ㅡ Eu não acredito que eles só recolheram a localização da Porsche e mandaram aquela de "vamos analisar". A polícia desse país é uma merda! Uma merda!
ㅡ Relaxa, a gente ainda tem acesso. ㅡ Hanguk falou. Estava sentado em um dos sofás, sentia a cabeça doer pela falta de sono, mas não queria sair do lado de Hyun-suk.
ㅡ Mas certamente eles não levarão mais a Porsche com eles. ㅡ Hyun-suk pensou. Caminhava de um lado a outro, mesmo sem dormir, não conseguia descansar. ㅡ não sei como podemos pegá-los mais. Me sinto perdido.
ㅡ Vamos aguardar. ㅡ Hajun falou. ㅡ talvez seja o que temos que fazer agora.
ㅡ Aguardar o quê? ㅡ Hyun-suk não entendia. Hanguk bocejou, mas ergueu o corpo quando Jackson e Yejin adentraram o local.
ㅡ Alguma novidade? ㅡ Yejin perguntou.
ㅡ Não. ㅡ Hajun respondeu. ㅡ estou dizendo para aguardarmos. Acho que é tudo o que resta. Eles podem ligar.
ㅡ Ainda não ligaram? ㅡ Jackson perguntou, sequer cumprimentando todos ali.
ㅡ Ainda não, mas Hajun acha que podem ligar. ㅡ Hanguk disse.
ㅡ Eles vão ligar. ㅡ Hajun garantiu ㅡ eles ainda não pediram um resgate, em breve farão isso.
Jackson suspirou. Encarou a imagem de Hyun-suk e desviou os olhos para Yejin.
Todos estavam quebrados e preocupados, mas ninguém parecia tão ruim quanto ao Park.
Hyun-suk ergueu os olhos, notando o olhar de Jackson sobre si e queria poder rir ao ver Jackson levar um pequeno susto ao ser descoberto. Mas não conseguia esboçar nada. Se ergueu, vendo todos lhe olharem, e sem que dissesse algo, caminhou até o escritório.
Hajun suspirou, mas antes de seguir atrás de Hyun-suk, ouviu Hanguk pedir:
ㅡ Deixe ele ter um tempo sozinho. Daqui a pouco essa casa vai tá lotada outra vez, ele não tá descansando e não deve está nem conseguindo pensar direito.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Hajun concordou, ouvindo o som da porta do escritório bater. ㅡ Vocês dormiram bem? ㅡ desviou os olhos para Jackson e Yejin, mas rapidamente os viu negar.
ㅡ Não dá pra dormir nessa situação. No máximo uns cochilos... ㅡ Yejin comentou.
ㅡ Jaejun precisa voltar, Hajun. ㅡ Jackson falou. ㅡ eu disse ao papi que se não tivermos notícias dele hoje, eu vou em busca de um detetive particular. A polícia não está fazendo nada para achá-lo. Nós não vimos nada sequer na TV.
ㅡ E quando esses desgraçados querem fazer fofoca ou alardes falsos, passam tudo lá sem sequer se importar. ㅡ Yejin resmungou.
ㅡ Taeshin concordou comigo. ㅡ Jackson voltou a falar. ㅡ ele, JiHo, Yujin, as garotas...
ㅡ Vocês todos? ㅡ Hajun perguntou, franzindo o cenho.
ㅡ É, a gente meio que... que fez um grupo sem vocês.
ㅡ O quê? Por quê?
Jackson olhou outra vez para o namorado.
ㅡ É que a gente acha que pode ter alguém levando informação para eles aqui.
ㅡ O quê?! ㅡ Hajun arregalou os olhos.
ㅡ O motorista de Hyun-suk estava com eles. Quem garante que outro funcionário não esteja? ㅡ Jackson falou.
ㅡ Além do mais, podem ter escutas aqui. Não pensaram nisso? ㅡ Yejin olhou-os. Vendo Hajun encarar Hanguk mais uma vez.
ㅡ Merda! ㅡ falaram em uníssono, caminhando até o escritório de Hyun-suk.
Bateram antes de entrar, mas pararam quando viram Hyun-suk sentado sobre a mesa do escritório, chorando mais uma vez. Em sua mão havia um porta-retrato com uma foto dele e de Jaejun em Jeju.
Hyun-suk limpou o rosto rapidamente, mas não era como se fizesse todos esquecer o que haviam acabado de ver.
Hajun quis avançar e abraçá-lo como vinha fazendo, mas apenas caminhou até o sofá que havia no canto da sala e se sentou lá, levando Hanguk a fazer o mesmo enquanto Jackson e Yejin apenas pararam perto da porta.
