ㅡ Desculpa te fazer voltar para isso no mesmo dia que deveria ficar longe um pouco. ㅡ Hyun-suk pediu ao melhor amigo.
ㅡ Ei, relaxa. Eu não me importo. Pra ser sincero, me sinto melhor aqui com você.
Hyun-suk sorriu, sentindo-o lhe abraçar pelos ombros.
ㅡ Trouxemos o jantar. ㅡ Taeshin falou, adentrando com três caixas de pizza, enquanto JiHo levava mais três. ㅡ Jack também está vindo, tá? ㅡ avisou a Hyun-suk, vendo-o assentir.
Pouco a pouco, a casa foi ficando lotada. Rini e Minah conversavam no canto da casa com Sunhee, enquanto Hyun-suk deixava os outros ouvirem a ligação que havia gravado.
ㅡ O que vocês estão fazendo? ㅡ JiHo perguntou as garotas, curioso.
ㅡ Estamos esvaziando nossos cofres. ㅡ Sunhee falou, sorrindo com Minah. ㅡ se não tiver como escaparmos disso, Hyun-suk não pode pagar pelo resgate sozinho.
ㅡ Isso é maneiro. Soube que o desgraçado cobrou duzentos milhões de dólares.
ㅡ Em dólares? ㅡ Rini arregalou os olhos. ㅡ eu pensei que fossem em won!
ㅡ Não. ㅡ Sunhee suspirou. ㅡ Hyun-suk diz que tem esse valor na conta, e eu não duvido. Mas eu não aceito que JooRi saia levando a melhor. Além do mais, se não tiver como sair dessa sem pagar esse valor, deveríamos, ao menos, juntar o que temos para pagar também.
ㅡ Tem razão ㅡ Minah suspirou. ㅡ eu consigo cinco milhões.
ㅡ O quê?! ㅡ Rini arregalou os olhos. ㅡ como assim?
ㅡ O meu pai. ㅡ a garota encarou os olhos da namorada. ㅡ se esqueceu quem ele é? ㅡ a garota sorriu ㅡ Eu tenho direito a um pedido todo ano, mas o limite é de cinco milhões de dólares. Posso pedir o valor, não vai me fazer diferença. Eu amo o Jaejun, quero ele bem e aqui com a gente.
ㅡ Eu... uau. ㅡ Rini sabia que a namorada era uma herdeira, mas até aquele ponto ela sequer tinha noção do quanto a família de Minah poderia ter dinheiro. Aquilo a assustava um pouco. ㅡ eu também quero, mas não tenho cinco milhões. Quer dizer, tenho um dinheirinho no banco, estava juntando para uma coisa, mas posso retirar e juntar. Deve ter uns... cinco mil dólares se convertermos.
ㅡ Eu tenho três milhões de dólares, talvez. Mas é literalmente tudo o que eu tenho. ㅡ Sunhee contou. ㅡ é o dinheiro que consegui com a venda do apartamento que meu pai me deu quando me tornei uma adulta. Tive que vender com medo dele tomar de volta quando noivei com Hyun-suk e logo desnoivei.
Minah e Rini riram baixo.
ㅡ Gente rica tem mania de querer controlar tudo, não é? ㅡ Rini perguntou franzindo o nariz, vendo Minah e Sunhee assentirem. ㅡ mas, ok. Podemos ajudar então, não é?
ㅡ Eu também posso. ㅡ Jackson disse, parando ao lado delas. ㅡ papi me deu carta-branca.
ㅡ Mesmo?
ㅡ Jaejun é como se fosse a minha alma gêmea. Não é o Yejin, não é ninguém, é só ele. Entende? A minha alma gêmea irmã. Eu o conheço há poucos anos, mas é como se fosse a vida inteira. Não consigo dormir, comer, ou fazer qualquer coisa sem querer chorar, ou matar aqueles desgraçados... o papi vai dar o que eu pedir.
ㅡ Tá bem. Nós podemos juntar tudo, essa parte será fácil. Difícil será fazer Hyun-suk aceitar.
Todos olharam para o Park no centro do sofá do apartamento. Estava rodeado dos outros, mas estavam todos em silêncio, pensando.
ㅡ Eu vou lá. ㅡ Sunhee avisou.
Voltou para o lado do Park, se sentando no sofá também.
ㅡ Nós vamos te ajudar com o dinheiro. ㅡ ela falou, sem olhar nos olhos dele. ㅡ não precisa se preocupar sozinho.
ㅡ Obrigado. ㅡ ele tocou sobre a mão dela. ㅡ mas não posso aceitar.
