CALIENTE (morro) romance Capítulo 67

- RUSSO -

To nervoso , pra caralho . Tanto que eu nem peguei na mão da Afrodite que foi pra ela não notar a minha gelada e suada .

Bagulho é até feio pra mim admitir . Mas até dor na barriga eu tô tendo nesse caralho .

Afrodite - Amor ? - tiro meu olhar da tela e levo pro dela balançando minha cabeça pra ela falar - Vem aqui pertinho , ficar comigo .

Analiso bem nossa distância, eu tô a uns três passos dela , braços cruzados na frente do peitoral e pés separados firmes no chão que é pra não cair se o exame mostrar que ela carrega três meninas .

Papo dez ? Eu falei que sabia lidar com a bipolaridade dela , mas eu sei porra nenhuma . Fico de cabelo branco só de imaginar três meninas com meu gênio , a bipolaridade dela e o nosso fogo pra putaria .

Pô , não vai dar o que preste .

Disso eu tenho certeza .

-- Aqui tá bom , pretinha - sorrio fraco desviando pro médico passando mais daquele gel na barriga dela .

Nós já ouvimos os batimentos dos três e falar pra tú , cada vez que eu ouço é uma emoção diferente .

Tá ligado que uma vez eu falei que não prestava pra ser pai porque não sabia tomar conta nem de mim ? Pois é , agora parece que eu nasci pra isso e a minha maior vontade é de pegar logo meus pivete no colo .

Ram , vou ser pai babão mermo e foda-se . Quem achar ruim é só se matar .

Jão - Nervoso né irmão ? - confirmo vendo ele parar do meu lado , tá com a marca dos cinco dedos certinho na cara , do tapa que a velha maluca deu nele .

-- Essa porra não dói não ? - ele nega rindo - Tú é tão puta que já até se acostumou a levar na cara né?

Jão - Não tem coisa melhor que você tá lá fodendo e do nada levar um tapão - a gente rir conversando baixo enquanto o médico faz algumas anotações lá na tela - Cê fica meio desorientado na hora mas depois que passa o pião vira uma máquina .

-- Filho da puta - resmungo e ouço minha mulher fungar , preciso nem olhar pra saber que ela tá chorando - Fica aí que eu vou cuidar da minha menina chorona - dou um tapa fraco nas costas dele e vou até ela me debruçando pra falar no seu ouvido - Qual foi , meu amor ? Porque cê tá chorando ?

Afrodite - Você não queria ficar perto de mim , mas quis ficar do meu pai - ela funga e mais abaixo ouço o arrombado do médico rir dela , dou logo é um encarão nesse pela saco que rapidinho ele se alinha na vida .

-- Tá com ciúmes do teu pai ? - ela nega instantâneamente me fazendo sorrir ao beijar seu lóbulo - Te troco por ele não - falo mais baixo , só pra ela ouvir - Tenho certeza que ele não tem o macete de sentar o cuzinho gostoso no meu pau igual tú minha preta .

Ela engasga com a própria saliva e olha rápido pros lado como se estivesse com medo de alguém ter ouvido , pela pouca luz vejo seu rosto ficar vermelhinho como sempre fica quando ela tá com vergonha ou então depois que ela goza .

Pô , fica lindona assim . Fico logo é de pau duro com vontade de pegar ela pra foder , aqui e agora .

Dr - Agora sim - a voz dele me tira dos pensamentos pervertidos e eu ajeito minha postura voltando a olhar pra tela - Os bebês estão bem agitados hoje e por isso ficou fácil pra ver o sexo.

Afrodite - Dos três ? - pergunta com a voz trêmula e sem tirar os olhos da tela em busca da resposta sinto sua mão entrar em contato com a minha entrelaçando nossos dedos frios .

Ouço o médico confirmar .

Pô , eu estava de pau duro , o coitado amoleceu na hora de tão nervoso que eu voltei a ficar .

-- E tú tá esperando o que pra falar ? - olho sério pra ele - Um pedido por escrito ? - ele sorrir nervoso olhando pro Jão que encosta do meu lado pedindo pra mim se acalmar - Vou porra nenhuma . Agiliza logo esse caralho aí que eu tô ficando sem paciência já.

Dr - Agora - se ajeita na cadeira deslizando o bagulho na barriga da minha mulher e volta sua atenção pra tela assim como eu e todos os presentes na sala - Esse bebê aqui facilitou e muito minha função de hoje - ele para numa nuvem escura que aos poucos vai pegando forma .