ㅡ O que foi? ㅡ Hyun-suk perguntou, com a voz embargada.
ㅡ Estávamos conversando lá fora, e... eles falaram algo que possa estar acontecendo aqui. ㅡ Hajun falou.
Hyun-suk desviou os olhos para Yejin e Jackson.
ㅡ O quê?
ㅡ O seu motorista estava junto daqueles desgraçados quando tudo aconteceu, então... ㅡ Jackson olhou ao redor, se aproximando de Hyun-suk. Quando se inclinou e se aproximou da orelha de Hyun-suk, sussurrou: ㅡ que possa ter outras pessoas envolvidas ou escutas espalhadas pela casa.
Hyun-suk, assim como Hajun, arregalou os olhos, encarando Jackson.
ㅡ Eu não pensei nisso.
ㅡ O que podemos fazer sobre isso? ㅡ Hanguk perguntou.
ㅡ Chame Jihoo. ㅡ Hyun-suk pediu, olhando para Hajun.
O Jung assentiu. Caminhou até a cozinha e assustou a mulher quando adentrou o lugar como um furacão.
ㅡ Desculpa, noona. ㅡ ele a abraçou pelos ombros. ㅡ Hyun-suk está chamando a senhora.
ㅡ É bronca? ㅡ a mais velha sorriu, já caminhando ao lado de Hajun.
ㅡ Não, pode ficar tranquila.
Voltando para o escritório, Jihoo cumprimentou todos, parando de frente com o Park.
ㅡ Você ainda não comeu, não foi? ㅡ ela perguntou, sorrindo doce.
ㅡ Não... ㅡ Hyun-suk respondeu, ficando de pé.
ㅡ O que quer comer? Eu faço o que você quiser, até pizza.
ㅡ A você sabe fazer tudo, noona, menos pizza. ㅡ ele sorriu, fazendo Jihoo e os outros sorrirem também. ㅡ mas eu preciso pedir algo e não é sobre comida. Só você tem a autoridade de mandar em todo o pessoal que trabalha aqui, por tanto, eu preciso que reúna todos e peça para que tirem férias de duas semanas ou mais, até Jaejun voltar e tudo isso se acertar.
ㅡ Todo mundo, filho? Mas... essa casa é enorme, sem faxineiras ela vai deixar de ser branquinha.
ㅡ Isso é o de menos agora, noona. Eu só preciso da casa completamente vazia.
ㅡ Então... eu também terei que ir?
ㅡ Sim. ㅡ Hyun-suk suspirou. ㅡ eu sei que a sua família mora em outra cidade, e por isso eu vou te dar um presente, tá bem?
Jihoo ainda estava estagnada com a nova notícia e por tanto não respondeu. Todos na sala observaram Hyun-suk ir até a mesa do escritório, e digitando uma senha numa das gavetas da mesa, ele retirou de lá um pequeno maço de dinheiro.
ㅡ Você ainda está sendo teimoso e guardando dinheiro em casa? ㅡ Hajun indagou, irritado. ㅡ isso é perigoso, Hyun-suk, ainda mais em uma gaveta. Onde estão as jóias?
ㅡ Relaxa, eu não tô guardando nada aqui, esse dinheiro é só pra... emergência.
ㅡ Como se os seus cartões não funcionassem caso precisasse.
Hyun-suk riu baixo ao encarar o melhor amigo, mas ergueu o dinheiro para Jihoo, a deixando ainda mais confusa.
ㅡ Faça o pagamento de todos desse mês. Quero que recebam mesmo sem trabalhar, não quero que ninguém ache que estou demitindo ou coisa assim. Só precisamos da casa vazia como eu te disse.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Jihoo assentiu, mas olhou para o dinheiro, o buscando. ㅡ acho que tem muito dinheiro aqui, filho.
ㅡ Não, está certo. Faça o pagamento e use o restante para voltar para a sua cidade e ficar um tempo com a sua filha. Ela te deu uma netinha, não foi?
ㅡ Sim ㅡ ela sorriu boba ㅡ Analyn já tem três anos, eu não a veja a dois.
ㅡ Então use isso para ficar mais perto dela, noona. E não se esqueça do seu pagamento também, tá bom?
Jihoo suspirou, assentindo novamente. Guardou o dinheiro no avental que usava, mas se atreveu a dar um único passo adiante e abraçou Hyun-suk com força, dando-lhe um toque tão carinhoso que se assemelhava ao de uma mãe.
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