CALIENTE (morro) romance Capítulo 15

-AFRODITE -

Saio da casa sentindo minha intimidade arder como nunca antes, pegando fogo mesmo .

E eu nem posso reclamar, já que fui eu quem ficava pedindo mais e mais daquele homem , daquele pau tamanho GG , espetacular demais pra se gozar só uma vez.

-- Ai ai - suspiro fundo só de lembrar e balançando a cabeça pra esquecer dele se arrepiando por inteiro enquanto gozava eu sigo pro meu carro .

Chego em tempo recorde e pegando a chave aperto o botão pra destravar , no mesmo instante que isso acontece um carro entra na rua me chamando atenção pela cor , verde , nada chamativo comparado ao meu que é amarelo , pique banana .

Despreocupada eu abro a porta jogando minha bolsa no banco do  carona e quando vou entrar o tal carro encosta do lado do meu me fazendo parar quando a voz que eu bem conheço fala :

Zeca - Deixa o carro aí e vem comigo - eu estremeço com a ordem e devagar giro meu corpo olhando pra ele - Eu não vou te machucar

-- Não é o que parece - respondo no ato oscilando o olhar entre ele e o cara no banco do passageiro apontando uma arma pra mim .

Zeca - Abaixa essa porra Pelé - manda e no mesmo instante o cara obedece me deixando até mais aliviada - Vem , eu só quero conversar e te pedir um bagulho

-- E se eu não quiser ? - enfrento ele de cabeça erguida, ignorando meu instinto de sobrevivência que me implora pra ficar na minha .

Zeca - Entra Afrodite - fala cansado e me rendendo eu obedeço focando no seu rosto .

As olheiras fundas dando uns 5 anos a mais na sua aparência me fazem pensar no Gam , e quando percebo as palavras já sairam da minha boca .

-- Como ele está - os olhos castanhos claros iguais ao do filho se voltam pra mim - O Leonaro ?

Zeca - Em coma. - a resposta faz meu coração acelerar , mas não por que eu ainda sinto algo pelo Gam e sim por sentir a dor presente na sua voz , deve tá sendo horrivel pra ele como pai passar por isso - Mas é contigo que eu tô preocupado - ele fala quando a gente tá saindo do morro.

Não tenho tempo nem de perguntar o por que pois minha atenção vai pro olheiro da barricada que do nada pula da lage vindo parar encima do carro , e como em um filme de ação ele rola sendo jogado pra cima quando o motorista acelera saindo voado dali me fazendo sentir o coração quase sair pela boca .

-- Você matou ele ! - grito olhando pra trás vendo o carinha caido no chão e um monte se juntando ao seu redor.

- Matei ninguém não , se morreu a culpa é dele mermo - o motorista fala calmamente soltando a fumaça do seu baseado - Cara débil mental pô , achando que é o Batman , rum , é nada .

-- Você matou - afirmo com a voz falha , assustada , começando a sentir meu corpo tremer .

Zeca - Se acalma - sua mão toca meu ombro e respirando fundo tento fazer o que ele pediu - A culpa não foi dele

-- Não foi ? A culpa é inteiramente dele - acuso me afastando do seu toque passando as mãos nos meus cabelos jogando pra trás me sentido nervosa - Se vocês não tivesse vindo atrás de mim ...

Zeca - Já chega , porra ! Para de falar - ele grita me assustando - Tô tentando não agir com ignorância contigo , mas tú não tá colaborando nesse caralho ... - ele continua xingando e gritando , olhando nos meus olhos me fazendo sentir o arrepio de medo subir pela minha espinha ao ver a raiva queimando nos seus .

-- Me desculpa - peço juntando minhas mãos no meu colo apertando uma na outra tentando conter o medo .

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