
ㅡ JooRi! ㅡ Hesun naquele instante sentia medo. Não por Jaejun, mas sim por si próprio. Se JooRi fizesse o que pensava em fazer, ninguém seria capaz de pará-lo mais.
Ele sabia daquilo porque foi assim no início quando ele o procurou para ajudar a acabar com o relacionamento de Hyun-suk e Jaejun. E por mais que Hesun naquele instante odiasse Jaejun com cada célula de seu corpo por acreditar que era culpa dele Hyun-suk não gostar mais de si, ele não queria que ninguém, mesmo o seu pior inimigo, sentisse o medo de ser obrigado a fazer algo que não quer e machuca tanto.
O homem olhou para Hesun sobre o ombro e sorriu ainda mais. Impulsionou o corpo de Jaejun e o arrastou pelo cômodo. Levou-o até a parte dos fundos onde um plástico denso e e embaçado dividia os lugares.
O jogou no chão outra vez, não fazia questão sequer de ser gentil. Jaejun resmungou novamente de dor quando sentiu seu ombro arder devido ao impacto, mas olhou para JooRi, o observando ainda de pé, lhe observando.
O homem sentia prazer em ver o medo pintado nos olhos do Jeon, era aquilo que o instigava a fazer coisas que a sociedade julgavam erradas e como crime. Para si era prazeroso.
Mas firme com todos e disposto a não pôr tudo a perder, ele deu um passo para trás, seguindo de outro e outro. Até que deixou Jaejun sozinho naquele lugar.
ㅡ Vamos fazer barulho. ㅡ ele falou olhando para Hesun. ㅡ quero que ele escute você implorar por mim.
Hesun sorriu torto e se pôs de joelhos na cama. Seu estômago estava tão embrulhado quanto o de Jaejun, mas para ter o que queria, ele fazia sacrifícios que machucavam seu corpo e seu âmago.
Retirou a roupa devagar enquanto tentava não focar no olhar de JooRi em seu corpo magro.
ㅡ De quatro. ㅡ JooRi ordenou.
E mesmo sem ver, Jaejun teve que se controlar para não vomitar. A fita cobria sua boca e impossibilitava aquilo.
Os sons se iniciaram e o Jeon fechou os olhos com força. Hesun deixava transparecer que aquilo não era prazer, era puramente dor.
Jaejun respirou fundo, o chão frio o fazia tremer. Sua mente quis salvá-lo do que passava e desse modo o levou de volta para casa.
Naquele segundo ele soube que voltar a abrir os olhos significava voltar para a realidade. E ele não queria mais sentir dor.
Sua mente o levou para perto de quem amava. Conseguia ver Hyun-suk, conseguia tocá-lo, sentir a maciez de sua pele e tudo era real.
Dentro do caos, ele se sentiu bem.
ㅡ Bom dia. ㅡ ele ouviu o sussurrar do amado.
Parecia ser manhã, estava quente e claro, e a sensação era de conforto. Jaejun sentia o hálito quente de Hyun-suk, sentia o calor corporal e por alguns segundos acreditou que aquilo era real.
ㅡ Está tudo bem, meu amor. ㅡ sentiu a mão de Hyun-suk tocar sua bochecha e afagá-la devagar. Seus olhos se fecharam, seu corpo ainda parecia cansado ㅡ volte a dormir. ㅡ ele pediu ao se erguer devagar. ㅡ eu vou preparar algo para você comer, tudo bem?
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