A primeira coisa que aparece na tela é a boquinha , a coisa mais linda parecida com a da Afrodite e sem caô meu coração falta sair pela boca a cada membro que ele mostra até parar no meio das pernas que estão abertas , uma pra cada lado.

Porra , ai não.

Dr - Essa garotinha aqui parece que vai dar um pouquinho de trabalho pro papai dela - comenta, minhas pernas chegam a ficar fraca e eu sem voz .

Sem caô.

Minhas única reação é olhar pra minha mulher que chora sem tirar os olhos da imagem da nossa filha . Tá pouco se fudendo pro fato do homem dela tá passando mal com essa informação.

Jão - Eu sabia caralho ! - grita - É isso ai porra . Eu falei : Castigo de homem safado é ter filha mulher - ele gargalha - Se fudeu , irmão!

Brenda - Para de gritar moreno , ainda faltam dois - ouço a voz dela e volto a olhar pra tela .

Rezando interiormente pra não ter mais nenhuma menina e se tiver , que não esteja arreganhada como a primeira.

Dr - Bom , os outros dois bebês foram mais difíceis , visto que os dois estão em posição fetal com as pernas bem juntinhas - ele mostra cada detalhe deles e de cara eu já vejo que um deles tem o nariz igual o do Gam mas isso não me afeta , é meu filho e vai ser amado e protegido por mim da mesma forma que os outros dois - Mas eu consegui ver antes , enquanto estava pegando a medidas .

-- E o que são ? - pergunto ansioso , nervoso , a ponto de ter um mal súbito e o filho da puta sorrir pra mim quando eu olho pra ele .

Porra , ele sorrir como se dissesse " Tú se fodeu neguin " . E então quando ele abre a boca pra falar eu tenho é certeza disso .

Dr - São três meninas . Parabéns papai e mamãe .

Pronto , eu sinto toda a cor deixando o meu corpo , começo a suar em todos os lugares , até nos que eu nunca tinha suado antes , minhas pernas perdem o sustento me obrigando a sentar numa cadeira do lado da maca que minha pretinha tá deitada chorando de alegria enquanto me olha sorrindo .

Será que ela não percebeu que eu tô passando mal ?

-- Porra - passo a mão no meu peito tentando acalmar meus batimentos cardíacos - Aí na moral , isso tá certo mermo ? Sem caô - pergunto pro arrombado que tá limpando a barriga da minha mulher - Três meninas ? - mostro nos dedos - Três ?

De repente , uma gargalhada feia pra caralho estoura pela sala me fazendo olhar na direção .

É o filho da puta do Jão.

Tinha que ser ele , rindo e apontando pra mim .

Jão - Irmão respira , que tu tá branco - ele mete a mão no bolso tirando um bolo de dinheiro de lá e entrega pro médico que sai rápido da sala deixando um papel nas suas mãos - Veja isso - se aproxima me mostrando a foto da ultrasson - O que tú ver ?

-- Sei lá porra , era pra mim ver o que ? - respiro fundo olhando pro papel não entendendo nada e nesse instante a Afrodite desce da maca vindo sentar de lado no meu colo .

Afrodite - Os dois saquinhos dos nossos filhos - ela beija minha bochecha e eu franzo meu cenho olhando pra ela , será que essa porra ficou doida ? - Seu bobo , na hora que meu pai foi falar com você ele estava te distraindo . Samuel mostrou o saquinho e o piruzinho dos dois - ela sorrir e eu fico sério sem acreditar - Nos vamos ser papais de uma princesa e dois príncipes - seus olhos se enchem de lágrimas .

-- Sem caô ? - ela confirma - E porque ... - meus olhos vão pro Jão que está acabando de sair da sala acompanhado da mulher dele - Aquele filho da puta pagou o médico pra mentir pra mim ?

Afrodite - É meu pai , Bóris . Você ainda tem dúvidas ? - umedeço meus lábios voltando minha atenção pra ela e desço meu olhar pra sua barriga exposta.

Uma menina e dois meninos .

-- Porra - volto meu olhar pro seu pegando seu rosto com minhas duas mãos - Caralho mulher , eu te amo demais sua feiticeira - beijo sua boca sentindo ela sentar de frente no meu colo ...

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