- RUSSO -
To nervoso , pra caralho . Tanto que eu nem peguei na mão da Afrodite que foi pra ela não notar a minha gelada e suada .
Bagulho é até feio pra mim admitir . Mas até dor na barriga eu tô tendo nesse caralho .
Afrodite - Amor ? - tiro meu olhar da tela e levo pro dela balançando minha cabeça pra ela falar - Vem aqui pertinho , ficar comigo .
Analiso bem nossa distância, eu tô a uns três passos dela , braços cruzados na frente do peitoral e pés separados firmes no chão que é pra não cair se o exame mostrar que ela carrega três meninas .
Papo dez ? Eu falei que sabia lidar com a bipolaridade dela , mas eu sei porra nenhuma . Fico de cabelo branco só de imaginar três meninas com meu gênio , a bipolaridade dela e o nosso fogo pra putaria .
Pô , não vai dar o que preste .
Disso eu tenho certeza .
-- Aqui tá bom , pretinha - sorrio fraco desviando pro médico passando mais daquele gel na barriga dela .
Nós já ouvimos os batimentos dos três e falar pra tú , cada vez que eu ouço é uma emoção diferente .
Tá ligado que uma vez eu falei que não prestava pra ser pai porque não sabia tomar conta nem de mim ? Pois é , agora parece que eu nasci pra isso e a minha maior vontade é de pegar logo meus pivete no colo .
Ram , vou ser pai babão mermo e foda-se . Quem achar ruim é só se matar .
Jão - Nervoso né irmão ? - confirmo vendo ele parar do meu lado , tá com a marca dos cinco dedos certinho na cara , do tapa que a velha maluca deu nele .
-- Essa porra não dói não ? - ele nega rindo - Tú é tão puta que já até se acostumou a levar na cara né?
Jão - Não tem coisa melhor que você tá lá fodendo e do nada levar um tapão - a gente rir conversando baixo enquanto o médico faz algumas anotações lá na tela - Cê fica meio desorientado na hora mas depois que passa o pião vira uma máquina .
-- Filho da puta - resmungo e ouço minha mulher fungar , preciso nem olhar pra saber que ela tá chorando - Fica aí que eu vou cuidar da minha menina chorona - dou um tapa fraco nas costas dele e vou até ela me debruçando pra falar no seu ouvido - Qual foi , meu amor ? Porque cê tá chorando ?
Afrodite - Você não queria ficar perto de mim , mas quis ficar do meu pai - ela funga e mais abaixo ouço o arrombado do médico rir dela , dou logo é um encarão nesse pela saco que rapidinho ele se alinha na vida .
-- Tá com ciúmes do teu pai ? - ela nega instantâneamente me fazendo sorrir ao beijar seu lóbulo - Te troco por ele não - falo mais baixo , só pra ela ouvir - Tenho certeza que ele não tem o macete de sentar o cuzinho gostoso no meu pau igual tú minha preta .
Ela engasga com a própria saliva e olha rápido pros lado como se estivesse com medo de alguém ter ouvido , pela pouca luz vejo seu rosto ficar vermelhinho como sempre fica quando ela tá com vergonha ou então depois que ela goza .
Pô , fica lindona assim . Fico logo é de pau duro com vontade de pegar ela pra foder , aqui e agora .
Dr - Agora sim - a voz dele me tira dos pensamentos pervertidos e eu ajeito minha postura voltando a olhar pra tela - Os bebês estão bem agitados hoje e por isso ficou fácil pra ver o sexo.
Afrodite - Dos três ? - pergunta com a voz trêmula e sem tirar os olhos da tela em busca da resposta sinto sua mão entrar em contato com a minha entrelaçando nossos dedos frios .
Ouço o médico confirmar .
Pô , eu estava de pau duro , o coitado amoleceu na hora de tão nervoso que eu voltei a ficar .
-- E tú tá esperando o que pra falar ? - olho sério pra ele - Um pedido por escrito ? - ele sorrir nervoso olhando pro Jão que encosta do meu lado pedindo pra mim se acalmar - Vou porra nenhuma . Agiliza logo esse caralho aí que eu tô ficando sem paciência já.
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