ㅡ Já está decidido, oppa. Não vamos te deixar sozinho nessa.
Hyun-suk a olhou e a viu confirmar com a cabeça.
ㅡ Tudo bem. ㅡ ele cedeu. ㅡ obrigado.
ㅡ Não é nada. Se pudéssemos faríamos mais.
ㅡ Eu sei.
ㅡ Hanguk me enviou uma mensagem. ㅡ Hajun avisou, fazendo Hyun-suk lhe olhar. ㅡ ele disse que está indo em Guri, não vai poder vir agora.
ㅡ O que ele vai fazer em outra cidade a essa hora? ㅡ Hyun-suk perguntou, franzindo o cenho.
O Jung não tinha resposta para aquela pergunta, por tanto, apenas deu de ombros.
ㅡ Você deveria comer um pouco. ㅡ Sunhee falou para Hyun-suk. ㅡ deve comer e dormir.
ㅡ Não vou conseguir dormir. ㅡ ele foi sincero.
ㅡ tudo bem. Mas consegue comer?
Hyun-suk olhou para as caixas de pizza e assentiu, a fazendo sorrir.
ㅡ Ótimo. ㅡ ela deixou um beijo sobre o ombro dele. ㅡ então fica aqui, eu busco um pedaço de pizza para você.
ㅡ Tá, mas menos de...
ㅡ Quatro queijos. ㅡ ela o interrompeu, caminhando até a mesa. ㅡ eu sei.
Hyun-suk a observou e sorriu. Sunhee era uma boa amiga, sempre estava ao seu lado nos piores momentos e havia sido um dos momentos ruins que os uniu ainda mais. Mas, no fundo, Hyun-suk sabia que ela ainda se culpava e não era pouco. Por tanto, também por ela, ele tentava não cair.
Sunhee não tinha culpa de ter sido enganada quando todos os outros também foram.
Jantaram a espera da mensagem de JooRi, e quando parte dos que estavam ali já cochilavam devido a madrugava enfim chegar, Hyun-suk sentiu o celular vibrar e viu a mensagem contendo apenas as instruções da conta no exterior piscar na tela.
Buscou rapidamente, lendo e relendo até entender que aquilo era mesmo real.
Será que deveria simplesmente pagar?
Será que JooRi devolveria mesmo Jaejun?
O que o impediria de não fazer aquilo, ou pior, no momento do tal encontro, matar o Park? Afinal, era o que Hesun queria também.
Hajun buscou o celular para verificar também, mas desviou os olhos quando ouviu o elevador indicar que alguém havia chegado ali.
Hyun-suk se ergue, tal como Hajun, Taeshin e Jackson, que se mantinham bem acordados à espera de alguma mudança.
Pensaram que poderia ser JooRi, talvez até mesmo Jaejun que, de alguma maneira, pudesse ter fugido e simplesmente aparecido ali, em um endereço que Hyun-suk nunca havia lhe dado.
Mas é claro, aquilo jamais aconteceria.
Entretanto, o cenho de Hyun-suk franziu quando um garoto que aparentava ter mais ou menos quinze anos parou na entrada do apartamento, segurança as alças da mochila que carregava nas costas enquanto piscava atento observando todos aqueles pares de olhos em si.
Atrás de si, surgiu Hanguk. O homem sorriu brevemente, mas tocou sobre o ombro do garoto, o incentivando a caminhar para perto dos outros.
ㅡ Você não estava em Guri? ㅡ Hajun perguntou, ainda observando o garoto calado e observador.
ㅡ São só trinta minutos de carro até lá, Hajun. ㅡ Hanguk revirou os olhos. ㅡ e essa hora a rodovia está livre. Levei apenas quarenta e cinco minutos para chegar lá, buscar ele e voltar. Mas tive que passar numa hamburgueria porque, aparentemente, adolescentes comem mais do que o habitual.
ㅡ Quem é esse? ㅡ Hyun-suk perguntou, curioso.
Pelo que sabia da vida de Hanguk, ele não tinha irmãos, tampouco tinha idade para ser pai daquele garoto.
ㅡ Ah, então. ㅡ Hanguk se sentou no sofá, acordando Rini que estava quase babando o sofá. ㅡ você lembra do cracker que estava nos ajudando?
ㅡ Claro que eu lembro. Por quê?
ㅡ Surpresa! ㅡ Hanguk ergueu as mãos para o garoto que ainda se mantinha sério e atento. ㅡ esse é o cara.
Hyun-suk voltou a observar o garoto e até ouviu Hajun rir baixinho.
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