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Bilionário, Vamos Nos Divorciar romance Capítulo 115

PONTO DE VISTA DE SYDNEY

Fiquei encarando o homem que nos fornecia o algodão, com a boca aberta. Seus lábios estavam tensionados e ele se recusava a me encarar, permanecendo firme em sua posição.

— Por quê? — Repeti, quase como se quisesse arrancar a verdade dele. Já havia feito essa pergunta inúmeras vezes, mas tudo o que ele me respondia era que não queria, de forma nenhuma, fechar negócios com a Vogue-Luxo novamente.

Para a maioria, um simples fornecedor dizendo que não teria mais interesse em nos fornecer matéria-prima não seria motivo de alvoroço. Afinal, bastava procurar outro fornecedor que apresentasse a mesma qualidade. Sim, o processo de conseguir um fornecedor legítimo com a mesma alta qualidade seriacomplicado, mas encontraríamos.

A verdadeira angústia era que, há semanas, todos os fornecedores da Vogue-Luxo vinham se retirando. Alguns, como o homem diante de mim, eram educados o suficiente para marcar uma reunião pessoalmente e anunciar a desistência, enquanto outros sequer se deram ao trabalho - apenas enviaram um e-mail, dizendo: "Bom dia, não prestarei mais meus serviços à sua empresa. Obrigado."

E pronto. Sem explicações, sem motivos. Todas as tentativas de entrar em contato com eles foram inúteis. E agora que esse homem, por fim, se encontrava ali, eu insistia em descobrir o motivo de sua repentina decisão, mas ele permanecia em silêncio.

— Então. — Comecei, lambendo os lábios na tentativa de incentivá-lo a falar. — A nossa relação evoluiu muito além de uma simples parceria comercial. Você é um amigo da Vogue-Luxo, e não podemos simplesmente te perder assim.

Seus olhos suavizaram, e percebi que havia conseguido tocar um ponto sensível. Ele soltou um suspiro e, finalmente, me encarou.

— Eu entendo vocês. Eu, pessoalmente, aprecio fazer negócios com vocês, mas… — Ele fez uma breve pausa, olhando discretamente ao redor antes de se inclinar e continuar. — A existência do meu negócio está por um fio, enquanto falamos…

Franzi minha testa, tentando compreender:

— Como assim? Nós pagamos em dia, nós…

— Não é culpa sua. — Interrompeu, silenciando-me com firmeza. Então, sua voz baixou, de modo que tive de me inclinar para frente para ouvi-lo. — Não sei explicar direito, mas alguém tem pressionado todas as pessoas que trabalham com vocês a se retirarem.

Mas que...!

— Eu pensei que fosse só comigo, mas, durante uma reunião, conversei com outro fornecedor e, sem querer, o assunto da Vogue-Luxo surgiu. Descobrimos que todos nós temos recebido mensagens estranhas, alertas, ameaças… Parece que cada um que tem relações com sua empresa tem sofrido intimidações. Nossas vidas, nossos negócios, correm risco se continuarmos a trabalhar com vocês.

Fiquei com a língua presa depois que ele se afastou. Eu não conseguia entender por que alguém estaria contra nós. Seguíamos rigorosamente as normas comerciais e governamentais, sempre atendendo nossos clientes com excelência - a Grace trabalha duro em seus projetos para garantir isso, então por quê?

Ele me tirou dos meus pensamentos com um olhar pesaroso.

— Como você pode ver… — Ele me tirou dos meus pensamentos com um olhar pesaroso. — Eu gostaria que não chegássemos a esse ponto, mas não há o que fazer. Prezo demais minha vida e meus negócios — Então ele estendeu a mão para um aperto de mão.

Engoli seco e prontamente a aceitei.

— Foi um prazer trabalhar com você. — Afirmou ele com um sorriso contido. Em seguida, ele se virou e saiu da cafeteria para onde eu o havia coagido.

Voltei para meu escritório, absorta em pensamentos, tentando compreender que tudo o que vinha acontecendo não era culpa nossa. Alguém estava por trás de tudo aquilo. Talvez fossem nossos rivais? Mas a Vogue-Luxo não tinha concorrentes há anos. Dominávamos o foco da moda e ninguém ousava nos desafiar. Poderia haver alguém com coragem suficiente para se posicionar contra nós?

Ao entrar no elevador, a gerente de mídias sociais correu em minha direção.

— Espere! Espere!

Imediatamente parei o elevador e desci, permitindo que ela se aproximasse. A senhora trabalhava principalmente de forma remota, portanto, sua presença era suficiente para gerar alarme. Eu a encontrei no meio do caminho, perguntando:

— Qual é o problema?

Ela não havia falado, mas eu já estava me preparando para mais uma notícia desanimadora ou um relatório desastroso. Afinal, ultimamente, as notícias que recebíamos eram sempre ruins: ou uma crítica negativa surgia em nossa página ou um investidor repentinamente repensava seu envolvimento com nosso negócio.

— Há uma nova onda de comentários na página da série de roupas masculinas. — Ela informou, e meus ombros caíram.

— Que tipo de comentários? — Questionei, mesmo sabendo a provável resposta.

— Negativos, senhora. Estão até piores do que os anteriores.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

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