CALIENTE (morro) romance Capítulo 32

Jão - ... Eu vou te matar ! - diante da ameaça eu abro meus olhos fitando os seus , descendo meu olhar pra arma nas suas mãos , apontada pra mim.

Só pode que ele fumou maconha vencida.

-- Abaixa essa porra , Jão - mando , meu tom baixo mas autoritário o suficiente pro seu corpo vacilar quase deixando ela cair - Tá agindo na emoção e vai acabar fazendo merda.

Jão - Fazendo merda ? Isso quem fez foi tú , seu desgraça - ele passa o dorço da mão no nariz , agitado , e algo na minha mente se acende com a certeza que ele usou cocaína e essa conversa não vai dar o que preste por isso - Acabei de pegar tú atolando essa porra que chamam de pau na minha filha, minha filha , caralho ! - ele bate no próprio peito enquanto me olha com ódio presente nas orbes castanhas - Podia ser qualquer uma , mas não ... Tinha que ser ela - faz uma pausa , limpando o rosto quando uma lágrima desce por ele - Eu confiei em tú , porra , achei que era coisa da minha cabeça quando te peguei olhando com maldade pra ela . Pensei : O Russo não faria isso comigo , ele é meu irmão ...

Afrodite - Pai ? - ela entra na sala , oscilando o olhar assustado entre nós dois e eu travo o meu nela - Por favor , abaixa essa arma .

Jão - Fica na tua Afrodite e não se mete - ele aponta pra ela com a arma e eu levanto ficando em alerta, pronto pra agir se ele tentar contra - Porque se eu tô aqui , a ponto de ter outro infarto a culpa é tua que agiu como uma vagabunda indo sentar pra um cara que tem idade pra ser teu pai

Eu engulo a saliva ao ouvir o soluço do choro dela que dói em mim , jogo o baseado aceso encima da mesa e rápido caminho até eles parando na frente dela com meu peito na ponta da arma fazendo ele me olhar .

-- Atira - olho dentro dos seus olhos vendo o decepção e a incapacidade de fazer isso - Aperta o gatilho dessa porra ja que tú não tem porte pra me enfrentar no braço mas nunca mais aponte pra minha mulher ou chame ela de vagabunda nessa tua merda de vida.

Afrodite - Boris ... - meu peito sobe e desce numa rapidez fodida quando sinto seus dedos frios se entrelaçarem nos meus - Por favor , para .- olho pro seu rosto banhado em lágrimas e ignorando a arma apontada na minha direção me viro pra ela limpando seu rosto , envolvendo seu corpo trêmulo no meu abraço - Isso tudo é culpa minha - sussurra em meio ao choro - Se eu não tivesse...

-- Shhh ... ninguém tem culpa de nada , minha pretinha. Aconteceu o bagulho porque tinha que acontecer. Não deixa esse noia entrar na tua mente - falo e no mesmo instante ouço a trava da arma ser desfeita me forçando a olhar pra ele.

Tô começando a perder a paciência e se eu perder eu vou encher esse aspirador de soco .

Jão - Minha mulher, minha pretinha ? - a arma na sua mão treme quando ele sorrir irônico - Não fode ! Vai me dizer que a feiti...

-- Vou Jão , vou te dar o papo que deveria ter dado a uma semana atrás quando fiquei com tua filha pela... - olho pra ela tentando lembrar - Sei lá que vez e percebi que queria bem mais que uma foda com ela .

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