Acenei lentamente, mas uma pergunta insistente se formava em minha mente: como ele sabia o que havia na mochila?
— Como você sabia o que havia na mochila?
Ele fez um gesto com a cabeça em direção à mochila:
— O zíper está meio aberto.
Olhei para ela e, num impulso involuntário, soltei um palavrão:
— Merda!
Rapidamente, coloquei a mochila no meu colo, temerosa de que algum dos meus preciosos desenhos pudesse ter escapado. Deduzi que o zíper provavelmente se abriu enquanto o ladrão a sacudia ou no momento em que Luigi a arrancou de suas mãos.
Senti os olhos de Lucas fixos em mim enquanto eu cuidadosamente retirava os esboços e os conferia. Quando vi que estavam completos, um suspiro de alívio escapou de meus lábios.
Ergui o olhar e, de modo desajeitado, senti a necessidade de oferecer uma explicação:
— Tinha receio de que algum deles tivesse escapado e caído. — Consegui dar um sorriso.
Acarinhado em sua forma de questionar, ele arqueou uma sobrancelha perfeitamente esculpida:
— E algum se perdeu?
— Não. Estão todos intactos. — Respondi, enquanto começava a recolocar os papéis na mochila.
Mas então sua voz, suave como uma brisa, interrompeu meus movimentos:
— Posso dar uma olhada?
Sorri, sentindo meu coração aquecido ao perceber seu interesse pelos meus esboços.
— Aqui. — Entreguei-lhe os papéis. — Pode vê-los.
Ele os recolheu com extremo cuidado, como se cada folha fosse uma joia rara. Eu o observei, com a respiração suspensa, enquanto seus olhos repousavam no desenho que repousava no topo da pilha. Seus lábios se entreabriram ligeiramente e, devagar, seus dedos traçaram os contornos do desenho.



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