CALIENTE (morro) romance Capítulo 13

AFRODITE -

Eu deveria ganhar um prêmio por ser facilmente manipulada , é sério .

Falo isso porque eu não só aceitei dar fixamente só pro Russo , como também aceitei me mudar pra casa do meu pai , só porque ele acha que morando com ele eu vou estar mais segura .

Eu vou estar ? Provavelmente sim , já que depois que eu me mudei ele colocou uns seis pra cuidar da casa quando eu estiver e dois pra ficar na minha cola , O TEMPO TODO , me deixando completamente sem privacidade .

Mas quem se importa com privacidade quando é a vida que tá em jogo , não é mesmo.

Jão - Aí , esse rango não sai não ? Tô numa larica da porra - ouço ele falar  e parando de pensar me viro por cima do ombro olhando pra chaminé ambulante fumando encostado no batente da porta .

Tá todo largado usando só uma bermuda de moletom , o bigode descolorido horrível por causa dos fios pretos que cresceram e ele não teve pique pra aparar . Resumindo, tá a cara da derrota , mas tá ótimo em comparação ao que estava até ontem.

-- Tá quase ... - volto meu olhar pra panela passando a colher de pau ao redor pra desgrudar o macarrão e tirando bato com a pontinha na palma da mão testando o sabor .

Jão - O que é isso ? - ele toma da minha mão levando até a boca passando a língua, um costume muito feio que ele tem . - É gostoso.

-- É lógico que é gostoso , é o meu macarrão de panela de pressão - falo convencida colocando a tampa na panela - É pra lavar , ouviu ?

Jão - Ouvi - responde batendo com a colher na minha testa .

-- Ai , isso doeu - passo a mão na testa alisando ouvindo a risada dele que me puxa pra um abraço - Sai , você fica me judiando - faço meu drama.

Jão - Tú que é mole, papai - se afasta indo lavar a colher - Vai ir pra loja a tarde ?

-- Vou mesmo - olho pro relógio no meu pulso marcando 12:30 pm - Alguém tem que trabalhar né - jogo uma indireta rindo da careta que ele faz .

Russo afastou ele das funções até sábado , ou seja , depois de amanhã e como eu sou uma boa filha que adora pegar no pé dele vira e mexe eu toco no assunto que faz ele ficar bicudo.

Fico por ali torrando o resto da paciência dele e depois de almoçar saio de casa indo pra minha lojinha de roupas sendo seguida pelo Sabiá e o Gege , os dois que viraram minha sombra.

Ambos tem a minha idade e só foram escolhidos por que são os mais confiáveis depois do Ben . No inicio eu falei que não precisava , que era exagero mas depois de receber algumas mensagens anônimas de ameaças eu nem abri mais minha boquinha pra reclamar, amo demais minha vida e qualquer coisa é melhor que ficar sem ela .

Até ficar sem sexo , já que como eu disse anteriormente : "sem privacidade nenhuma" . Russo é quem tá puto com isso , e vai continuar até eu conseguir dar um perdido em geral pra ir sentar pra ele , aquela montanha de músculos gostosa que me fode como nunca ninguém me fodeu antes e que tem um poder sobrenatural sobre o meu corpo ...

Sabiá - Afrodite , porra - a voz me trás de volta a realidade - Deu tilt ai , mano ?

Pisco olhando pro preto parado na porta do vestiário vestido com várias marcas .

-- O que é isso ? - analiso ele , camisa da Calvin Klein , bermuda da Nike e boné da Adidas, tudo original porque quem me deu a lojinha é enjoado e quis que eu vendesse só coisa de marca , pros "mano" dele .

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