Momentos antes ...
- RUSSO -
Entro na salinha olhando pra mesa vendo um pino de cocaína vazio perto do meu notebook e quatro carreirinha na frente do Jão . O que me deixa bem puto , porquê geral sabe que ele já foi viciado nessa porra , quase morreu e só então parou .
-- Qual foi ? Além de perder a mulher tú quer perder a vida também , caralho ?
Jão - Ah , vai se fuder - ele bate a mão na mesa - Todo mundo me lembrando dessa desgraça , até tú seu fodido - ele aponta o dedo pra mim , puto .
Sorrio admirando a coragem mas não deixo passar e quando dou por mim já tô em cima dele .
-- Falar direito comigo tú não quer né , filho da puta ? - agarro a gola da sua camisa e arrastando pro banheiro daqui vejo ele tentar se soltar - Fica quieto porra . - dito isso eu ligo o chuveiro e jogo ele de baixo , de roupa , arma e tudo .
Jão - Filho da puta , Russo desgraçado ... - e os xingamento continuam mas eu nem ligo , sei que quando ele tá sobre o efeito dessa porra ele se acha o doidão , mas ele esquece que o dono do hospício sou eu e que pra loucura dele eu tenho a cura.
-
-- Melhorou ? - cruzo os braços na frente do peito ao ver ele saindo do banheiro vestido com a roupa que eu mandei o menor ir comprar pra ele .
Jão - Tô tentando - resmunga e se aproximando ele me abraça de lado, todo carente .
-- Tem que ficar suave , pô . Deixa esse vício te arrastar de novo não - falo , e então empurro ele porquê esse lance de ficar abraçado com macho não é comigo , no calor de quase 40 °c do Rio então , piorou.
Jão - Meretrício... - respiro fundo , se ele lembrou do apelido significa que ele já pode levar o dele - Foi mal , hábitos.
-- Socar esse teus "hábitos" no teu cú, junto com aquela porra alí se tú não limpar - aponto pra mesa - Se adianta ... - paro de falar ao ouvir meu radinho apitar e tirando do cinto aperto o botão pro menor dá o papo.
Barriga - Aí patrão , Gam tá aqui na entrada com o pai dele . Pode deixar subir ? - ele fala e pelo canto do olho vejo o Jão sorrir irônico , corno tinha razão quando disse que o talarico ia correr pro pai dele .
Eu: Deixa , pô . Mas se liga , qualquer bagulho diferente tú me aciona .
Barriga - Já é ... - ele fala mais alguma coisa mas eu nem presto atenção porquê ouço um inalar forte e me virando vejo o Jão terminando de cheirar uma carreira do pó .
Jão - Tú falou pra eu limpar - ele me olha com a cara de puta dele .
-- Só pode que tú tem merda no lugar do cérebro , na moral. - falo puto passando a mão na mesa jogando o resto da cocaína espalhada no chão - Eu ver tú cheirando essa porra de novo eu vou te macetar na porrada , tá avisado. - falo sério e me afastando saio da sala indo lá pra fora guardando meu rádio.
Se eu fico eu macetava ele , sem dó , do mesmo jeito que eu fiz com o sabiá hoje de manhã. Outro fodido , teve que levar o dele pra aprender a ter postura de homem e obedecer quando eu der uma ordem.
Logo o SUV blindado entra na rua da boca e desencostando da parede eu vejo os meus ajeitar os fuzil na frente do peito apontando pro carro.
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